Romance
Mulher, teus cabelos longos e negros se enosaram nos fios de minha alma, corromperam meu ser, devoraram minhas carnes. Agora que nada de mim resta senão apenas o eterno admirar, fico sozinho a perguntar: O que seria de mim se ela tentasse, e se gostasse e se ficasse?
A FOTO
Aquela foto hipnotizou-me, tirou de mim a paz e me escravizou. Não resisto mais ao olhar, e como o viciado a procuro a todo instante. Colou-se na minha retina, imprimiu-se o seu negativo em meu cérebro, e agora a vejo até no escuro. Naquele retrato só existe uma mulher e nada mais. Mais não poderia haver. Ela mitigou minha sede, tornou-se o tudo.
Que para iluminar tua estrada
Este simples conselho te valha
(Feliz é quem humilde o aprende!):
Por amor se livra o que entralha,
Pois o amor é que de fato prende.”
Se eu quisesse conquistar todas as mulheres com meus textos, não os faria tão românticos... Escreveria receitas de brigadeiro diet.
Só sofre por amor aquele que está de barriga cheia e com dinheiro pra comprar um bom antidepressivo.
Felicidade sem formas.
Marcel sena
Noite sombria sobre luar tão belo
Orvalho que cai e a terra umedece
A lua se esconde o sol aponta
Raios de luz aquecendo corpo.
Nada precisamos falar
Nem todos precisam notar
Sobre a lamina da agua reflete a beleza
Que na alma fora tocar.
No vento o som ecoa
O retumbar de um coração
Som inocente cheio de significado
Melodia na harpa de Orfeu orquestrada.
Caminhos estreitos feitos de terra
Barreiras sempre hão de vir
No embalo de um Deus onipresente
Sentimento abençoado sempre vai ser.
Felicidade se faz presente
Nesses simplificados corações
Podem as noites não ter estrelas
Mas somente sua luz ilumina o coração.
João Sem-Braço
Não nasci para cálculos. Não meço palavras, perco os sentidos e os centímetros, avalie os sentimentos. Para os fardos da atualidade e a busca incessante do ser, a reciprocidade não anda de vento em poupa. Pasmem! O cenário frio e calculista dos tempos modernos é retrógrado e vago. É veemente o traço da fugacidade encontrado nas projeções de vida e sua conjuntura folclórica. O romance foi assassinado. Na prática, a luta entre os sexos, é vista burlando a boa-fé da espontaneidade. E o que se assemelha a um personagem poético, é dotado de uma inocente ingenuidade. “Sabe de nada inocente”. Porque nada disso é verdade! Tudo é calculado. A aptidão para os números é multiplicada pelos corpos, subtraída pelo vácuo e somada ao descaso. Desejam praticar o desapego, apegados ao passageiro. Olha o passeio! Dar as mãos é coisa do passado, estão passando é a mão mesmo. A flor da pele fica os nervos com a falta de senso, raros são os arrepios em meio aos poros sufocados de desdém. Os beijos efusivos tornaram-se tentativas do chamado “forçar a barra”. Parece que as pessoas hoje em dia são maquetistas deste cenário onde o dissabor acarreta uma aptidão para esquivar-se do romance. A frase clichê “quer romance, compra um livro”, virou música popular complementada pelo filósofo Mr. Catra “quer fidelidade compre um cachorro e quer amor volta pra casa da mamãe”. A tendência é esta! Os espertinhos (as) de plantão implantaram nas mentes estéreis a ideia de poder como meta sem baldrame para conquista. Nada se ganha sem o devido mérito. “Bonito isso, né? Eu li num livro”.
Que remédio - o amor?
Os poemas estão duros
o amor desapareceu dos versos
a tinta que antes coloria as linhas
agora, apenas mancha o papel
Falta sinceridade aos romances.
Aos poemas falta amor
aos versos, poesia
aos casais falta romance sincero, melodia
Falta o pulsar no coração dos poetas
Falta retomar o passado com nostalgia.
Falta morrer de amor, ao meio dia
com o peito apertado
após longa noite de desespero
e luzes acesas
e cama vazia.
O amor, aos versos sinceros
aguarda retornar um dia
Almeja transformá-los em poemas inteiros
e a partir do zero
enchê-los com o desespero contido em suas agonias.
Não há remédio para tal mal
há que se amar feito os poetas de antes
e apaixonar-se pela vida todos os dias
Há que se deixar levar pelas curvas do amor
mesmo delirando de febre, encolerizado, cheio de dor.
A Tristeza que mudou a minha vida.
Com a cabeça cheia, saí em busca de total silêncio onde meu coração pudesse gritar, levando comigo um livro; fui de bicicleta para um parque aqui perto e eu estava, tão sei lá, meia triste. Ao chegar lá comecei a ler um livro, e ele falava sobre um romance, não aguentei e chorei ali, sozinha, pois muitos meninos zombavam de mim falando que eu era feia, que eu iria ficar sozinha, e todas aquelas palavras de certa forma me doíam profundamente, e lendo aquele livro, lembrei desse assunto, e não conseguia parar de chorar, algumas páginas do livro já estavam molhadas pelas minhas lágrimas; um menino me viu chorando e foi até mim, no começo fiquei assustada pois nem tinha o visto chegar, eu tava tanto precisando desabafar, que quando ele me perguntou o que era eu falei tudo como se eu já o conhecesse a muito tempo, ele me falou que o que aqueles meninos fizeram-me acreditar, era a maior mentira e pegou um espelho, o que tinha em minha bicicleta e me mostrou, perguntou o que eu via, eu respondi ”o patinho feio” e sorrimos, foi aí o momento mais lindo e memorável da minha vida; ele falou que o meu sorriso, além do meu coração era a parte mais linda de mim, e foi assim que eu e seu pai nos conhecemos e anos depois nos casamos, filha !
A despedida fora um dar de mãos... o casal ao lado soube expressar bem o momento: um beijo molhado e demorado como se não houvesse mais amanhã a ser vivido (e quão bom é essa sensação, de quando o tempo não é influenciador de suas emoções, quando o agora fica por dias naqueles minutos; quando o pôr-do-sol para, apenas para dar mais clima ao momento, quando o vento passa aconchegando e faz das pessoas meros vislumbres animados);
[...]
A despedida fora um dar de mãos... mas se os olhos falassem (ora, e pois se não falam!? Gritam as alegorias do coração. Berram os distúrbios da mente. Induzem indelicadamente um profanar de palavras desanexas a sua alma), diriam: fica comigo mais tempo. (Desencontrei-me ao seu encontro)
Seus dedos entrelaçados aos meus. Nossos copos, pratos e talheres sobre a mesa do almoço. Seus livros junto dos meus, na (agora) nossa estante. Suas virtudes somadas aos meus defeitos. Todos os detalhes que transformaram dois em um, seres individuais, eu e você, em nós. Nós, que cruzamos a ponte e nos encontramos em um cenário não tão vienense como nos livros, mas ainda assim encantador. Nós que nos permitimos eternizar momentos.
Veja até aquilo que eu não sou capaz ver em mim mesma. Me desenhe de olhos fechados. Dentro e fora. Indique a direção, pegue em minha mão e me ajude a seguir o rumo, independente do fluxo. E quando chegarmos lá, apenas olhe em meu rosto, mexa em meu cabelo e diga: Valeu à pena amar você.
É que o coração vai a boca quando é pra falar contigo. É que ele vai aos ouvidos quando é pra te escutar. Ele sobe até os olhos pra te ver. Pode chegar leve às mãos pra te tocar. E como, ah! como ele se alegra quando não precisa sair do lugar pra te sentir em um abraço.
É que eu transbordo os sentimentos em palavras, moço. É que cada gesto seu me faz querer escrever um verso.
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