Regras para os Ignorantes
Eu já ouvi tanta coisa sobre regras... Elas existem para serem cumpridas, para serem quebradas ...
Contudo, todas as vezes que quebrei as que a mim designei, eu me lasquei.
Mas ainda bem que tenho a opção de continuar a quebrá-las ou NÃO.
Uma das minhas regras
Nunca permitir que alguém parta da minha vida sem deixa-la melhor, e mas feliz.
Fora
Amor estar fora das regras
Viver sem medo
Andar sem guardas
Nasci defeituoso
desgotando ao podereso
Aposgeu impiedoso
Que até dá vaidades
De roubar o que é de todos
Discursando servir a todos
Dá quase certo, menos liberdades
Menos dignidade nem honradez
Só mesmo a sensatez
Alucinante faz da tristeza
Das maiorias, feitas menorias
Em privilégio e pobre riqueza
Destes animais, aprentemente humanos.
Amo ser eu
Cantar, contemplar o céu
Beijar o suor das minhas mãos
Trabalhar para comer
Sem nunca o trabalho me comer
Ter um tempinho para os irmãos
Sentir-me parte deles
Instruídos ou não são meus
No último minuto tal como no primeiro
Serão eles...
Amo vida que tenho
Não a troco por nada
Porque nasci para ser nada
Mais que simples criatura
Veio sem nada
E volta sem farda
Muitas vezes aquele que dita as regras e bate o martelo neste plano terreno, está corrompido com as amarelas deste século.
O gestor público é sempre um treinador que passa as regras do jogo e distribui as ações; o treinador pode ser bom; existe aquele servidor que faz a diferença; mas sozinho não ganha o jogo; mas num time sempre existirão aqueles mequetrefes que destoam da equipe.
Ser brasileiro é, sobretudo, não seguir regras, normas e leis. Ser resistente e duvidar em fazer o certo e aceitar e ovacionar o errado, além de não assumir seus erros.
Conformista, não tem palavra, mente esdruxulamente e dissimula com jeitinho.
Ser brasileiríssimo é ser barulhento, incomodando vidas alheias, desrespeitoso menos com seus pares e desorganizado sem fazer planejamento e reclamando depois de quase tudo e de todos e sem arrependimento das consequências de suas escolhas, ações e atitudes errôneas.
As regras existem para diminuir a entropia sistêmica. Jamais para criar barreiras intransponíveis que transcendem ao bom senso.
Lógica terrena e Lógica espiritual
É impossível usar as mesmas regras de pensamento e raciocínio que empregamos no nosso cotidiano (lógica terrena) para compreender o funcionamento do raciocínio e das regras no contexto espiritual (lógica espiritual). Os princípios que orientam esses dois universos são consideravelmente diferentes.
(Diga-me!)
Por que só falam e não ouvem?
Por que criam regras e não seguem?
Por que opinam sem ler e prosseguem?
Diga-me!
Por que têm mais raiva que amor?
Por que usam palavras fortes de dor?
Por que não se abrem sem rancor?
Diga-me!
Por que? Será que estou enganado?
Por que escrevo isso tão desanimado?
Por que o poeta se sente abandonado?
Diga-me!
Por que não aprendem a ser pacientes?
Por que não querem ser resilientes?
Por que preferem ser inconvenientes?
Diga-me!
Por que os garotos têm o poder? Por que eles fizeram as regras e nós temos que lidar com as consequências?
Linguagem sem regras pra ti, deixando o em Ka, e, em sirvo, considerando também, àqueles que necessitam, que de longe não vista-se nada sem o riso.
Léxico dos Sentidos
Cansei de regras
Teoremas
Cansei das ênclises
Próclises
E sempre detestei as mesóclises
Querer-te-ei?
Como poderia querer-te no futuro?
Ter você agora seria o único presente mais que perfeito aceito pelas minhas linhas
Preciso criar um novo tempo pro pretérito
Um que eu possa usar em qualquer texto
E sirva para todos os momentos com você
Eu quero rasgar o verbo
Expulsar todas as minhas hipérboles
Como alforria
Quero gritar interjeições
Sem analogias
Quero a palavra nua
E sentir todos os paradoxos da minha existência saindo pela boca
Não quero o uso correto do idioma
Quero gaguejar
Me lambuzar nos erros
E delirar entre as palavras tão livres expressadas
Quero cuspir palavrões
Buscar o sentido pejorativo
Escrever fora das linhas
Rabiscar tudo escrito
E quem sabe rasgar a folha
Quero me libertar da minha forma humana
Amar outras espécies
Afiar minhas presas
Usar minha prosopopeia
E me transformar em quem
talvez seja quem de fato sou
Eu quero a sinestesia
Aprender
Prender
A tua língua em mim
E jamais usar amar no verbo oculto
Eu quero abusar dos neologismos
E encontrar a palavra exata que sirva como palíndromo
Que mesmo que você leia de outras direções, o sentido será o mesmo
Mas antes, não se esqueça de respeitar meus parágrafos
Pois são eles que definem o começo
das minhas histórias
Então, engula minhas reticências
Não pause nas vírgulas
Saboreie cada silêncio
E você estará sentido o verdadeiro gosto do meu léxico
E o que vem depois serão palavras sinceras
sem pontos finais.
Ela é uma linda mulher e uma doce criança. Ela é o jogo e dita as regras, me deixa sem palavras, arranca de mim suspiros, me deixa com o coração acelerado e com cara de apaixonado.
Jugos, regras, filosofias, tradições e culturas familiares de líderes e guias religiosos são verdadeiros venenos às almas das ovelhas que podem ser quebrados com apenas quatro palavras: Assim diz o Senhor.
Desconfie das respostas automáticas, das fórmulas mágicas, das regras generalistas.
Repergunte-se. Ouça-se.
Os caminhos estão em você!
