Sede
Planos
Eu cheguei depois da alforria
Vi os traços no teu corpo
Vi a sede dos teus olhos
Eu cheguei antes da vontade
Vi os sonhos desenhados
Vi o inteiro e as metades
Vi os palhaços e malabares
Eu cheguei depois da estréia
Nem alcatéia nem ladrões
Nem princesas nem leões
eu vi a cor dos teus alardes
Eu cheguei antes das prisões
Eu vi a dor da madrugada
Eu fui a cor da revoada
nos tapetes coloridos
Eu sei a força das tuas pernas
Eu sei que alguém olha por nós
Eu vi sinais nos meus lençóis
Que as dobraduras me ensinaram
Eu sei que a fé anda comigo
eu sei que a cena não termina
antes que as mãos saibam rezar.
QUEM SOU EU?
Sou água que mata a sede
Sou a resposta das perguntas
Amigo íntimo de Deus
Sou muitas coisas juntas
Sou luz que ilumina o caminho,
Sou o depois, o agora e o antes,
Sou a poesia dos poetas,
Sou o amor dos amantes!
Tenho sede de conhecimento,
É algo que nunca se perde e ninguém tira de você.
Este não está somente em livros, mas também nas pessoas,
Basta ouvi-las.
Uma cachorro, tomando de muita sede, aproximou-se de um rio para beber. Vendo, porém, que ali perto andava um enorme crocodilo, o cão ia bebendo e correndo, ao mesmo tempo.
O crocodilo, que desejava apanha-lo de jeito para seu jantar, perguntou-lhe:
- Por que corres?
E acrescentou, com ares bondosos de quem aconselha:
- Faz muito mal beber assim nessa corrida.
- Sei disso muito bem – respondeu o cachorro. – Mas ainda me fará mal maior deixar que tu me devores.
Moral da Fábula: Nunca se deve seguir o conselho de um Inimigo.
Levado pela sede, com extraordinário pensamento,
meu amor permeou por todo o meu ser
Espargiu-se pelo contorno do eu
Tomou legítima forma; tomou sua própria visão
[de todas as coisas
Definiu sua própria natureza e tornou-se a evanescer
Formou hifas difusas por toda sua experiência
Não cabendo em si, decidiu se libertar
Desejei-te tanto...
Beijar teu ventre imaculado
À tua boca delicada de menina
Trazer ao teu corpo a pureza do espírito
Digo-vos que a amarei em meu improfícuo amor
Entre teu corpo e eu, e teu corpo
Metades...
Traze-me tua sede, afoga-a em meu poço de desejos.
Cerra os olhos para que possas enxergar minha luz,
tudo que quero agora é um beijo seu, despudorado
molhado, melado com as lagrimas do reencontro.
Vem, deita comigo sobre os escombros da saudade,
o pó do passado é agora adubo para o novo jardim.
Rosas novas estão prontas para florir, com elas viram
também novos espinhos para novamente nos ferir.
Deixa que minha língua te seque o sangue nos dedos,
que meus beijos sejam o balsamo para tuas dores...
Acende novamente meu olhar no brilho de tua alma.
Gritemos nossos nomes em loucos sussurros roucos.
Areias do tempo não escoam por mãos entrelaçadas.
Hoje é nosso presente, ontem um quadro pendurado
nas paredes da lembrança, amanhã apenas um sonho.
Precisamos-nos, juntos somos metade, só somos nada...
Você
Você é o único vício
que eu faço questão de alimentar.
Você é a sede
que eu faço questão de saciar.
Você é o desejo
que eu faço questão de satisfazer.
Você é o amor
que eu faço questão de corresponder.
HOMEM
OH, HOMEM!
PARA QUÊ TANTA SEDE?
PARA QUÊ TANTAS MULHERES?
SE UMA ÚNICA TE SATISFAZ?
PARA QUÊ TANTAS BOCAS A BEIJAR?
SE APENAS UMA TE ACALENTA?
PARA QUÊ TANTAS MÃOS A TE AFAGAR?
SE APENAS DUAS TE SUSTENTA?
PARA QUÊ TANTOS TRAZEIROS A COMER?
SE APENAS UM TE ALIMENTA?
PENSE, OH SER!!
ESSA SEDE NÃO TE PROVA NADA!!
ALÉM DE PROVAR O TEU FRACASSO!!
QUE TE TORNA INCAPAZ DE DOAR, DE RECEBER, DE AMAR,
DE CONQUISTAR UMA ÚNICA MULHER!
SIMONE MARTINS
08/03/2004
HOJE, NO DIA INTERNACIONAL DA MULHER, DEDICO ESSAS PALAVRAS AOS HOMENS, EM ESPECIAL, AOS MACHOS, INCAPAZES TAMBÉM DE COMPREENDER UM SINGELO POEMA!
“A sede de conhecimento! O desejo que não sacia! A observação silenciosa!
A busca do melhoramento interior! O olhar de ternura! O abraço que envolve! O sorriso sincero! As mãos que acariciam...
Entre idas e vindas, chegadas e partidas, mudanças e estagnações, reinventar-se a cada instante, sem macular a Essência... Eis o Amor!”
Tenho sede de viver
Busco a felicidade "alicerce"
Que não seja momentânea.
Vinde a mim sorte esperada
Vinde a mim.
Ora escura, ora brilhante.
Vinde a mim amado,
A ti meus braços estendo.
És o bálsamo de minha alma
És a essência da minha felicidade
És o alicerce.
As piores coisas que provei
Beber água sem ter sede
Pedir algo envergonhada
Cair de noite da rede
Mentir por que fui forçada
Dormir sentindo fome
Aguentar choro calada
Ser traída pelo homem
Por quem era apaixonada
