Rondo Poesia de Cora Coralina

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A morte.

Olho para a janela, um anjo vem me visitar.
Não sei se estou sonhando, ou é somente minha imaginação.
Ele sorri e acena.
Estou confuso. Ele me chama...e eu vou.
Ele é uma criança pura e cheia de energia e eu sou apenas um adulto, sem tempo.
Saio da minha prisão, pego em suas mãos e caminhamos juntos até as estrelas.
Ele não diz nenhuma palavra, mas o sorriso dele já me diz tudo.
Sei que vou ficar bem, e com o tempo as pessoas também ficaram bem sem mim.

CUIDADO!

Ó namorados que passais, sonhando,
quando bóia, no céu, a lua cheia!
Que andais traçando corações na areia
e corações nos peitos apagando!

Desperta os ninhos vosso passo… E quando
pelas bocas em flor o amor chilreia,
nem sei se é o vosso beijo que gorjeia,
se são as aves que se estão beijando…

Mais cuidado! Não vá vossa alegria
afligir tanta gente que seria
feliz sem nunca ouvir nem ver!

Poupai a ingenuidade delicada
dos que amaram sem nunca dizer nada,
dos que foram amados sem saber!

Guilherme de Almeida
DE ALMEIDA, G. Messidor. São Paulo: O Livro, 1919.

Epitalâmio

O alto fulgor desta paixão insana
Há-de cegar nossos corações
E deserdados da esperança humana
Palmilharemos por escuridões...

Não mais te orgulharás da soberana
Beleza! e eu, minhas cálidas canções
Não mais dedilharei com mão ufana
Na harpa de luz das minhas ilusões!...

Pela realização que ora se ultima
Vai apagar-se em breve o alto fulgor
Que te inflama e ilumina o meu desejo...

Como no último verso a última rima,
Eu deporei, sem gozo e sem calor,
Meu derradeiro beijo no teu beijo!

Mário de Andrade
ANDRADE, M. Poesias completas: Volume 2, Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2014

EU A REDE E A PAZ (Autor: Henrique R. de Oliveira)
Relaxar o corpo numa rede
vagarosamente pra lá e pra cá.
aliar o silencio ao aconchego
para a paz se instalar.

transformar o tarde no cedo
retirando o nunca do pensar
ser coragem sem ser medo
para o sonho se concretizar.

Por mais que a vida exija batalha
vencê-la, sem prejudicar ninguém
do som das teclas ao balanço da rede
eu e a paz no vai e vem.

Tristeza, por favor vá embora
Minha alma que chora está vendo o meu fim
Tristeza, por favor vá embora
Minha alma que chora está vendo o meu fim

Fez do meu coração a sua moradia
Já é demais o meu penar
Quero voltar àquela vida de alegria
Quero de novo cantar

Ausência

Quero te dizer que você é a minha alegria.Nos meus pensamentos te encontro em cada esquina.
Quando repouso meu corpo, sinto a leveza do meu espírito ,pressinto que logo vai se encontrar com o teu.
Em meio a noite acordo de um sono profundo sentindo que você estás a me fazer carinhos .
Durante a minha vigília, me pego sorrindo pois ,a minha sensibilidade capta a tua presença.
Sinto o teu perfume e compreendo , que por enquanto tenho que conviver com a tua ausência.
Para superar a saudade, tenho ouvido as lindas mensagens que me levam até você.
A tua voz me reporta aos nossos momentos felizes,onde somente as quatro paredes foram testemunhas.
Quero te dizer que ,teu jeito simples, a tua postura e tua inteligência sutil me encantam.
Teus carinhos e tua atenção me embriagam de prazer e me enchem de emoção.
O presente me traz você,tenho rogado aos anjos e ao céu que permitam que possamos usufruir dessa essência juntinhos porque sinto que é recíproco.
Somos afins, a tua ausência te faz presente.
Psiu! preste atenção! Essas palavras são de coração para coração.Se não te sentires incluso apague -as.

Lugar sem comportamento é o coração.
Ando em vias de ser compartilhado.
Ajeito as nuvens no olho.
A luz das horas me desproporciona.
Sou qualquer coisa judiada de ventos.
Meu fanal é um poente com andorinhas.
Desenvolvo meu ser até encostar na pedra.
Repousa uma garoa sobre a noite.
Aceito no meu fado o escurecer.
No fim da treva uma coruja entrava.

Manoel de Barros
BARROS, M. Poesia Completa. São Paulo: Leya, 2011.

SOU COMO VOCÊ ME VÊ
Não sou grande, nem pequena
Não sou forte, mas, também não sou fraco
Sinto medo, mais tem coragem bastante, para enfrentar a mim mesma
Sonho alto, mais mantenho os pés fixos no chão, para não perde fio
Sou real, transparente em tudo, mais, também sou mistério
Sou sorriso da alma, mais também sou lágrimas de saudades
Sou fios frágeis, sou a teia forte, que prende e que solta
Sou o que sou, sou quem sou, sou como eu mesma
Sem desejar ser outro alguém, pois se não sou, quem sou
Certamente não sou ninguém
Sou como você me vê, e mudo com o seu jeito de me enxergar
Dependo do seu jeito, do seu modo de me olhar
Me entender não é fácil, mais também não é difícil
Me conheça, me escute, entre em contato
Me aceite como sou, forte e frágil, pequena gigante
Sorriso e saudade, nessa busca constante de ser
No meu eu melhor a cada novo dia, a cada instante
Sou quem sou, e como sou, basta aqui dentro de mim
Sou como sou, começo, meio e fim.
Mery de Almeida.
Lei de Direito Autoral (nº 9610/98)

E por falar em saudade
Onde anda você
Onde andam os seus olhos
Que a gente não vê
Onde anda esse corpo
Que me deixou morto
De tanto prazer...

Renova-me Senhor Jesus, já não quero ser igual.
Põe em mim seu coração.
Porque tudo que há dentro de mim, precisa mais de ti.

Senti o inesperado exercitando o olhar em suas diversas formas de ver, por que sempre há chance de recomeços.
Reconstruir-se em um novo começo, reinventando o antigo no novo.
Renovar-se em simplicidades, re-tocando a vida.
Se adereçando de alegrias e deixar fluir-se no compasso da dança vida.

Há uma sede que não cede a qualquer coisa, uma sede que não cede em qualquer lugar.
Sede de você.

Mesmo convivendo com incertezas e tendo varios medos, insisto distraida. Minha força é de dentro.
Meu mundo i-real é absoluto.

Gosto de gente que insiste em mim, que me enxerga sim onde finjo não.
Gente que me vê bonita pelo avesso.

(...) e que Deus sempre deixe o melhor acontecer.
E até lá acontecendo ou não eu nunca esqueça de agradecer.

Na vivencia cada coisa tem seu tempo. E no seu tempo acontece as coisas.
E que em qualquer tempo, venha sempre o tempo do amor maior.

O tempo voa, mas...
Quando se quer, no tempo acontece.
A gente sempre pode mudar nossa historia.
Um brinde ao agora. Um brinde ao amanhã
Ainda há muito tempo a ser usado.

O amor se perde na correria diária.
Nos pequenos gestos ao final do dia. nas palavras não ditas, e por não serem ditas são esquecidas.
Lamento que o amor decida a hora de partir. Mas nunca vai de uma vez. Amor se alimenta de vida.

A experiência modera anseios, tira a angústia e dá uma certa leveza a vida.
Beleza e juventude são efêmeros.
O que acumulamos de essencial para o nosso viver, carregamos dentro de nós para sempre.

Desembrulha teus eus, remate seus nós, refaça seus laços.
Vida é isso, inventos, beleza, imprevisibilidade.

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