Se Voce Chora eu Choro
Eu descompliquei a vida pelo lado de dentro. Fui enxergando paz nos livramentos, ouvindo mais o silêncio e vivendo bem, o agora. De tudo o que ficou para trás eu tirei o ensinamento e fui perdoando, me perdoando, agora, sou pássaro sem medo do vôo.
Nildinha Freitas
A criança que eu fui um dia, faz prece para que eu seja feliz. Ela sorrir para mim com os olhos cheios de esperança, me dá colo em seus abraços e me embala em sua dança.
A criança que mora em mim, me faz rir de olhos fechados, sentir a vida e me faz seguir olhando para a frente, pois o passado já me ensinou o que tinha que ensinar, agora é aprender com o tempo presente.
Nildinha Freitas
Se eu errar o caminho, refaço a rota, dou meia volta e recomeço.
Entre estradas conhecidas e desconhecidas, eu sempre tive a coragem de me refazer e talvez seja esta a minha maior virtude, que é essa capacidade de me reinventar, de me reconstruir, de renascer do caos ainda mais forte do que quando cai nele.
Quanto mais renasço, mais me fortaleço e mais me sinto capaz de seguir vivendo, pois é no caminho que mais aprendo
Eu encontro o amor no seu abraço quando meu cansaço me deixa sem teto, sem paredes e sem chão.
Eu encontro o amor no seu sorriso que cheio de luz me faz crer, me faz acreditar que a gente pode e deve renascer.
Eu encontro paz no seu cheiro, na sua pele cor do céu estrelado, eu encontro abrigo ao seu lado.
Nildinha Freitas
Onde acertei os meus passos?
Onde eu não errei?
É necessário voltar o olhar para os acertos, para às vezes que eu tive a coragem do recomeço e parar de lamentar os tropeços. Entendo que viver é esse errar e acertar, acertar e errar, até que um dia veremos a estrada com olhos cheios de amor, deixando de lado os espinhos e sentido o aroma da flor.
Nildinha Freitas
Eu já sorri de orgulho de mim incontáveis vezes na vida. Sorri quando olhei a cicatriz e lembrei que um dia ,ali , fui ferida. Sorri quando olhei para trás e entendi que viver é bem mais que juntar coisas materiais, vive bem quem sabe o valor do abraço, do colo que alivia o cansaço.
Eu já sorri de orgulho de mim, toda vez que reconheci os meus erros banais e não errei mais.
Nildinha Freitas
Eu tenho o Sol por testemunha, que apesar de minhas fragilidades expostas, tantas vezes, por gente que não conhece quem eu sou, eu já me levantei de noites sombrias, e cantei com os pássaros a cura da dor.
Eu tenho esse amanhecer, forças para seguir, para sentir, para viver e tenho você, amor.
Nildinha Freitas
Escrevo um bom poema para se ler da vida que eu tenho em minhas mãos, às vezes, faço rimas perfeitas e há horas em que nada parece se encaixar, mas escrevo, pois escrever é minha cura, a chave para me libertar.
Nildinha Freitas
Dezembro
Já é dezembro, e quanto tempo eu deixei para trás nesse ano que está indo. Já é dezembro e muitas foram as conquistas nestes dias que me trouxeram até aqui; neles, tive tropeços e muitos recomeços de estrada.
Já é dezembro e continuo com uma saudade sem fim, daquela que um dia morou dentro de mim, que em mim fez morada.
Nildinha Freitas
Eu já não tenho medo de envelhecer.
Eu não tenho medo de olhar
os cabelos brancos na cabeça,
de olhar as rugas que estão surgindo
toda manhã.
Eu não tenho medo do espelho.
Eu não tenho medo.
Eu não tenho medo que as pessoas vejam
pela casca que sou por fora.
Meu medo maior é esse, eu não posso negar:
é morrer sem ter reconstruído
as coisas que, sem querer,
tropeçando no caminho, destruí.
Nildinha Freitas
Ah, eu acho que o amor,
esse amor que existe nas novelas,
onde tudo é perfeito,
se ele existe na sua vida,
bata no seu peito, diga:
sou uma pessoa merecedora de viver.
Nildinha Freitas
Eu sempre tive medo
de olhar pelo espelho retrovisor da vida,
de pensar em ter que encarar novamente
os meus erros,
as vezes em que falhei com pessoas,
as vezes em que amei o que eu não devia
e as vezes em que deixei de me amar.
Eu sempre tive medo,
sempre tive medo de voltar para me curar,
de olhar para o passado e perceber
que, sem ele, eu não seria quem sou.
Eu sempre tive medo de me desfazer
para me reconstruir,
mas a vida, por si só,
já me colocou muitas vezes no lugar
em que eu deveria estar,
para entender que eu não sabia tanto quanto agora,
e olha que ainda não sei quase nada.
Estou aprendendo todo dia
que a vida é reconstrução,
recomeços a cada manhã
e reinicialização a cada anoitecer.
Nildinha Freitas
Eu sou a filha indomável da minha mãe,
aquela que corre descalça,
que se banha na chuva,
que sobe montanhas e escala sonhos,
que desafia o sistema,
que luta contra a soberania.
Eu sou a filha indomável da minha mãe,
indignada com a injustiça,
aquela que batalha para que todos
possam ter um mundo melhor.
Eu sou a filha indomável da minha mãe,
a que erra e falha,
que já caiu muitas vezes,
mas sempre levantou.
Eu sou a filha indomável da minha mãe,
descendência forte e livre,
carregando na mão a lança da esperança,
disposta a lutar contra qualquer sentimento
que tente me colocar para trás.
Nildinha Freitas
Eu valorizei a minha força
quando olhei para o lado
e não vi mais ninguém
segurando a minha mão.
Eu valorizei a minha força
quando olhei para a frente
e não vi luz,
só escuridão.
Eu valorizei a minha força
quando olhei para trás
e percebi aqueles
que se afastaram,
porque eu não era quem
eles queriam que eu fosse.
Nildinha Freitas
Eu não sou perfeita.
Eu não sou perfeita em quase nada do que faço.
Eu sou acerto, desacerto.
Às vezes, sou furacão, às vezes, uma tempestade.
Quando sou calmaria, eu sou abraço,
eu sou sorriso, eu sou aquele cheiro no cangote.
Não, eu não sou perfeita.
Às vezes sou chata, eu sou chata.
Mas quem não é? Cada um do seu jeito é luz
e às vezes deixa de ser.
Mas isso não é pecado
Pecado é não se reconhecer.
Nildinha Freitas
Fevereiro
Quem vê pensa que eu não sinto,
mas eu sinto.
Sinto saudade, sinto coragem e medo ao mesmo tempo.
Quem olha para mim não sabe o que dói,
e esses dias doeu muito.
Sabe aquela dor latejante que parece que vai explodir,
expor o que está por dentro,
por dentro de tudo que sou?
Doeu assim, se é que ainda não dói.
Fevereiro chegou e ainda não é carnaval.
Ainda não é alegria, é dor.
Nildinha Freitas
Com que atitudes eu corrijo os meus desacertos?
Com qual desacerto eu aprendi a acertar?
Quando foi que eu me percebi vilão na vida do outro? Será que isso já aconteceu?
Com que frequência eu me realinho, me reconheço humano e falho?
Na busca de me encontrar, qual é o meu atalho?
Nildinha Freitas
Eu queria muito estar satisfeita mas, em vez disso, eu sinto que eu estou presa numa prisão que eu mesma criei.
Eu sinto que as normas da sociedade, as expectativas de gênero e até a simples biologia, me obrigaram a me tornar uma pessoa que eu não reconheço, e estou irritada o tempo todo.
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