Respirar
Tá difícil respirar, toda vez que encho o pulmão, parece que uma bolha se forma, agarrando meu coração, pressionando-o contra as costelas, me deixando sem ar. Isso acontece, pois meus pensamentos não me pertencem mais. Meus pensamentos são todos seus, sobre você, sobre seu jeito de falar, sobre a maneira como sua risada soa sem graça quando responde minha mensagem em voz alta no momento em que a lê. Eu acho engraçado que isso esteja acontecendo, mas eu queria mesmo é que você notasse. Mas não encontro outras maneiras de te mostrar, por que nem sei o que te deixa sem ar...
O pulmão de uma alma na maioria das vezes está congestionado e poluído por tanto respirar o ar da arrogância, do cinismo e da humilhação.
Não lembrar é impossível, deixar de me importar é quase como parar de respirar.
Mesmo assim tentarei não demonstrar, e se um dia acontecer, há de até lá esperar, é o melhor que eu posso fazer.
Nesse dia terei a certeza de que nada foi em vão, ou terei que encarar,
que tudo não passou de uma grande ilusão.
Tantas vezes me encondi do mundo, me escondi da vida com medo de respirar, com medo de viver, com medo de me machucar com o mundo com as pessoas, hoje eu tenho fé e um Deus pelo o qual nunca devia ter achado que ele tinha me deixado sozinho, e que se eu sentir a sua falta era ele testando a força da minha fé.
PARE e....
Escute o barulho do TEMPO, do VENTO, das HORAS e até do seu RESPIRAR!!!
O TEMPO te insulta, te invade, se avança, te cobra atitude e te deixa pra trás.
O VENTO te acorda, te embala, resfria as entranhas te faz sentir vivo, leva tudo no ar.
As HORAS são qual corredeiras que invadem seus dias e não volta jamais.
O seu RESPIRAR é tocável é único e te acompanha em todo lugar.
Pense com TEMPO, viaje com o VENTO, se mova com as HORAS
RESPIRE fundo.... só assim você saberá até onde CHEGAR.
Mais limpo, mais saudável, menos neurótico, a única solução é sair de vez em quando para respirar ar puro, beber água de verdade, ouvir o silêncio, sentir os cheiros da vida e reconquistar a tranqüilidade perdida.
O tempo que eu perdi tentando te falar que eu não consigo respirar com medo de chorar de ouvir você falar"
Me sinto bem, posso respirar, posso tomar um banho e deixar meu corpo perfumado, alimentar com boas comida, alimentar a alma com muitas esperanças, ouvir uma boa música, assistir um bom filme, cantar. Dormir, sonhar, mas sonhar ainda me põe medo, pois a lacuna entre sonho e pesadelo anda me parecendo curta demais para confiar.
Essa vida não é um mar de rosas, mas os espinhos deram uma trégua ultimamente, espero que eles não estejam ouvindo isso neste momento, vou aproveitar esse momento, nem quero imaginar no amanhã se o presente ainda nem foi vivido.
Foi fácil como respirar, viciante como se coçar. Terminou mais rápido do que a vontade poderia suportar. A Primavera se foi, em seu lugar se instalou um calor tão gostoso de aproveitar.
As palavras se perderam, os olhares diziam tudo. Só que as definições de tudo, nada e infinito não pareciam significar qualquer coisa perante aquela ponte que se instalou entre os dois olhares.
Isabel respirou fundo e se levantou. Daniel sorriu, e a seguiu. Eles até trocaram palavras, mas elas pareciam não ter significado algum para aqueles dois corações aturdidos que palpitavam descompasadamente, em suas respectivas carapaças.
O tempo passou, a intensidade aumentou. Eles sabiam que aquilo que consumaram era proibido, porém não conseguiam evitar um mal tão desejoso como aquele. O calor que ela sentia dos braços dele; a tranquilidade que ele sentia ao conversar com ela. Era o verão tornando todos os dias, melhores que os outros.
-Você não vai me querer, eu esou te avisando - ele comentou numa conversa qualquer, enquanto ela lhe afagava os cabelos, tentando fazê-lo sorrir.
-Por que não iria querer?
-Não sei, eu sou defeituoso; quebrado, um brinquedo torto - ele se levantou e a olhou nos olhos - e uma hora vou te machucar.
-Pois que você tente, tenho uma proteção muito forte para isso.
-É sério - ele alisou a bochecha dela com um indicador - eu queimo todos com o gelo que meu coração libera.
-Que eu derreta então. - os olhos dela o encararam firmemente - não vou ceder.
-Você...
-É, eu nunca vou deixá-lo ir.
Assim como a chuva passa, os dias cinzas dele se foram. E o sol voltou a brilhar para os dois. Foi só uma chuva de verão; foi o que ela disse para si mesma.
-Não mais - ela protestou quando ele lhe roubou um terceiro beijo.
-Só mais um - ele insistiu se aproximando.
-Não.
-Você é teimosa.
-Olha quem fala - ela se afastou sorrindo - hora de ir.
-Ok - ele a seguiu e quando chegaram a escada, aproveitou da sua altura avantajada, colocou-a em um degrau mais alto e ainda assim ficou meia cabeça acima dela.
-Me solta - ela alertou quando viu que os braços dele prendiam sua cintura.
-Só com um beijo.
-Não vou dar.
-Então eu roubo - e ele o fez.
A tenacidade que ela teve de tentar impedi-lo, se desfez no momento que a voracidade controlou sua língua, e todos seus sentidos. Ele só aproveitou, e se perdeu naquela imensidão de sensações distintas.
Só que o tempo nunca para de girar, e aos poucos, rotinas distintas começaram a afastá-los. Ela se manteve como estava, imutável. Às vezes conseguindo resistir a ele, às vezes cedendo. Só que ele não conseguiu o mesmo.
Um coração deformado, tem a infeliz tendencia de oscilar vez ou outra, e ela não acreditava que isso pudesse acontecer.
-Não dá mais. - ele concluiu após várias explicações confusas, após desculpas pífias e distorções de situações.
-Eu não sei porque você está fazendo isso - ela engoliu o amargo que se formava na garganta. Era tão ruim de sentir aquilo. Ela sempre esperou aquilo; mas era tão pior.
-Porque eu sou assim. Eu te avisei, lembra?
-Não precisa ser assim.
-Precisa. Não aguento mais. Eu sou o egoísta. Eu que te quero pra mim, sem aceitar que você não é um brinquedo, eu que...
-Dan.
-É melhor assim, Isabel.
-Não me chama assim...
-Não dá mais pra você ser a 'bel'. É sério. Eu me vou. Uma lástima. Mas me vou.
E assim que ele desapareceu, ela sentiu tudo esfriar, e percebeu que algumas coisas caíam ao seu redor. Mas não tinha certeza do que realmente eram; As folhas flutuando no ar, avisando a todos da chegada do Outono, ou os pedaços do seu coração trincado, que caía junto com as lágrimas que prometera nunca mais derramar.
Vou chorar,vou gritar se ninguem responder deixarei de respirar...
Quero viver até amanha se não aparecer não esperarei po você,então me diga se já decidiu ou se ja esqueceu que um dia me iludiu...
essa é a noite de minha vitoria esquecerei você e para sempre nossa historia!
Vento que de leve assopra no meu caminhar,
Traga do meu amor o ar para eu respirar.
Vento que balança as árvores, que traz a brisa do mar,
Traga o meu amor para que eu possa amar.
