Relógio Parado
Relógio do Coração.
Há amores não realizados
que deixaram olhares de meses
e beijos não dados
que até hoje esperam o desfecho.
Há trabalhos que nos tomaram décadas de nosso tempo na Terra,
mas que nossa memória insiste em contá-los como semanas.
Há tempos em nossa vida que contam de forma diferente.
Há semanas que duraram anos, como há anos que não contaram um dia.
Há paixões que foram eternas, como há amigos que passaram céleres,
apesar do calendário nos mostrar que ficaram por anos em nossas agendas.
E há casamentos que, ao olhar para trás,
mal preenchem os feriados da folhinha.
Há tristezas que nos paralisaram por meses,
mas que hoje, passados os dias difíceis,
mal guardamos lembrança de horas.
Há eventos que marcaram e que duram para sempre:
o nascimento do filho, a morte da avó,
a viagem inesquecível, o êxtase do sonho realizado.
Já viajei para a mesma cidade uma centena de vezes
e, na maioria das vezes, o tempo transcorrido foi o mesmo.
Mas conforme meu espírito, houve viagem que não teve fim até hoje,
como há percurso que nem me lembro de ter feito,
tão feliz estava eu na ocasião.
O relógio do coração hoje descubro,
bate noutra frequência daquele que carrego no pulso.
Marca um tempo diferente, de emoções que perduram
e que mostram o verdadeiro tempo da gente.
Por este relógio,
velhice é coisa de quem não conseguiu esticar o tempo que temos no mundo.
É olhar as rugas e não perceber a maturidade.
É pensar antes naquilo que não foi feito,
ao invés de se alegrar e sorrir com as lembranças do que viveu.
Pense nisso.
E consulte sempre o relógio do coração:
ele lhe mostrará o verdadeiro tempo do mundo.
A estrada se tornava mais extensa, olhava pro relógio, as horas corriam, o sol já tinha ido embora, era hora da lua começar a aparecer nitidamente e esbanjar seu feitiço. Tua imagem pairava em todas as esquinas, em todos os lados eu conseguia visualizar teu rosto, cada quilômetro percorrido era mais náusea que me causava, podia sentir alí, ao meu lado, no banco de um táxi, podia ouvir alí, tua respiração ofegante no meu ouvido.
Eu seria louco? Pra imaginar isso tudo?
Até poderia ser, era um estágio de loucura extrema. Era uma saudade incontrolável. Quanto mais fechava meus olhos pra tentar dormir naquela madrugava insana, mais eu me via pairando nas lembranças. As malditas lembranças!
Por favor, se há alguem aí dentro, devolva o que eu deixei com você, porque algo me falta.
" O ponteiro do relógio me causa angustia de um tempo que
não sei quando diras a hora de todos pararem "
Cada um tem o seu ritmo próprio, para alguns o relógio deveria avançar mais rápido e para outros permanecer parado.
Faça o que tiver de ser feito. Afinal, os dias não param, o relógio não vai parar pra que você conserte os seus erros.
Como a roda de um trem sobre os trilhos, o ponteiro do relógio gira cada vez mais rápido e me faz lembrar o tempo que perdi com você na esperança que valesse a pena.
Foram bons tempos que viraram lembranças e agora são histórias. E do meu velho relógio, já não se ouve aquele tic tac.
As horas do relógio da vida passando,
fiando o tempo nos dedos da história
e eu aqui ficando
preso ao tempo que não tem tempo
não existe demora, pois o tempo sabe sua hora
para cada história que se dispôs a contar
a pressa do homem não faz o tempo correr
se o segundo é rápido não apressa o passo
do velho que não envelhece
o tempo está no futuro - o tempo não fenece,
o tempo não tem tempo
O mundo apressado é uma fábrica de zumbis hipnotizados pelo tic tac do relógio e de pessoas ocupadas demais para brincar com os filhos e contar histórias.
O mundo apressado está lotado de pessoas rasas, com corações e mentes prontos para absorver apenas o que for breve.
Nesse mundo eu ainda quero sentir o sabor da comida, o calor do abraço, as reticências das palavras, o brilho nos olhos e o arrepio na pele. Dispenso a frieza dos escravos do tempo e desse mundo desbotado que vejo ao meu redor.
Quero gastar meu tempo em ser boba quando der vontade, em rir até chorar, escutar o que as palavras calam e o que os silêncios falam.
Eu ainda gosto de ser.
Relógio
Amanheceu,despertar rápido e assustado
Olhe para mim, está atrasado...
Corra, depressa, não tem muito tempo
Há muito que se perder pra você a cada minuto
Desperdício em moedas...
Ainda bem que deu tempo
Dia estressante, mas, produtivo..
Nenhum tostão perdido...
Olhe para mim de novo
Está tarde, hora de voltar.
Retorno exaustante e demorado
Enfim cheguei...
Não ha muito tempo...tem que descansar
Amanhã fará tudo outra vez...
Olhe mais uma vez para mim
Não esqueceu de nada?
Antes de sair sentou-se a mesa e aproveitou a presença dos seus?
Beijou, deu bom dia e abraçou quem te ama?
Prestou a atenção na paisagem no caminho por onde passou?
Ligou para alguem querido que estava precisando de você?
Esteve ansioso em chegar em casa para passar mais tempo com aqueles que esperaram por ti o dia inteiro?
Se não fez nada disso
Você perdeu muito mais do que qualquer valor em moedas que poderia contar.
Olhe apenas mais essa vez para mim...
Não perca tempo, e não se perca na vida.
Tempo não é dinheiro, tempo é ter tempo para viver.
Magda Medeiros
Vejo o ponteiro do relógio percorrer o seu trajeto riscando o calendário aos dias que vão se passando...
Penso na melhor maneira de atrair a sua atenção, sem revelar os meus intentos...
Julgo a minha fraqueza diante de ti resumida em tímidos olhares...
Ao fracasso de não assumir o desejo de meu coração, eu condeno a minha consciência...
Confesso que de forma estranha chamo a sua atenção para ver o seu sorriso ☺ e me apaixonar em segredo...
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