Saudades de quem está longe
A dama da noite.
- Mar, você me ama? Perguntou a Lua, ao Mar salgado e irritado,
- Porque amaria alguém que está tão longe de mim? Tenho a areia que me completa. Respondeu o Mar.
- Sol, você me ama? Perguntou a Lua, ao orgulhoso Sol.
- Porque eu amaria alguém que ofusca meu brilho? Respondeu o Sol.
Então, a Lua se retirou e foi em busca de quem pudesse amá-la.
Não muito longe dali, um homem se questiona noite pós noite:
- Lua, por que não me ama?
- Como poderia eu, rainha da noite, amar alguém tão pequeno assim? Disse a Lua ao homem com um tom debochado.
O homem, pediu que a Lua testasse seu amor por ela.
- Vá até o Vale, onde os sonhos nascem e traga para mim uma semente.
A semente que a Lua se referia, era o sonho que o homem alimentou por todos os seus anos de vida, o amor.
- Pois bem, dê a mim o que nenhuma outra pessoa recebeu de você. Disse a Lua, e imaginando que o homem iria dar a ela ouro, prata, ou qualquer outro objeto humano, ela sorri de uma forma sarcástica.
- Eis que hoje, dou a rainha da noite meu coração, o qual não entreguei a ninguém, embora mesmo não entregando ele foi machucado, más é o bem mais precioso que tenho para lhe dar!
Tirou então um punhal e acertou em seu coração.
- Entrego a você o que ninguém jamais teve, cuide, assim como eu gostaria de cuidar de você, adimire-o assim como eu te adimirei, pois nem o salgado Mar nem o orgulhoso Sol podem ter o que você tem.
O homem morreu ali no pé daquela colina, a mesma colina onde a Lua se levantava todas as noites. Emocionada com o feito daquele pequeno ser, derramou lágrimas sobre o homem, a noite nunca tinha sido tão demorada como foi naquela.
E sobre aquela colina, uma pequena árvore nascia e todas as noites suas flores se abriram e um perfume doce saia delas. Todas as noites a Lua era lembrada de quem um dia a amou de verdade.
Tudo passa tão depressa
Principalmente quando não temos pressa
E a vida não nos avisa
Que cada segundo é importante
Ao lado de quem hoje se faz distante.
Dádiva ou não!
Esquecer, dependendo da situação, pode ser uma dádiva ou não.
Foram dias tão bons ao teu lado, no entanto hoje a saudade insisti em me machucar. Olhar para o horizonte e ver o Sol se pondo a beira mar, faz o meu cérebro remontar muitas histórias boas pela qual vivemos juntos. O vento ta soprando suavemente, o barulho das ondas esta calmo, a tua presença em forma de lembrança me faz derramar algumas gotas de lágrimas na areia. Caminhar pela orla com as minhas memorias sobre você causa tantas sensações em mim.
Há certa uniformidade monótona nos destinos dos homens. Nossa existência se desenvolve segundo leis antigas e imutáveis, segundo uma cadência própria, uniforme e antiga. Os sonhos nunca se realizam, e assim que os vemos em frangalhos compreendemos subitamente que as alegrias maiores de nossa vida estão fora da realidade. Assim que os vemos em pedaços, nos consumimos de saudade pelo tempo em que ferviam em nós. Nossa sorte transcorre nessa alternância de esperanças e nostalgias.
Esperei tanto pra te ver...
Mas só agora percebi o quanto sua presença todos os dias faz falta, uma risada boba, uma brincadeira idiota, uma conversa sem sentido. Não percebia que essas pequenas coisas faziam meu dia melhor.
Sinceramente, eu mal te conheço, até um tempo atrás você era só uma conhecida de amizades em comum. Depois do pouco tempo que passei com você, percebi o quanto você é incrível.
Como eu queria ter uma máquina do tempo para voltar e aproveitar todo o tempo que eu pudesse ao seu lado, nem que fosse para uma simples conversa.
DÓI-ME TANTO
Dói-me o cansaço que trago em mim
Dói-me a obrigação de reviver a dor
Dói-me o suicídio nostálgico imposto
Dói-me cada passo que dou sem fé
Dói-me o pesar que me tolhe a voz
Dói-me não amar como desejo amar
Dói-me a ilícita dor que me consome
Dói-me este ópio agarrado à minha pele
Dói-me os sonhos levados pelo vento
Dói-me os castigos que a vida me tem dado
Dói-me este combate desigual todas as noites
Dói-me o luto contra o pior dos inimigos
Dói-me este meu remar contra a maré
Dói-me para me libertar deste eterno mal
Dói-me a insónia até de madrugada
Dói-me o sangue derramado no corpo vazio
Dói-me a secura da boca do vinho azedo
Dói-me ouvir as queixas a quem roubaram a vida
Dói-me as palavras gritadas em versos
Dói-me as lágrimas derramadas em silêncio
Dói-me no fundo a secura das despedidas
Dói-me a palidez dos rostos em saudade
Dói-me ver os amantes da noite em desamor.
Qualquer dia desse eu desapareço para que novas histórias aconteçam, para que os sonhos continuem; por isso, eu me divirto por onde passo e faço também saudade por onde, por algum tempo, eu fui felicidade!
A orquestra sinfônica de Tenerife toca ao fundo
enquanto eu escrevo essas palavras.
Como essa soprano consegue levar a voz a esse alcance?
Se eu soubesse faria chegar minha voz até você.
Te fazer saber.
Homem com pensamento cativante,
Que tira inspiração de cravos em maçãs.
A opera agora é de Vivaldi
toca sobre o inverno.
Isso me lembrou você,
Que me faz sentir primavera.
Solitário.
No silêncio da noite
Eu sinto a dor
Desse pavor
A dor de amar
A dor de zelar
A dor da saudade
Saudade no peito
Eu tento matar
Mas aqui você não está
O corpo está
Mas você não está
O que devo falar?
Se eu falar
Eu sei que que vou me machucar
Melhor me calar
Sinto sua falta.
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