Poemas sobre samba
Samba do Amor Boêmio
Faz teleco teco com meu pandeiro,
Dirindindon com meu violão,
Dirindindin com meu cavaquinho
E faz um samba no meu coração.
Pra cada abraço uma nota alta,
Pra cada beijo uma melodia
E se o coro estiver afinado
Hoje a noite vai ter sinfonia.
E vai sambando pro meio da roda
Que já está chegando a sua vez
Se a sinfonia estiver animada
Hoje eu não durmo antes das três.
À tona veio esse tuntuntum
Que descobri, veio da percussão.
E enquanto tuntuntum eu vou ouvindo
Minha morena eu não largo, não.
No xique-xique do chocalho eu vou
Me devolvendo à antiga boemia.
E vou cantando como um beija-flor
Voando e sambando até nascer o dia.
O dia nasce pra morrer com samba
O samba que anima nossa gente
O samba que não existia
É no batuque do repente
E nas curvas de Maria.
E se Maria é a Dama da Noite
Que mexe com o olhar do poeta
Dois pra lá, dois pra cá
É a receita certa!
E lá do morro a gente ainda ouvia
Teleco teco, dirindim dondom
Xique-xique, tutum
Ticatá, ticatá, ticatá, ticatá...
E lá do morro a gente ainda ouvia
Teleco teco, dirindim dondom
Xique-xique, tutum
Ticatá, ticatá, ticatá, ticatá...
Falta o trabalho, viaja quinta, samba e bebe até quarta-feira de cinzas, falta quinta/sexta e segunda fica puto pq tem que trabalhar
Tem poesia na moça da cidade e na moça da favela
Num clássico de Beethoven e num samba da Portela
No sangue que corre pelas veias dos valentes generais
E no sangue que escorre das tão cheias notícias de jornais
Tem poesia em uma criança que nasce e em seu comemorativo porre
Em uma pessoa que esvai-se e lentamente morre
No operário que luta pelo seu pão
No pobre salafrário que acaba na prisão
Nas águas que inundam o sul e se esquecem do sertão
Nos batuques, nas cachaças que rolam pelos botequins
Nos preconceitos sem graça dos cabelos pixains
É poeta quem aprecia e solta
Não fica mudo
Quem vê a poesia
Em todos e em tudo
As Escolas de Samba do Rio de Janeiro esquentam tanto o Carnaval, que acabam pegando fogo, literalmente.
Samba sincopado é o que o sambista faz, ao lado da cozinha, com autorização da patroa, enquanto espera a gororoba ficar pronta.
Engraçado: nos ensaios técnicos das escolas de samba nunca vi técnicos de qualquer especialidade; apenas sambistas de todas as qualidades. E algumas mulatas que põem todo o esforço a perder. Pelamordedeus!
Estava vendo os desfiles das escolas de samba do Rio e até agora estou me culpando por ter dado 20 minutos de audiência para a Globo. É uma festa bonita? É sim, mas hoje vou ter que pedir desculpas aos apaixonados pelo carnaval. Sabem, é muita hipocrisia ver um país onde a maior parte da população, que é pobre, financiar uma festa tão cara simplesmente para enriquecer quem já é tão rico. Indigno o povo não enxergar que alegria não se paga. Desde quando sorrisos não são gratuitos? O dinheiro que vocês guardam o ano inteiro deixando de comprar pão, deveria estar sendo investido na educação dos seus filhos. Eu particularmente acredito em diversas outras formas de diversão, mas enquanto o povo patrocina a fortuna de quem já tem, e defende estar certo por estar fazendo esse papel, o que me resta é aproveitar o final do feriado e rir (para não chorar) da sociedade brasileira que vai passar o resto do ano reclamando da desigualdade social e da corrupção política. Carnaval era para ser festa do povo, e não essa palhaçada que vocês parcelam para pagar durante o ano todo.
È com esse sorriso que eu vou pro samba, é com essa alegria que eu vou, sempre seguindo em frente, sem medo algum de errar mais uma vez.
Amor não da samba e nem faz poesia ; Isto é obra da paixão meu caro . De seus devaneios e suas manias.
Mania de chover e fazer sol no mesmo instante ,mania de entorpecer a cabeça do amante, mania de rasgar o lençol,hora de desejo, hora de ira ... E em seus devaneios querer de noite para desdenhar de dia.
“Amor”, no verso e na melodia, serve mesmo só pra fazer rima.
É a paixão quem vive,quem sente ,que rouba da gente qualquer tipo de razão ...
E de protagonista quem leva a fama, sem nem si quer ter deitado ou desfrutado da cama é o “Amor”.
O Vinícius e o Tom criaram o samba do asfalto, leve e sentimental sem ser brega, aliás o único que tomou o mundo.
Ela me faz pulsar no compasso de um belo samba, na cadência da melodia que desce suavemente do morro e deságua num lago de poesia enfeitado com pétalas de tamborim. Ela me faz balançar as cadeiras e bailar sobre o asfalto em chamas, remexendo meus desejos guardados de jamais ser o Pierrô, mas sim, o Arlequim.
Sim, eu quero! Quero devolver-lhe a alegria que recebo simplesmente por vê-la gingando ao largo da passarela. Quero entregar-lhe pessoalmente o calor dos meus abraços e fitar-lhe bem no fundo dos olhos, com meus olhos de quem quer ver muito mais do que se pode.
Por ela eu clamo por infinitas noites de folia! Eu a vejo enquanto durmo como se a vida fosse muito mais do que ter o dom de tocar as coisas e as pessoas. Ela me faz flutuar como confete de carnaval. Ela mutila as razões de qualquer enredo e torna volátil tudo aquilo que se dizia concreto.
O físico e o irreal se transformam num só elemento quando ela se mistura aos adereços das alas em festa. A ela ofereço uma valsa de pandeiros e agogôs sob a luz do luar. A ela dedico uma ópera de pastorinhas cantando do alto da minha ribalta. Ao contrário do que diz, ela é virtuosa passista a girar sem cansaço no meu pensamento.
Ela é a cabrocha mais linda da avenida. Ela é a luz que ilumina a minha escola de samba. Eu fico mudo quando ela passa. Não há no mundo do samba quem mais bem me faça. Quero infinitos carnavais ao lado dela e caminhar sobre um felpudo tapete tecido com glitter e serpentinas. Quero ser um folião pulando em seus braços, sem jamais conhecer o limiar onde repousam as cinzas de outras quartas-feiras.
Parei pra fazer um samba, mas nada fiz
Estou sem motivos pra compor
Troquei os acordes, fiz inversões
Lembrei de amores, desilusões
De nada adiantou
E ai, tomei um chopp gelado, acendi meu cigarro
E me encontrei, de bobo a "malaco"
De perdido a inspirado, é eu me encontrei
Então parei, escutei minha melodia
E me deixei levar, foi quando eu menos percebi
Ela se foi, dando vez ao seu lugar
Madrugada, companheira da Jornada de uma vida inteira
um homem veio a minha porta
fazendo samba com palavra torta.
Cantei, chorei, brinquei
invetei versos
quem se importa?!
O poeta, que se conforta!
Terra do Samba
Sou de Madureira
onde o tempo voa
sou de Madureira
a voz do samba ecoa
sob olhar do Cristo
passeando pelo calçadão
navegando pelas ruas
descobrindo o Mercadão
Madureira tem um brilho espetacular
nessa terra onde reina a alegria
de um povo guerreiro
nos recebe com amor e simpatia
com o calor da estação
mostra o samba que é paixão
Império, Portela e Tradição
são as estrelas do show
que transmitem magia e emoção
Para quem tem fé
tem o morro de São José
mesmo os que dizem, não dá mais
conheçam a igreja de São Brás
Andando na Serrinha
Comunidade carente,pessoas inteligentes
no balanço do samba
madureira é simplicidade, carisma
é felicidade
MEU SAMBA II
Seu desrespeito selou seu destino
Não ligo se te conheço desde menino
Com sua arma verbal você atentou contra minha moral
Será rápido e indolor em respeito ao que passou
Podes crer não vou envolver família só você esta na minha mira
Nos quatro cantos da cidade ouço o som de sua deslealdade e Trovão é sinal de Tempestade
O aviso foi você que me deu quando cuspiu no prato que comeu
Disse tudo isso olhando para você
Puxe! Sabe lá quem vai morrer
Traíra du carai bem diz o ditado:
Bala! na cara de filho que dá em pai
Você já teve aquela sensação de “era isso que eu precisava ouvir hoje”?
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