Saudade Sufoca
Tire sua crianca do bau...Liberte-a! A vida muitas vezes sufoca,
aprisiona! Mas agora abra a tampa!Afinal,livre !Entao,brinque..ria...e seja tao feliz quanto possivel ser!
A minha cidade parece uma gaiola, me sufoca, oprimi e impede todo e qualquer tipo de crescimento, quero me libertar! verdadeiramente ser livre, respirar novos ares, novos climas, novos sabores, liberar as asas que a tento já foram criadas. Preciso sair da gaiola, liberar o grito, voar,
transcender. E isso não vai ser amanhã. Vai ser agora.
O problema é que dói. Sufoca. Machuca. Incomoda. Mata. Sim, mata aos poucos. Tortura. Uma morte lenta e dolorosa. E uma morte silenciosa, para o mundo, claro. Porque pra você ela grita. Grita, machuca, te corrói, como ácido sulfúrico correndo em suas veias. E você sorri. Você finge ignorar, enquanto está sendo destruída. "Olá, tudo bem?" "Vamos tomar um café? Saudade de você." "E aí, resolveu aquela situação?" "Então, é que as coisas andam difíceis..." O mesmo diálogo. De novo? DE NOVO? Não, calma aí. Mais uma vez? Parece um déjà vu, daqueles chatos de filme cliche que passa na sessão da tarde. Respira fundo. Engole o choro. A cena continua a mesma. Tem roteiro e script, inalterados. Quatro meses de repetição. Quantos mais? Cinco? Dez? Um ano? Dois? Respira. "Tudo bem então, vamos esperar." Fim de diálogo. Vai pra casa. Chora no travesseiro. Uma, duas, três vezes. Liga pra amiga. Chora de novo. Mais uma vez. Reclama. Telefone apita. Mensagem. "Me preocupo com você, me desculpa." "Tudo bem, sem problemas. Te amo." Silêncio. Desliga. E dorme. Dorme fingindo estar tudo bem. Dorme com o peito em chamas, queimando de dor. O coração despedaçado, a cabeça a mil. Dorme com o peso do mundo nas costas. O medo do futuro incerto sufocando a garganta. E assim segue. Quatro meses de repetição. Quantos mais? Cinco? Dez? Um ano? Dois? Respira. Você não aprende mesmo, menina.
Se não tomarmos as rédeas da nossa vida, o tempo (ou a falta dele), nos engole, nos sufoca e nos escraviza...
O amor que trago em mim
é tão grande, tão forte.
que sufoca-me senão gritar
para o mundo inteiro,
Eu te amo!
Fogo ardente
Que aqui dentro sufoca e se espalha rapidamente,
Que toma conta de mim aumentando minha sina
Em um olhar misterioso, um rosto meigo de menina,
Que se envolve em meus braços ficando tão indefesa
E se perdendo em meus lábios te aqueço em meu corpo quente
Tentando me sentir feliz quando está tão ausente,
Pois tu és minha e dona dos meus pensamentos
No silencio te procuro e no desespero te chamo
O sufoco acaba quando te ligo e ouço: - “te amo”!
As vezes é dificil entender como esse espaço sufoca, entender como tem tanta gente perto de você e ninguém do seu lado.. Não basta um abraço, solidão não vai embora assim com um toque de mãos.
Que perdure o verdadeiro amor, sentimento mais encantador dentre os demais, porém o que mais sufoca e faz-nos mau. Diferente do antigo ditado no qual diz que tal sentimento nos cega, o amor apenas enxerga o ser amado com outros olhos, metaforicamente falando, claro, mas ao mesmo tempo, te faz ver somente aquela pessoa, pensar somente nela, como se não existissem outras. O amor é orgulhoso, é egoísta e quer tudo pra si. Como numa viagem sem rumo, tal sentimento pode te levar a qualquer lugar, sem norteamento, vai do céu ao inferno, te faz rir e chorar em muito pouco tempo. Gestos que podem ser julgados simples, para outro alguém, como um abraço, um carinho, acelera descontroladamente o coração, como uma injeção de adrenalina, te faz acordar, te aquece da cabeça aos pés. Chega-se a imaginar que o amor faz-nos necessitar do outro ser pra sobreviver, pra respirar, ser feliz. Mas uma necessidade é certa, tê-la sempre por perto, nem que seja ao menos para olhá-la e deslumbrar-se com tamanha beleza. Há quem diga que o amor é um devaneio, simplesmente, uma loucura. No principio de uma relação a dois, pode-se ver perfeição no ser amado, e brilho constante em nossos olhos. Mas o amor também machuca, inúmeras vezes fere e, friamente, deixa cicatrizes que, na maioria dos casos, é curada com o tempo. E haverá sempre algum coração partido, e outro se reconstruindo. Haverá sempre alguém se recolhendo, e outro alguém se entregando. Haverá sempre um coração buscando por outro, pra correr todos os riscos outra vez, pra viver, chorar e sorrir outra vez.
Sabe aquela dor?
Que sufoca
Que não acaba
Eu sinto
E piora...
Quando dizes:
- Quem sabe?
Não aquento mais
Essa frase!
Se você não me
Dá segurança
Quem vai me dá?
Dói, sufoca e inquieta, ter que aceitar por força dos fatos, o que o coração se recusa em consentir por força dos sentimentos.
Aquele respirar, não aquele comum,e sim aquele que te sufoca por alguns instantes te faz sentir sensível sabe o nome dele? (...) ha o nome dele é AMOR !
Como calar a inspiração, se dela vem o ar que alimenta a poesia ...
Sufocá-la é assassinar o momento! O que é um tormento, para poeta...
Entender as palavras é fácil, difícil e traduzir
a linguagem da alma". Renata Saturnino
