Romance
Tem umas figurinhas que você nem deve colar no seu álbum, tem outras que você cola, e dexa quieto. Agora tem umas figurinhas especiais, que você guarda na gaveta, com medo de alguém roubar.Valorizem essas figurinhas pois quando você perde elas, você fica muito mal, porque ela era a figurinha mais rara da coleção. E você faria qualquer coisa pra ter essa figurinha de volta.
Várias vezes na vida você olhou para alguém e pensou que era ele. O tempo passou e só te provou ao contrário. Você se enganou e prometeu nunca se apaixonar novamente. Até que quando menos esperava o seu verdadeiro "ele" chegou e todo o resto não fez mais sentido.
Você foi embora e seu cheiro ficou em todos os lugares da minha casa. Agora fico perambulando em cada canto só para me abastecer de você.
Agora eu consigo aceitar que você era a pessoa certa na hora errada. Hoje eu tenho certeza que não foi à toa que você entrou na minha vida e virou tudo de cabeça para baixo. Eu precisava crescer, me amar e aprender a colocar as coisas no lugar sozinha.
O brilho que encontrei nos seus olhos foi o que me deu força para seguir em frente. O brilho que ofuscou todo o resto. Me fazendo estremecer e deixar para trás tudo aquilo que impedia de ser feliz do seu lado.
O que eu sinto por ti é algo que nem sei como explicar. Bem que dizem que amor não se explica. Talvez é isso, amor.
Tudo que digo tem uma pontinha de vida por de trás. Pontinhos da minha vida, que se você ligá-los vai saber como eu sou e me aceitar.
Evitei as músicas, os filmes, as coisas, para ir cada vez mais e mais longe de você, mas no final eu sabia que você jamais estaria longe de mim, pois você tinha meu coração, meus olhos e minha alma.”
Agora sou velha ferida com as marcas do tempo, enchergo pouco agora não tenho mais a força de antes agora ando lentamente lembro quando eu corria rapidamente lembro quando tudo era engraçado e juvenil
A como eu queria ser criança novamente machucar meus joelhos chorar e velos se curarem rapidamente para mim brincar novamente e ter aquele pensamento infantil de que o coração partido sumiria como um passe de mágica ou como se nada tivesse acontecido brincar com os amigos e amigas de infância fazer nossas loucuras correr para nadar em um rio perto da fazenda em que eu morava eu também gostava de ir a cidade uma vez por semana para ver aquelas luzes brilhando parecendo até natal em pleno meio do ano tudo era tão tão calmo e alegre
Eu gostava de ir em um parquinho ao lado da casa da minha avó lembro que foi lá que eu conheci o meu primeiro beijo que eu dei lá em um menino moreno magrinho e sujo da terra em que brincava tudo foi tão repentino que passei a gostar daquele menino depois do beijo eu o vi mais 3 vezes mas depois disso eu tive que ir embora não pude nem avisalo meu pai avia ganhado uma promoção no serviço e tivemos que nos mudar para a cidade vizinha
Lembrei daquele menino moreno e sujo por 6 anos então decidi esquece lo no mesmo ano meu pai arranjou um casamento para mim eu acabava de completar 18 anos eu não vi meu noivo até a data do casamento marcado passado então 2 meses lá estava eu no altar pronta para casar quando avistei meu noivo falei:
-Nossa ele é tão lindo tem aparência de galã de novela
Parecia que ele era o marido perfeito para mim mas eu estava enganada 1 mês após o casamento meu marido e tão agora se mostrava ser um homem frio, sem alma , sem dó de ninguém , parecia não ter coração ,me batia, me traia e aí da por cima bebia , os empregados se assustavam com os gritos e altos berros que ele dava , nosso casamento durou 1 ano pois ele bêbado sofreu um acidente de carro bateu em uma árvore perto da estrada e morreu na hora
Pensei que acabaria vivendo sozinha e viúva pelo resto da vida , mas a própria vida me aguardava uma surpresa que eu até tente esquecer as 8 anos atrás , ansiosa tentei me aproximar várias e várias vezes mas tive medo do que o povo iria pensar de mim já que eu era viúva recente e ele o menino do meu passado um empregado
Desidi esperar a poeira abaixar , passados 15 anos eu que tinha 35 anos naquele tempo tomei coragem e chamei aquele menino agora homem então comecei a perguntar sobre ele
Perguntei se ele era casado, estava namorando ou algo do tipo mas ele me respondeu:
- não senhora eu sou solteiro
Perguntei se ele tinha filhos , ele me respondeu:
-não senhora nunca tive filhos
Então me arrisquei e perguntar te o se ele amava alguém, ele me respondeu:
- sim senhora amo uma menina que não vejo a 23 anos, ela sumiu repentinamente mas sempre a amei mesmo após isso
Então eu meio emocionada perguntei por que ele não arrumou outra, e ele me respondeu:
- senhora sempre tive a esperança de que eu veria aquela menina de novo algum dia , e prometi a mim mesmo de que eu a abraçaria e a beijaria assim que eu a vise e a reconhecese
Então chorando falei quem eu era e ele emocionado ajoelhar olhou para o chão e chorou eu então me ajoelhei chorando e rindo ao mesmo tempo falei a ele:
- o vi iria fazer mesmo se me vise novamente?
Ele então riu e me deu um abraço e um beijo longo
Naquele momento lembrei do meu primeiro beijo com ele , era idêntico avia mudado nada pois era um beijo inocente como de criança
Então nos casamos pouco tempo depois tivemos dois filhos uma menina e um menino , Ele continuou trabalhando na fazenda agora comandando mas sempre ajudando os empregados diferente do falecido quer saber não pretendo mais ser criança pois as feridas que tenho é doem é por causa da idade e o coração era de despedaçado por um homem mal mas que foi restaurado por um menino agora homem e meu marido amado, estou feliz agora com meus 70 anos sem querer mais voltar ao passado
autoria de meu filho Anderson
CER TE ZA (crônica)
Tem anfetamina nos armários. Há pó branco na geladeira. No canto. Há. Há fumaças entrando pela janela da sala. Pela janela da sala. Há fumaças. Não consigo identificar. Não há o que identificar. Há pó branco. Nos armários. Está tudo misturado neste pequeno apartamento. Só o apartamento que é pequeno. Não me pergunte o motivo. Por ventura, os motivos não são obrigados a ser contados. Está tudo misturado. Pó branco. Anfetamina. Fumaças. Meu cigarro está aceso. Fumaças do cigarro. Talvez? Talvez. Trago cinco fumaças. Uma, duas, três, quatro, cinco. Poderia ser seis. A metade do tabaco coube seis fumaças. Minhas pernas começam a tremer. Ansiedade. Talvez? Talvez. As fumaças estão entrando pela janela da sala. O apartamento é pequeno. Grande são os pensamentos que me invadem, enquanto o ponteiro do relógio registra duas da madrugada. Duas. Da Madrugada. Os carros não estão na avenida. Nem as pessoas. Há pessoas nas ruas. Há carros nas casas. E o ponteiro está no número dois. O céu estrelado. Trago mais uma fumaça. A sétima. Contei. O conhaque está no balcão, a preguiça, debaixo do meu sofá e eu, no sofá. Não lembro quando chamei a solidão para dançar, mas todas as noites ela tira os sapatos e fica bailando no carpete da minha sala. Baila com passos descompassos. Não precisa saber dançar para se ser só. Ser só é uma arte. Já é uma arte. A oitava fumaça do cigarro se mistura com as fumaças da janela. As fumaças da janela são misturas dos cigarros de alguns adolescentes na rua. Eles também tragam fumaças. Não contam. Tragam. Eles riem. Mas eles riem. Eu não. Apenas fito paredes assentado no sofá sobre a preguiça ciente de que há anfetamina nos armários. Quadros estão nas paredes. Manet, réplica. Van Gogh, réplica. Vinci, réplica. Britto, original. O último está guardado. Minhas paredes pedem arte. As paredes pedem tudo. Toda vez que a solidão baila no carpete, as paredes pedem meu olhar. Talvez porque não enxergo a dança. Em um dos quadros está a sua fisionomia. Fisionomia. Rosto. Face. Cara. Teus cabelos enrolados. Encaracolados. Ondulados. Modelados. O sorriso rasgando a fisionomia. Rosto. Face. Os olhos decorando o rímel. O castanho decorando o glóbulo ocular. Infiltra-me. Decora e infiltra-me. As paredes pedem meus pensamentos, também. Agora eles estão te focando. Te focam. Devoram. E rasgam. Rasgam como o sorriso. O teu sorriso. Causam um estrago mordaz. Voraz. Alcatraz. A solidão saiu do carpete e tu entrou. Coreografia seguinte. Tuas pernas vão bailar no carpete. Teus dentes ranger felicidades. Ranger. Morder. Ranger. Meu olhar irá te encontrar. E não te largar. Ele nunca larga. Ele não quer largar. Ele não irá largar. Ele não pode largar. Teus pés pisam o chão. O chão. Imaginação. O chão da minha imaginação. Inquietação. Sob o meu corpo há uma inquietação. Agora. Sem demora. Mais uma fumaça do meu cigarro entra no ambiente. Ambienta o clima belo. A solidão volta a dançar. Tu foras embora. Voltou para o quadro. Ao lado de Manet. Pela manhã, o padre falou que as pessoas morrem. Que todos morrem. Que a morte é a única certeza da vida. Que a vida há uma certeza. Uma certeza. A morte. Morte. Mas ele mentiu. O padre mentiu. Men-tiu. A única certeza da vida não é a morte. Ontem eu te matei e hoje tu me devoras com o olhar. Não é certeza. Alguém deve estar certo, mas eu te matei. Ma-tei.
A única certeza é que há anfetamina nos armários, pó branco na geladeira e cigarros no meu bolso. O resto é balela. O ponteiro marca duas e cinco da madrugada, outra certeza. Talvez? Talvez.
- João Guilherme Novaes
Estou no meu quarto, sozinha, e gosto disso sabe ? De ficar um pouco com a solidão, sem ninguém pra reclamar do meu jeito, ou do modo como sou anti-social, ou até mesmo aquelas piadinhas sem graças, aqui no meu refúgio eu posso ser eu. Escutando Sia - Fire Meet Gasoline, e essa música me faz querer dançar, sair pelo o mundo, viajar, conhecer pessoas mais legais, pessoas que possam me entender, como eu queria fazer isso, mas tenho apenas 16 anos, e minha mãe, ah minha mãe, minha mãe coruja, ela é a única pessoa que eu faria de tudo para ver feliz, ela sim, cuidou e cuida de mim, por ela eu daria minha vida. Enfim, acho que o desejo/sonho de 90% das pessoas é sair pelo o mundo e curtir a vida o mais possível, conhecer os amigos virtuais, conhecer pessoas novas, lugares novos, fazer uma lista de desejos, aproveitar até o fim. Queria ser feliz, mandar todos aqueles que dizem que sou estúpida, que sou escrota, que me odeiam se fuderem, e mostrar a eles que eu dei a volta por cima. Mas esses dias minha cabeça está pior do que meu quarto (bagunçado), pessoas me deixam confusas, me deixam tristes, me deixam de saco cheio, atualmente as pessoas tentam ser melhores do que as outras, pensam que julgando pode ser melhor do que qualquer outra pessoa, aonde foi parar o respeito, a solidariedade, amor, a justiça por nossos direitos ?. As vezes eu paro e penso: "Quero dizer ao meu futuro filho que fiz coisas maravilhosas, aproveitei o melhor da vida, e que, nada é fácil como pensamos, e que isso tudo só é o começo" Então eu te digo uma coisa, aproveite, mesmo que seja escondido, experimente, curta a vida, saía com as amigas(os), seja você, faça o seu melhor, pra que lá no futuro não se arrependa de não ter aproveitado a vida enquanto havia tempo.