Reflexão de Solidão
A solidão pode ser a cura de vários males. No isolamento forçado pelos leitos de hospital, encontrei uma retidão brutal, sem distrações, minha mente enfrentou cada trauma sem disfarces. Foi nesse vazio que reconheci o valor de estar só, lá, sem máscaras, pude confrontar o que me assombrava e, por um breve momento, aprender a me reconstruir sem a influência corrosiva dos olhares alheios.
Nasci sozinho e morrerei assim.
A solidão não é escolha, mas estado de fato, quando o corpo abandona sua plenitude e a mente se isola em labirintos de dor, estar só se torna destino inevitável. No entanto, essa solidão não me define completamente, é apenas o pano de fundo contra o qual tento colorir minha existência com versos e memórias que ecoam além do vazio.
Houve momentos em que um abraço era tudo que eu precisava… mas ninguém estava lá. A solidão se torna um grito mudo, um vazio que aperta o peito, quando o corpo implora por calor e só recebe o frio implacável das paredes gélidas. Nessas horas, a ausência do toque se torna tortura, e o abraço que nunca veio rasga ainda mais a minha alma já despedaçada.
Mesmo cercado de vozes, às vezes sou só silêncio. Aprendi que a solidão não mora na falta de pessoas, mas no espaço invisível entre o que sinto e o que o mundo enxerga. Há dias em que sou multidão por fora e deserto por dentro, mas ainda assim, sigo procurando um olhar, um gesto simples, que me alcance além das palavras.
Deserto
Perdido no deserto, carrego minha cegueira,
onde a solidão se expande em cada grão,
e as miragens dançam como oásis,
promessas escuto com anseio,
tecendo a mente em redes de delírio.
O chão arde sob meus pés, cada passo é um fardo,
a verdade oculta se revela, queimando os olhos,
ao enxergar além, tropeço no desespero;
a liberdade resplandece, mas a esperança se evapora,
como a carta funesta que ela deixou.
Caminho por este deserto de ilusões,
traços de luz que acentuam a dor.
E, ao final, pergunto-me com pesar:
sou eu o autor da minha narrativa,
ou mero espectador, à mercê de um show de Truman,
aprisionado na cena de uma vida encenada?
Em meio à escuridão que me envolvia, à tristeza que me oprimia e à solidão que me acompanhava, eu despertei para a minha própria importância. Pois, naquele momento, percebi que ninguém estava lá para me salvar, apenas eu mesmo.
Sou a solidão
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Sou os dias longos, os crepúsculos desolados, as noites sem fim,
as madrugadas tediosas e as auroras sem glamour...
Enfim, sou a solidão.
Confusões
A solidão, nua e crua
A complexidade, minha e sua
A vida sem filtro
Sem ninguém pra perguntar
Sem ninguém pra se importar
A tristeza de perder
O choro por não ter
Poucos assumem
Que essa é a graça de viver
A alegria de ganhar!
Um sorriso de momento
São coisas passageiras
Que habitam no pensamento
A cada dia que passa
Uma cadeira fixa na calçada
Mostra a tênue beleza
Das confusões de uma vida passada
Hora de recomeçar
Eu, um barco a velas e o mar,
eu, minhas memorias e a solidão a navegar,
no horizonte, o sol, a distância e a saudade,
na imensidão, muita intensidade, a lua é companheira das noites,
o vento sobra o barco a velas sem destino, sem raízes, sem sombras,
plânctons iluminam o mar trazendo sobrevida, despertam gargalhadas de esperanças, uma visão de pura magia,
amanhece, mais um sol grita liberdade, alguns pássaros trafegam no ar oferecendo direção de terra firme,
os medos ficaram ancorados no fundo do mar, o passado triste deixou de ser alimentado e seguiu em outra corrente muito forte,
hora de recomeçar...
E se eu falar sobre rosas, desejos e afetos.
E se eu falar de cuidado, destreza e solidão.
E se eu falar do poder, do alto, do chão.
Talvez eu não falasse, só o vivesse, por merecimento.
Roseie-se de espinhos, se for com amor-próprio.
Kelly Batista
No meio do oceano, na escuridão e absoluta solidão, não um farol ou holofote, mas a centelha e ignição de simples palito de fósforo no longínquo horizonte, será um raio de luz de incomensurável esperança, de vida e nova vida. Portanto, é momento de ficar atento, pois chegada do novo ano sempre trás, um abençoado palito de fósforo.
"Na solidão do tempo, vamos aprendendo a conviver com empecilhos diários, criando paciência e resistência. Assim sendo, cria-se esperanças, foca-se em objetivos e também aguarda-se as voltas da vida, para que sejamos surpreendidos"
São os extremos que apavoram. O medo do fracasso pode ser apenas uma ilusão.
A solidão é o espelho do amor próprio e o desespero pode não ser a retratação da face que tanto espera ter.
Com fé e determinação podemos alcançar o ápice do sucesso pessoal que nada mais é do que um extremo.
Quem não desafia a busca do real conhecimento jamais apreciará a razão verdadeira de viver.
Madrugadas a fio
Sentindo a tua falta
O vento congelante da noite
A solidão de um único travesseiro
A pequenez de uma só cama
Já não sei mais quantas são as faltas
As piadas, as risadas, as brincadeiras, as loucuras, as aventuras, os beijos, os carinhos, sua mão em minha face, as perguntas na madrugada, as respostas inconscientes e tão sinceras, os "eu te amo", os "eu gosto de você", nossas faces no espelho
São 02:41 da madrugada e escorrem lágrimas da minha face enquanto escrevo esse trecho.
Solidão é o momento em que nos deparamos de frente conosco mesmos. É um instante de introspecção, de silêncio e reflexão. Na solidão, temos a oportunidade de nos conhecer profundamente, de explorar nossos pensamentos, desejos e medos. É nesse encontro solitário que descobrimos nossa verdadeira essência e encontramos respostas para nossas inquietações. Portanto, abrace a solidão como um período de autodescoberta e crescimento. Aprenda a apreciar a sua própria companhia e transforme esses momentos em uma oportunidade de amor-próprio e autocuidado.
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