Sabia
são 04h, muito frio. há tempos não sabia o que era isso em Ribeirão Preto.
não há gemidos nos apartamentos vizinhos, todos dormem e o silêncio reina. lá fora chuva e um pedido de socorro, rompe com a paz reinante.
uma voz feminina suplica que a deixe; que ela não quer ir, quer ficar ali. em outros momentos, quer ir. mas só! sem a companhia, que nada fala — presumo só acompanhar ao largo, de um lado a outro da calçada.
nenhum carro na rua, nem sons a interromper o capítulo dessa novela. ela chora e ri num desafino descompasso, lembrando talvez mais dos drinks de que a música que a embalou no início da festa, que sabe-se lá como terminou, ou não!
penso em deixar a cama, abrir a Frisa e ir acompanhar o desfecho do romance "frozen in the rain". as cobertas que me acompanham não permitem e me abraçam mais forte de encontro à cama. tento com esse trio aquecer-me para o final da madrugada e colo mais um travesseiro ao ouvido — ajuda também a esquentar —, mas a voz feminina, lá fora teima em reinar. não é um Romeo, Romeo... nem tampouco tomate cru que ela procura na feira — por sinal distante daqui — . e, ela continua a berrar, algumas palavras que se parecem com isto.
milésimos de segundos se passa e seus sapatos começam a dividir com o som da chuva a quebra do silêncio que antes reinava, na pista. uma dança sem música, no asfalto molhado. ele, enfim berra e pede para que ela volte. é então que eu noto a companhia, é um homem.
abri a Frisa, quem sabe para ajudá-la, quem sabe para me devolver o sonho e, aquecer o corpo. vejo que ela não resistiu, preferiu o Romeo. ela aceitou-o e foram em busca dos tomates.
agora sim, o tempo vai esquentar e logo, logo, o sol é quem vem reinar!
Eu não sei como cheguei aqui, uh. Sabia que não seria fácil. Mas sua fé em mim era tão clara Não importava quantas vezes eu era nocauteado.
..."Desde o começo eu sabia que a nossa canoa já se encontrava furada antes mesmo de partir. E a única coisa que fiz foi remar de encontro ao mar"...
... E naquele momento já não sabia mais como suportar a dor existente em meu coração. Olhava com cautela para as qualidades alheias e acabava me esquecendo por tremenda ousadia que eu também possuía um homem ao meu lado. Mas ele não era como os outros. Não se importava em me afagar quando eu gritava seu nome buscando socorro..."
Eu sabia no fundo que aquele homem era o grande amor da minha vida, porém não era a pessoa que grandiosamente me trazia afago, mimos inesperados ou o amor que eu aspirava. Mas aqueles olhos castanhos me tentavam e, quanto mais eu os observava, mais eu tinha um desejo incontrolável de amar aquele homem. Ah, aquele homem... Sorriso ímpar que, no meio da madrugada, depois de uma longa noite de amor, não se cansava de iluminar o quarto.
Um homem apaixonado ele descobre que fez uma coisa que não sabia que podia fazer; que era se apaixonar...
Falar os sentidos com outras palavras mesmo dando o mesmo sentido não é feio, mas uma forma sábia de reconhecer o pensamento primogênito;
Os Primeiros Momentos da Última Paixão
Queria sim... Todo mundo sabia... um amor paciente...
Acontecem – algumas vezes na vida -
Quando o coração esfria - e esta ocasião dos pés longe do chão
Se retiram para o muito céu
Ou quando - Ele retribui
É um VOAR tão alto
Para merecer menos
Do que o seu olhar
Foi assim...Todo mundo já soube...O mercantil...O estacionamento
Essa paixão arrebatadora
É rara - mas tão bela
Como sua Aparição
Tão absoluto – tão sério
Para a Eternidade?
- bem poucas -
Poderão apreciar tão gigantesca substância
Da paixão fulminante a um amor tranquilo.
É assim... Como todos já sabem... Eu... Ele... e vida! Novas vidas!
Acontece que o sol se escondeu e em outros ares me encontro agora, sabia eu a minha condição, a contradição me apavora. Sai da contramão desdizendo a lei que eu mesmo criei, incitando meus erros como humano e transcendendo sobre a teoria da verdade que sempre imaginei. Tal vida desaguada em carros envenenados a rachar, em vias perigosas e mortalmente lindas, alguém deveria se machucar. Se não eu, com meu gosto por perigo, nem tu que como as outras vive a se aventurar, se não na velocidade no jogo devasso da conquista que tão bem atiça somente para provocar. Já não quero ser teu jogo, pra ser sincero eu nem me lembro tanto assim. Minha realidade é tão retorcida, que embaralha a vista e não desce pro coração! De domingo a domingo vivo a minha vida e nela quase nunca me sinto só, tenho vários amigos, dentre eles alguns inimigos que adorariam me ver na pior. Tendo muitas vezes compreender o motivo dessa impaciência toda. Se for para perder tempo, prefiro me afastar! se for para crescimento farei de tudo para não vacilar. São tantos calos no pensamento que predomina a fração de momento onde meu sorriso diariamente está. Não peço para que me entenda, nem eu, no mais louco questionamento consegui essa façanha alcançar. Talvez na morte minha voz será ouvida, não sei se compreendida, de certo lembrada. É com retrógradas da vida, que o por do sol é a minha despedida, até um novo ciclo começar.
Não adianta eu querer te esquecer...
Eu já tentei sabia?
Não foi fácil tirar o meu sorriso do rosto nem a alegria que sinto dentro do peito...
Tudo isso faz parte de você e se fizesse essa retirada da minha vida eu simplesmente morreria...
A vida não se resume à você, mas metade dela já te pertence...
Magnífico parque
"Minha terra tem palmeiras
Onde canta o sabiá..."
Gonçalves Dias eternizou tais versos
Simples... e gigantescos!
Analogamente, vejo concretude por tais versos
No parque amado da CATI Campinas
Na Cidade das Andorinhas
Parafraseio o nobre mestre da Poesia:
"Nosso parque tem palmeiras
Onde canta e se reproduz o sabiá..."
Há de se ter brando coração para emocionar-se
Diante da visão de um filhote de sabiá no ninho
Insetos e até jabuticaba: uma fartura ao diminuto ser!
Lar na árvore, dia após dia, até alçar imperativos voos
É a ordenança pela inadiável voz da Natureza...
Reverberada na verde mancha arbórea do setor da cidade.
No parque da CATI aglomeram-se árvores em diversidade
As tais metaforizam pinceladas em tons de verde
Assim são compostos esplendorosos quadros
E livres das telas estáticas das tradicionais pinturas
Estabelecem expressões tão características em movimentos
Vão interseccionando cenas mui exuberantes, de dia ou de noite
Certamente figurariam nos quadros de algum pintor inspirado!
Os que se enveredam pelas entranhas do parque: privilegiados.
Com olhos atentos, sobretudo com sensibilidade
Agraciados serão pela contemplação digna
De tudo aquilo que à retina se descortina
Sob o espectro ótico, é concedida uma oportunidade
Ensejadas manifestações metafísicas
Visto que a vida vibra em cada sussurrar do vento
Nas asas dos pássaros ou nas copas das árvores.
Se faz generosa na seiva mantenedora que se eleva pelos troncos
Vai pelos galhos alçando a metamorfose bioquímica
Manifesta-se a fotossíntese em suas fases clara e escura
Metaforiza-se o ritmo do alvorecer ao anoitecer no plano botânico
Revelada uma evidente expressão do Criador,
Imbuída de poder, mistério, simplicidade e arte.
É possível que a cada olhar com agudeza
Com certeza teremos uma nítida percepção
Sensação de se encontrar em meio a uma dádiva
Uma dinâmica galeria de arte botânica a céu aberto
Sem pagamento de ingresso...
As obras-primas mantidas com dedicação continuada
Fruto da contribuição de servidores, com ou sem camisas suadas
Ao longo dessa história do parque, os tais impregnaram-se nela
Artistas servidores em prol da continuidade da vida vegetal
Cada exemplar arbóreo é um símbolo de luta pela sobrevivência
É o que dá a riqueza de tonalidades em pinceladas
Representam frações da Arte Superior
Dela fazemos parte e com ela buscamos nos harmonizar.
Há árvores que até sobrevivem às descargas elétricas da natureza
Mas que sucumbem aos poderosos raios destrutivos humanos
É uma premissa para alertar sobre gestos cotidianos
Diminutas ações, objetivando gerar sinergia com nossos semelhantes
Os desdobramentos naturalmente nos tornarão mais conscientes
Nos anos vindouros haverá a perspectiva de uma maior conformidade
Ideal e concepção original do mentor e arquiteto botânico Dr. Hermes
Legado desde a implantação deste singular patrimônio botânico.
Uma pessoa sábia consegue pregar de boca fechada, apenas com as suas atitudes. Já alguém que possui apenas conhecimento só consegue pregar através de sua eloquência! Precisamos ser sábios e não simplesmente eloquentes.
Autor: Eliseu Fernandes Laurindo
05 de setembro de 2016
"Simplesmente, não sabia o que fazer: se mergulhava no brilho dos teus olhos ou na beleza do teu sorriso"
Talvez eu não seja sábia o bastante para entender a vida .
Uma estacão de embarque e desembarque .
Uns chegam ,outros partem ,uns voltam ,todos por escolha própria .
Cada qual com sua bagagem ,cada qual com seus projetos e planos .
Uns choram outros cantam .
Alguns perdem o olhar na paisagem ,outros se distraem olhando as pessoas .
E claro alguns apreensivos com medo de que o trem chegue e eles o percam ...
Mas os jovens ah !! esses jovens !! ... mochila na costa , cabeça cheia sonhos .violão na bagagem e na pele uma tatuagem escrito o nome da mãe ,,,
Partem pra terra distante em busca de saberes prazeres ,aventuras e independência .Nem bem reparam os velhos com suas botinas velhas bagagem pesada ,e um certo desencanto .
O sol que queima a pele é o mesmo que aquece o sonho ,a lua clareando a noite é a que escreve as ilusoes ,e cada estrela desce pra fazer do sono dos jovens o descanso doce e terno pra que a força da vida os leve adiante .
A mae no fogão chora de saudade ao fazer o prato preferido ,e o pai orgulhoso ,conta aos amigos as aventuras e conquista do jovem filho desvendando a vida .
E segue a estação ... crianças no peito da mae se alimentam , mães puxam filhos pelo braço em passo apertado enquanto o irmão mais velho se preocupa em beliscar o pequeno ,
E a vida segue ,o menino do peito será o moço da estação amanhã .
A jovem do guiche já nem é mais jovem ,e corre nas tarefas diárias e no auxilio aos filhos na lição escolar .
E a vida segue ....
O embarque o desembargue a vida que vem, o sonho que passa .
A mae que chora copiosamente em cima de um corpo inerte frio e tão amado do filho que a morte sem razão sem piedade lhe arrancou das mãos . No canto a mochila ,o violão, ao vento os sonhos ,os planos perdido na poeira da estrada não percorrida .
Um grito silencioso de fracasso cobre o rosto de um pai ,e os irmaos ,já não sabem se acreditam na vida ,ou se perdem na ilusão .
Na casa um vazio ,uma foto amarelada ,uma vela acesa ,flores ,e lagrimas caindo como se fossem remédios pra alivio de da dor .
E a estação ??? na estação rostos ,sonhos ,jovens velhos a moça do guiiche, o trem apita na chegada ,apita na partida e o ciclo continua ...
Mas a mãe presa na dor pede a Deus a morte pois ser forte já foi ,já é !!!
Mas ser forte também cansa pra quem esta se afogando em lagrimas... ....edm@fcosta
“Procuras o que em tua vida?
Não sabe! Pena o mundo é seu.
Não sabia?
É por este, motivo, que não encontras.”
EU SABIA QUE SERIA MUITO DIFÍCIL VIVER SEM VOCE
EU SABIA QUE IA DOER A CADA INSTANTE ...
EU SABIA !!!!!
Mais é muito maior que minha mente possa ter imaginado .
É muito mais dolorido do que meu coração tenha pensado
Eu sabia ... mas não sabia de nada ...
Canto do sabiá
Acordei com o lindo canto do sabiá
Emoção que há tempos eu não tinha
Ele estava do outro lado da minha laia
Numa das lindas árvores da vizinha
Das poucas árvores que ainda tinha
Foi bom ouvir o som da outra laia
Acordei com o lindo canto do sabiá
Emoção que há tempos eu não tinha
Via o pássaro cantando na Bahia
Hoje anda triste, preso na gaiolinha
Não pode nem se quer voar, só apóia
Árvores agora só na roça, lá na maninha
Acordei com o lindo canto do sabiá
No banco de trás do táxi tentou segurar a minha mão, tocar meu rosto, não sabia que no outro dia me deixaria na contra mão no caminho oposto.
