Romance

Cerca de 5015 frases e pensamentos: Romance

Nesse mar eu decidi navegar com meu corpo despido de incertezas. Meu pacto foi feito sobre o fragor da meia-noite onde o escuro acobertava minha escassa liberdade. No peito das pedras sou escravo, governado pelo oceano que pertence a mim. As marulhadas gritavam meu nome assim como os peixes gorgulhavam tão alto no meu ouvido! Me deixe sentir a água entrar nos meus pulmões, esqueça que sou seu súdito mortal e me mate nessa tempestade! Por favor lave minhas cicatrizes... Me deixe morrer, sim! Não me negue a paz. Só me dê mais um pouco do seu doce mar!

Inserida por ElderCosta

De que adianta contradizer um coração pré-escrito?

Inserida por omalveso

⁠Para Ana
Não leve
Os móveis que são tão herméticos
e não cabem dentro deles
Toda sua imaginação
Não leve
Os pratos e as louças tão frágeis!
Você é lutadora.
Não leve
Os anéis, tão vadios
Que vão dedos em dedos
Pois você é determinada.
Leve
As palavras, as lembranças,
as risadas
As presenças cheias de saudades
os conselhos
as críticas filtradas
Leve
Os desejos e os sonhos
que são suas pernas
e a realidade
de todos os dias
que formatam
toda sua existência.
Leve
As lembranças
A trança
de todos seus amigos
que foram plateia
de suas angústias
E te recolheram
quando a coreografia não estava no
compasso
e se calaram
Leve
O respeito
pela lágrima
que escorre
a qualquer hora
E pense:
Se tudo não aconteceu
conforme suas verdades
não são fracassos
São os anjos que desviaram
do seu caminho
aquilo que nunca poderia
viver e entender
Porque não existem fracassos
mas intervalos
para pensar
reestruturar
Mudar
Livro Pó de Anjo
Autora: Rosana Fleury

Inserida por RosanaFleury

⁠Agosto
Vou tomar um banho
Longo
Para espalhar seu cheiro
Vou sentar-me à janela
Mirar o mar
Amar os momentos que passamos
Vou beber um rosé
Leve
Embebedar-me da
Sua ausência
Vou cultivar cada frase
Reescrevê-las em
Minha memória
E perguntar-me qual
É a urgência
Vou resolver minha criatura
E nesta curva
Fazer uma declaração
A um fantasma.
Vou acabar flutuando
Sobre a noite
Curvar-me
Entre o beijo e o amanhecer
E neste breve espaço
Sem mistérios dizer
O quanto te amei.
Livro Pó de Anjo
Autora: Rosana Fleury

Inserida por RosanaFleury

⁠O Corredor
As tardes caíam cada vez mais longas, sem expectativa e numa falta de prosa desconcertante.
Já ia longe a guerra do silêncio entre o casal em sua primeira disputa. Era difícil aplacar a angústia do que ia acontecer, disfarçar a ansiedade da volta e representar que tudo vai bem ou ia bem.
A janela foi objeto do desejo de disputa.
Abre a janela, Ana, está um calor danado desse jeito não consigo dormir, o quarto está abafado isto só dá pesadelo. Ela retrucou:
Pesadelo são os morcegos que entram no quarto e ficam assombrando o meu sono. Passo a noite vigiando a janela, de sentinela, enquanto você se refresca e dorme. No outro dia fico exausta.
— Assim não dá, Ana você acende velas no oratório, fecha a janela e o quarto fica mais abafado do que igreja em dia de Semana Santa. Isto já virou tormenta na hora de dormir, perde até o gosto de se deitar. Suar na escuridão é triste.
— Gosto da janela cerrada, dá mais segurança...
Vou abrir, Ana. amanhã é dia de serviço, a esta hora ainda não peguei no sono... deixe a luz da lua molhar o seu corpo, soprar o cheiro da flor do pequizeiro a perfumar o quarto.
Empertigada, Ana levantou-se:
— Então fique aí com a lua, os morcegos e as formigas dos pequizeiros. Vou para o outro quarto.
— Você é quem decide, Ana.
No corredor, quando as tábuas estrilaram, já bateu arrependimento.
Ana mastigou o conselho da avó: “Nunca saia de sua cama a volta é mais difícil''.
E foi assim. Tião ficou no quarto do oratório, de cortinado, as melhores cobertas, com a luz da lua, de janela aberta. Ana penava no final do corredor em colchão de capim, suando de calor e medo, disputando espaço com as muriçocas. Toda noite planejava e ameaçava: vou lá no outro quarto; “Amanhã tiro o cortinado...” Mas clareava o dia e pensava: “Quem vai subir e pregar este peso nas alturas?"!
Não se conversou mais sobre o assunto. Os pequizeiros floresceram, cheiraram, derramaram seus frutos, caíram suas folhas e não conversou mais.
O inverno chegou, a janela cerrou e Ana emperrou no quarto do corredor. Tião apostava até quando?! Aqui neste sertão sozinhos era só esperar...
Agora quem deixava Ana de sentinela eram seus pensamentos, haja tijolo quente debaixo da cama para aquecer a solidão, além da trabalheira, dos dedos queimados, dos pés gelados a indecisão deixava o corredor da volta mais comprido.
Tião matutava: tinha que tomar atitude, Ana ia botar fogo na casa. Coitada! Moça da cidade não tinha costume da roça. Levantou-se, encheu-se de coragem, pegou a vela para atravessar o corredor. A cálida luz iluminou todo esplendor de Ana que de vela na mão também voltava ardendo de saudade.
Entreolharam-se e gungunaram:
— Oiiiii.
Cruzaram o corredor cada um em sentido contrário. Ana adentrou no quarto do oratório com cortinado e Tião no quarto do corredor com o colchão de capim. Sentou-se na cama desolado, contrariado, acanhado e deitou-se.
Palpitando de ansiedade Ana mal conseguiu sentar-se na cama: no instante sentiu o cheiro das roupas de Tião que exalavam da cama ainda quente o que disparou suas lembranças e encurtou o caminho da volta. Com as mãos e os pés frios da noite, com o coração ardendo de coragem, a chama da paixão iluminou o corredor e caminhou para junto de Tião.
No espaço exíguo da cama deitou-se com o coração apertado acomodando seu corpo ao de Tião. Ele entrelaçou sua cintura em sinal de reconhecimento. Ana com os pés gelados encostou seus pés ao dele para roubar seu calor. Ele a aqueceu e perguntou:
— Não estamos brigados, Ana?
Rindo afirmou:
— “Pés não brigam”.
Livro: Não Cortem Meus Cabelos
Autora: Rosana Fleury

Inserida por RosanaFleury

⁠Ao seu lado consegui instaurar o meu amor.

Inserida por EscritorErickpereira

⁠Coisa Nenhuma

Quem roubou
Tua risada
Meu bem
Diga
Que vou buscá-la
Para cobrir
Sua boca
Quem tirou
Tua espontaneidade
E hoje fica nu, encolhido
Diga
Que vou buscar
Outra roupa
Quem tirou sua dança
Ficas parado
Feito estátua de sal
Diga
Qual é a música
Vou tocá-la
Para ti.
Diga
Por favor
Quem colocou
O mar dentro
De teus olhos
Mas sou eu
A praia
Venha para mim
Não se afogues
No pranto
Diga
Diga
Porque eu
Te amo
Quero levá-lo
Ao meio da pista
Nu como estás
Para dançarmos
E recomeçarmos
Com ritmo
Sem lhe roubar
Nada

Livro Pó de Anjo
Autora: Rosana Fleury

Inserida por RosanaFleury

⁠Há algo de tão inocente e doce nos filmes românticos. O mundo nem sempre faz sentido, mas em uma boa comédia romântica, o "felizes para sempre” é garantido.

Inserida por pensador

⁠Não importa se uma comédia romântica segue um curso previsível, nós respondemos positivamente porque está enraizada na verdade

Inserida por pensador

⁠Não Cortem os Meus Cabelos
Thersila era linda, o conjunto fazia a graça da sua beleza e o que mais impressionava eram os seus cabelos, tão longos como as horas de nossas vidas.
Sua mãe dizia: “corte os cabelos, estão muito compridos! Fez promessa?" Mas, ela se calava e seus cabelos cresciam feito horas de espera: intermináveis. Cresceram... Cresceram... que para lavá-los ia até ao rio Corumbá, desatava as tranças o que levava horas, e deitava sua longa cabeleira no cascalho das águas do rio.
Neste instante, os cabelos encharcavam e tomavam o movimento das águas e mais pareciam galhos e gravetos esparramados pela chuva. Lavava, secava e perfumava seus fios e retornava à casa.
Sua mãe bradava: "Que é isso? Promessa?” E os seus cabelos ainda mais cresciam... cresciam tanto, que seu marido fez deles seu colchão e suas cobertas, apaixonado pelos longos fios sedosos e cheirosos.
Amanhecia emaranhado, que o prendia feito teias, para que não abandonasse o leito.
Conselhos não adiantavam: corte as pontas, da força!
E não entendiam. Thersila fez promessa? Todos ficavam impressionados com ela sentada na poltrona trançando os fios esparramados pelo chão.
Ela passava horas a fio a desembaraçar e ajeitar os fios na cama e cobrir seu amado, confiando no enlace da paixão.
Num dia de irritação, ele entrelaçado e embaraçado em seus fios, bradou e cortou os seus cabelos.
Thersila, nesse instante entristeceu, empalideceu e emudeceu.
Sentou-se num canto da sala, começou a tecer os fios cortados, como teias, num crochê complicado e os dependurava nas janelas, como cortinas.
Ele desesperado com a sua mudez, pediu:
— Fale Thersila, são seus cabelos que lhe fazem falta?
Ela então falou:
— Você cortou meus cabelos, junto deles a minha história. Agora teço com o que restou, teias, para que os fios não voem pela janela afora, como palavras perdidas de uma história de amor que levei anos e anos para contar e lhe ACONCHEGAR!
Livro: Não Cortem Meus Cabelos
Autora: Rosana Fleury

Inserida por RosanaFleury

⁠Eu tento fazer um auto retrato em rabiscos, ela já faz em obras de artes, seguimos um diferente do outro, ela toda talentosa eu todo rabiscado.

Inserida por gustavo_joly

⁠Já que preferiu
Me afastarei.
Atrás de você
Eu não correrei.
Pois com sua frieza
Eu me assustei.
O título de trouxa
Na minha testa eu estampei,
Nos alertas dos meu amigos
Eu não acreditei,
Já que a mão no fogo
Por você eu coloquei.
Me queimei.
Pois mais uma vez
Eu me enganei.

Inserida por RSantosdemelo

⁠Da Janela

Meu coração anda junto ao seu
Minha boca
Colada à sua
Meu corpo
Entrelaçado ao seu


Meu coração
Este descompasso
Mas neste
Compasso
Desta dança
Anda junto ao seu


Minha oração
Abraça teu
Coração
Abençoa nossa
Devoção
E meu coração
Anda junto
Ao teu


Meu coração
É meu
Teu coração
É teu
Mas meu coração
Anda junto
Ao seu


Somos dois
Em um só coração
O que é direito
E que é esquerdo
Meu coração
Anda junto
Ao seu
O leste
À esquerda
Meu coração abraça o seu coração.
minha oração
Suplicando perdão


Livro Pó de Anjo
Autora: Rosana Fleury

Inserida por RosanaFleury

Amor é nutriente, é vitamina pura, em capsulas de vida!

Inserida por MarciaMedeirosblog

⁠Sonhar e Cair

Sonhei
e
Caí
No mundo imaginário
Sem razão
Sem julgamento

Sonhei
Caí

Em seus braços
Em seus abraços
Em seus beijos

Caí
Na decepção
Na sua aspereza
Na sua razão revoltada

Sobrevivi
Em sonhar
Em amar

E
Caí desesperadamente
Novamente
Em teus braços

Caí
E
Sonhei
Com você
Sobre nós
Só que
Agora
Na minha
Imaginação.


Livro Pó de Anjo
Autora: Rosana Fleury

Inserida por RosanaFleury

⁠As Linhas
Disseram pra Vânia que as linhas das mãos guardavam e guiavam seu destino.
Estava tudo ali na palma das mãos, determinado, sacramentado, no desejo intransponível do destino.
Era só interpretar as linhas... tantas linhas...
para cima...
para baixo...
em retas...
em diagonal...
formando hexágono, que Deus havia carimbado em sua mão.
A mão, um deserto cor de rosa, riscado de linhas falantes, para que o caminhante não morresse de sede e descortinasse o futuro.
As respostas estavam nas linhas que riscavam a palma da mão, mostrando o caminho e iluminavam as suas decisões.
Buscava sempre nas linhas, destinos a serem realizados e sonhos que sonhava.
Era uma busca incansável de premonições, ir a adivinhos, sensitivos, para desvendar e achar os mais curtos caminhos nas linhas das mãos.
A busca se tornou a razão da vida de Vânia. Viajava, andava longe, por estradas esburacadas, em casas escuras cheirando a velas queimadas, acreditando na imaginação dos sensitivos às suas mais íntimas indagações.
Assim caminhante da Roda Viva, pelas leis do Karma, Vânia procurava o destino na magia e no mago, nos desdobramentos de suas forças, o julgamento de sua vida para alcançar o sol da eterna felicidade.
Ora diziam que havia um moço claro e Vânia jogava p’ro alto sua sorte, e fazia uma mudança radical em sua vida.
Sua vó alertava:
— A vida tem que ser uma oração.
Vânia subia até as estrelas em sua nova esperança e nesta aventura, aparecia um louco que só queria aventuras e incertezas.
Sua mãe dizia:
— As respostas estão em você, abrace sua fé.
Vânia por tempos aquietava a ilusão, mas, o seu medo pela vida, ressuscitava as incertezas.
Sua irmã exaltava:
— Encontre seu próprio rumo e confie em você mesma.
Vânia, já mais velha e madura desanimada na busca e sentido da vida desejava agora uma harmonia sobrenatural, a temperança e sua auto realização (o mundo).
Agora tinha certeza de que o mundo não guardara p'ra ela nenhum amante loiro nem moreno. Lia as cartas de previsões e se embaralhava nas linhas escritas. Até que um dia, Vânia de tanto reler as cartas, não saía mais do quarto e todo mundo pensava: "Deve estar lendo as linhas e previsões.”
O sol se aproximou da Terra, secou o orvalho da manhã e Vânia não apareceu para o almoço.
Bateram, bateram na porta do quarto...
...não houve resposta. Quando abriram encontraram Vânia enrolada como um novelo de linha.
Linha de tudo quanto era jeito:
linha de retroz
linha de bordar
linha de carretel
linha grossa
linha fina...
Vieram suas irmãs, Vera e Virgínia, correndo e não sabiam se chamavam um médico, o curandeiro ou o sensitivo.
Vânia estava enrolada e embaraçada nas linhas.
Foi um reboliço. Tinham que achar o fio da meada e desenrolar as linhas que amarravam Vânia.
E tinha que ser rápido. Deu uma trabalheira danada, dia e noite, Vera e Virgínia se revezavam para desenrolar as linhas que aprisionavam Vânia.
Precisava pressa, pois, ela já estava pálida, acinzentada, não falava, estava cabisbaixa, enquanto as irmãs desenrolavam linhas... e mais linhas...
Eram tantas linhas... linhas da vida agarradas à Vânia.
Passaram dias e noites. Vera e Virgínia se revezando.
- Venha rápido, pedia uma, vamos deitar Vânia, já está quase no fim do “enrosco”.
As duas pegaram com afinco a tarefa. Vânia ainda de pé rodopiando, para desenrolar o “enrolo”.
Quando acabaram, levaram um grande susto, só restava de Vânia as suas sapatilhas.
Aí, elas concluíram que Vânia também virara linha, tinha corrido tanto atrás das linhas, que se embaraçou, se perdeu, não escreveu nem uma linha da sua vida, que minguou, minguou até virar um
FIO DE LINHA!
Livro: Não Cortem Meus Cabelos
Autora: Rosana Fleury

Inserida por RosanaFleury

⁠Meu cajuzinho, parte do nosso namoro se traduz em comer... antes das viagens e depois de pedalar, é antes e durante os filmes, nas festas, casamentos e é também o presente mais frequente que tenho dado pra te alegrar.
A gente sente falta do restaurante, da pizzaria, do açaí, do bar e da sorveteria. Queremos de volta o x-salada depois dos rolês, os chocolates e as batatas fritas de cortesia, o pastel com garapa das feirinhas, pedir pamonha quentinha pra comer em família ou ter pra gente dividir "aquela" barca inteira de sushi que você queria... E mal posso esquecer dos jantares super românticos que a gente já fez por aí!
Real, o nosso namoro me enche a barriga, as vezes me tirando até o ar.
Mas o que enche meu peito, querida, é aquele combo inteiro que só você sabe dar! É carinho, é gesto contínuo, é surpresa, esforço e companhia com muito sabor!

Inserida por AZEVEDODouglas

⁠Que estejamos sempre lado a lado e nossas mãos a entrelaçar; no deslize de nos aquecer; no acalento, de nos proteger;
Que nosso caminho, seja o destino de nos querer;
Que Deus em nós, venha nos unir e nos abençoar;
Que no erro, tenhamos a sabedoria de querer e saber acertar. Que a calma e a compreensão andem conosco, que as respostas certas nos encontre e que nossos momentos, seja um lindo enrosco do prazer de amar.
Nara Nubia Alencar Queiroz

Inserida por NaraNubia

⁠O amor supera qualquer ódio e adversão;
O amor recupera a minha melhor versão;
O amor ressalta o bem, me faz bem;
O amor é ser alguém que cuida, transforma e alimenta.
Ah o amor! Vida, força, incentivo, vitória, paz, e tudo que me faz transbordar de alegria.
Nara Nubia Alencar Queiroz

Inserida por NaraNubia

QUINTAS

⁠Dia Namorados
amor excelso:
Teófilo & Bárbara
narrado pelo
CELSO!
= =
grande, desgrande
amor libertário:
doce bem-estar
mal-estar amaro:
LITERÁRIO!

Inserida por voualivoltoja