Seca
Zorte
Perfumes sem flores sinto no ar
Seca dos rios uma lágrima a rolar
Ventania que ataca longe do mar
Chora, grita espera a tempestade chegar
Sol brilha forte beleza tão sublime
Vai aos poucos se escondendo na inocência das nuvens
Que escuras estão, apagam o brilho e se vão
Deixando descer a terra suas partículas em vão
Ao comando dos ventos... Norte, sul, leste e oeste
Dança os pingos, dança a poesia
Criança tristonha com copo vazio
Mais uma vez... Sorte... Zorte... Sertão.
Quem Sou Eu
Sou a folha seca que passa despercebida
ao cair de uma árvore,
o gato e o cãozinho sem dono e carinho.
O acelerar de um coração timidamente a amar.
Sou também o sonho que precede as manhãs
e a poesia que grita à vida e à loucura...
a canção antiga; o teatro. As desventuras de um menino.
Tudo que eu possa sonhar e não conseguir;
alcançar sem desistir.
Esse sou eu.
Já se fazia seca a sua garganta a muito tempo, desde o instante em que notara uma presença a mais. Havia ficado digamos que destreinada, o silêncio era falta do que dizer, do que pensar.
Minha fé!
Na terra seca e aflita
que o sertanejo conduz
pelo sertão que habita
carrega um feixe de luz
no coração que palpita
do olhar de quem acredita
na fé que tem em Jesus.
Fé e força.
A seca é mesmo ingrata
é muito difícil plantar
o pouco que a gente cata
mal dá pra se alimentar
a vida segue pacata
e a dor que hoje maltrata
amanhã Deus proverá.
O coração do mandacaru não e só espinhento
junto com ele carregar um coração sofrido da seca , da fome ,
mas ele foi feito nordestino cabra da peste feito pra superar toda dor que o sertão disponha ...
Saudade.
A seca é quem mais devora
a planta que tu me deste
sem a água que se evapora
o nordestino não investe
deixa a terra onde mora
fica triste, sofre e chora
com saudade do nordeste.
Não dá mais.
Vou embora do sertão
a sorte não quer mudar
a seca maltrata o chão
não deixa a planta brotar
peço a Deus em oração
que proteja cada irmão
que sofre nesse lugar.
Que em 2017, uma chuva de benção caia sobre nós, e a terra seca, se faça fértil e nos de bons frutos.
( Sandra Lima)
Fico!
Eu não quero ir embora
a seca quer me expulsar
não tem vida que vigora
sem ter nada pra plantar
desse jeito a terra chora
e eu procuro uma escora
onde possa me sustentar.
Seca e honra.
A seca traz sofrimento
a chuva nem piedade
o verde se foi no vento
o gado deixou saudade
da vida sobra o lamento
de onde falta alimento
mas sobra dignidade.
Permissão!
Não me canso de esperar
a chuva que tanto chamo
na terra seca de rachar
quase não se vê um ramo
Deus permita ela chegar
que eu não precise deixar
o nordeste que tanto amo.
Ardor.
O sertanejo lamenta
por este chão sofredor
que a seca traz violenta
derrete o pasto em calor
sem ter o grão que alimenta
nenhuma terra sustenta
um talo ardendo de dor.
Abandono.
Já não suporto essa briga
e apareça quem conteste
enquanto a seca castiga
por aqui ninguém investe
não se vê uma mão amiga
e o governo pouco liga
pra quem vive no nordeste.
Sempre há um bosque para lavar o rosto, sempre encontramos uma folha seca no final da calçada, mostrando que existe vida e que o tempo quem determina somos nós.
Tinta verde.
Que a seca faminta
não tire o que veste
do couro e da sinta
do pouco que reste
antes que seja extinta
o verde da tinta
que pinta o nordeste.
Mais um ano!
Tem seca por todo canto
o nordeste pede pressa
não se ouve nosso pranto
ou ninguém se interessa
quem pregou aqui de santo
a sua ajuda por enquanto
ficou mesmo na promessa.
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