Lembranças do amor Nada mais vejo além... Vitor Minetto

Lembranças do amor

Nada mais vejo além da escura penumbra
Desta recordação que me desfaço de minha alma
Que cala-me e faz padecer em súbito silencio
A solidão que habita nas verdades, dizendo nada existir

Desta que encrusta em minha garganta
Que asfixia-me como o escarro matinal
Do meu delírio da realidade ínfima
Do repúdio de meu ser incrédulo – ódio eterno-

Digo-lhes, amados, que deste dia não proveis
Por tantas outras nascentes, não sacia-o está!
E ainda pronuncias de nunca velar do ser próprio
Pois de teu veneno, ainda há de provar

Desde então, parte deste mundo pertenço
Da mesma terra que esconde a vala que há de ansiar
Onde extinguem em lagrimas que derramam pelas faces pálidas e descoradas
E perfilam pela alma, banhando-a de felicidades passadas

Desta quebra dos lapsos dos sonhos com a subjetividade
Das fontes que aqui se secam com o ultimo escoar de esperança
Até as verdades ditas pela ausência do inseparável
Nunca irei de me esquecer deste que me fez única mente ser...