Ritmo
A cura acontece quando deixamos o coração guiar nossas ações, respeitando o ritmo da dor de cada um.
—Purificação
É preciso plantar o primeiro verso
Regá-lo com a mágica do segundo
Expondo-o ao ritmo do terceiro
Escrever o quarto rompendo o solo
Ao ritmo da mágica que penetra
O solo recebe palavras poéticas
Fortalecendo o tronco que bebe
Do truque de esperar desenvolver
A autoria que do cultivo de pensar
Vai regando de verso a verso
Sabendo o que dizer nessa de plantar
Floresce a conclusão e o perfume
Do estilo pega palavras travesso
Como fruto dessa lida e come
Entrelaçando pensamentos uma poesia
constrói seu poema
Seguro nas palavras ela bota seu ritmo
Gerando o olhar que se agrada com
o eclodir de frases elaboradaspra provocar pensamento que não
se solte desse jeito
A poesia cuida do olhar com versos viciosos
No poema no alto das palavras
ele olha...
A abundância de jeito...
com que palavras
empolgam...
Com o tempo, aprendi a ser quem sou
e a ouvir o meu próprio ritmo.
Entre o barulho e o silêncio,
é na calma que encontro paz
e onde minhas ideias florescem.
Gosto da vida simples,
das pequenas alegrias
que iluminam o dia sem esforço.
Não sigo padrões que aprisionam;
prefiro a liberdade da mente desperta.
Alguns vivem presos à própria verdade,
girando em círculos sem perceber.
Por isso escolho a serenidade:
um lugar silencioso
onde a alma respira
e a mente vê além dos olhos.
Com o tempo, aprendi a ser quem sou. A respeitar o meu silêncio, o meu ritmo, a minha forma de existir. A solitude se tornou um território sagrado, onde ideias repousam e renascem. Vivi o suficiente para entender que não devo invadir o espaço de ninguém — e que, quando estou presente, é porque me tornei parte necessária daquele instante.
CAPÍTULO 4 – A PACIÊNCIA DAS SEMENTES E A SABEDORIA DO TEMPO
A vida não cresce no ritmo da nossa pressa.
Cresce no ritmo da verdade.
Cada sonho que você planta é como uma semente: invisível, pequena, discreta.
Ela não chama atenção.
Ela não faz barulho.
Ela não se mostra no primeiro dia.
Mas ali dentro, onde ninguém vê, já existe um movimento silencioso — um movimento de vida.
O tempo não atrasa.
O tempo prepara.
O problema é que a gente vive cercado de urgências e expectativas.
A gente quer colher antes de plantar.
Quer florescer antes de criar raiz.
Quer vitória antes de aprender a caminhar.
Mas nada que nasce rápido dura muito.
E tudo que nasce profundo cresce pra sempre.
A semente não luta contra a terra.
Ela confia.
Fica ali, escura, quieta, escondida…
mas cheia de fé.
Ela sabe que o sol virá.
Ela sabe que a chuva virá.
Ela sabe que a própria força a levantará quando chegar o momento.
Assim também é a alma humana.
Tem momentos da vida em que parece que nada está acontecendo.
Parece que os esforços não fazem diferença.
Parece que a mudança não chega.
Mas é justamente ali, nesse silêncio, nesse escuro, nesse espaço escondido…
que você está criando raiz.
Raiz que sustenta.
Raiz que protege.
Raiz que impede que qualquer vento te derrube.
O tempo não te rejeita.
O tempo te fortalece.
A vitória não gosta de quem tem pressa.
A vitória gosta de quem é persistente.
E persistir não é nunca falhar.
Persistir é falhar cem vezes… e levantar cento e uma.
Todo sonho é uma árvore esperando para nascer.
Depende de você regar.
Depende de você não arrancar do chão antes da hora.
Depende de você acreditar mesmo sem ver.
A fé é esse fio invisível que liga a semente ao céu.
E quando a colheita finalmente vem…
o mundo olha e chama de “milagre”.
Mas você sabe que não foi milagre.
Foi o tempo trabalhando junto com a sua coragem.
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A justiça da vida não falha — apenas tem seu próprio ritmo.
Você não precisa desejar mal.
Não precisa sujar o coração.
Não precisa retribuir a dor.
Quem trilha o caminho da deslealdade
sempre tropeça onde menos espera.
Pode ser agora,
pode ser no meio da vida,
pode ser na velhice…
mas chega.
E quando chega - , chega sem aviso, sem defesa, sem fuga.
Mantenha as distrações e divagações longe do ritmo de seu trabalho, mantendo o foco nos valores de seus ideais.
Acelera o teu coração, não apenas no compasso da paixão, mas também no ritmo da vida.
Corre para junto de mim, como quem busca abrigo, e também como quem persegue um sonho.
Que cada batida seja um passo, e cada passo seja um destino.
Assim, eu continuo — de encontro à felicidade, seja ela o abraço que me espera ou a estrada que me guia.
No palco efervescente do Carnaval, onde risos se misturam com lágrimas e cores dançam ao ritmo da vida, emerge uma reflexão profunda sobre a dualidade da experiência humana. Neste reino de máscaras e fantasias, onde a alegria transborda e os corações se enchem de esperança, também ecoa o sussurro suave das dores ocultas e das tristezas silenciadas. Por trás dos sorrisos radiantes, há histórias não contadas, cicatrizes invisíveis e sonhos adormecidos. O Carnaval, tão festivo e efêmero, personifica a jornada tumultuosa da existência. É um espelho que reflete nossa capacidade de encontrar beleza na imperfeição, de dançar na chuva das incertezas e de abraçar a dualidade que nos define. Entre confetes e serpentinas, entre batuques e melodias, encontramos um refúgio momentâneo, um instante de suspensão da realidade. É nesse interlúdio fugaz que nos permitimos ser quem quisermos, onde nos perdemos nas danças frenéticas e nos reencontramos nas pausas serenas. O Carnaval é mais do que uma celebração; é uma metáfora da vida. Como as marés que sobem e descem, como as estações que mudam, ele nos lembra que somos feitos de dualidades, de contrastes, de luz e sombra. Nesse turbilhão de emoções e cores, encontramos a essência da humanidade, com suas alegrias efêmeras e suas tristezas persistentes. No final das contas, o Carnaval nos ensina a abraçar todas as facetas da vida, a dançar mesmo quando o chão parece ceder, a sorrir mesmo quando o coração chora. Assim, no palco do Carnaval, entre o caos e a harmonia, descobrimos a verdadeira magia da existência: a capacidade de encontrar beleza na dualidade, de celebrar a vida em toda sua complexidade e de transformar até mesmo as sombras em luz.
Faça tudo que tiver que ser feito com muita intensidade e verdade, seguindo no teu ritmo em sintonia com a proteção de Deus...
Folhas
Apesar de secas
Ondulam ao ritmo do vento.
A chegada do outono
Indica a passagem da estação.
Acumuladas no chão
Deixam o destino de quem passa
Um tapete infinito
Na cor pálida
Cor do outono
Cor da tua pele.
Vivemos a mercê do ritmo do tempo. Tempo de espera, de escolhas, de elevação espiritual, de vida, de momentos. Medimos o tempo e não entendemos que o tempo somos nós quem o determinamos.
“Você já parou para pensar que a vida dança entre dicotomias, ao ritmo dos sonhos que ousamos acreditar?” ©JoaoCarreiraPoeta.
Campinas, 05/12/2025.
“A vida dança ao ritmo do coração que sonha — quanto mais alto bate, mais longe marulha sua esperança.” ©JoaoCarreiraPoeta.
Campinas, 05/12/2025.
O ritmo do outro ou das coisas nem sempre é o nosso. E tudo que não está no nosso ritmo não é pra ser nosso. Então, deixe que passe.
