Redenção

Cerca de 418 frases e pensamentos: Redenção

Somos todos hipócritas em busca de redenção, pois não creio que não haja aquele que nunca tenha feito alguma coisa da qual já discordou. Discordar de um processo e consumir o produto final não seria hipocrisia?

Inserida por brenoaborges

E você quer esquecer, e você quer que vá embora, e você quer redenção, mas você deita na cama e espera amanhecer.

Inserida por saysaysay

Eu tô cansada de esperar por essa redenção.
Não vai vir.
Eu já deveria saber.

Inserida por saysaysay

⁠O Cadafalso


No cadafalso, eu sorriria amargo
não por redenção, mas por desprezo.
Mergulharia no frio da paz sem rosto,
onde ao menos a dor não mente.

Deixaria pra trás os escombros de promessas podres,
palavras doces que apodreceram na boca de quem jurei confiar.

Fui traído com o silêncio, com o toque vazio,
com olhares que já não sabiam o meu nome.

E os amores…
tão rasos, tão covardes
que até a queda me pareceu mais leal
do que quem dizia me amar.

Inserida por yuri_de_levi

⁠O Retorno do Filho Pródigo: Uma Parábola de Amor e Redenção

No grande palco da existência, somos viajantes de uma jornada sagrada, guiados pelo mistério da vida e pelo chamado do infinito. Desde os primórdios, quando o Criador declarou: “Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança”, fomos dotados tanto da impetuosa rebeldia dos instintos quanto da sublime promessa da transcendência. Há em cada ser humano uma centelha divina, um lampejo de luz aguardando o instante em que poderá brilhar plenamente.

Para nos tornarmos, de fato, reflexos da grandiosidade celestial, precisamos nos revestir das mais nobres virtudes: gentileza, honestidade, amor, paz e benevolência. Esse processo não acontece em um único momento, mas se desenrola como uma dança harmoniosa, onde cada ato de compaixão e cada gesto de generosidade nos conduz mais perto do divino. Quando, enfim, florescemos, nossas ações deixam de ser guiadas pelas tormentas das emoções passageiras e passam a ser iluminadas por valores eternos e princípios sublimes.

Assim, tornamo-nos espelhos vivos da presença de Deus na Terra—faróis de luz a irradiar o amor que habita em nós. Cada sorriso ofertado, cada palavra carregada de afeto, cada ato de bondade transforma-se em um canal da graça celestial, revelando a beleza que sempre esteve dentro de nós. E nesse profundo processo de transformação, encontramos a paz verdadeira e a mais sublime realização: o retorno do filho pródigo.

Este filho, após vagar pelos áridos desertos do sofrimento, desperta para a memória de sua origem divina. Ele compreende que pertence a uma família cósmica, unida pelo elo sagrado da fraternidade e do amor, onde a carência não tem morada. E assim, finalmente, retorna ao lar—não um lar feito de paredes, mas um refúgio eterno, onde pulsa a essência do Criador, aguardando de braços abertos para acolhê-lo no abraço da eternidade.

Inserida por fluxia_ignis

⁠O mundo consome os vivos enquanto os mortos têm sua redenção.

Inserida por Rato_Comunicativo

⁠Na linguagem de Redenção: a Reconciliação precisa ser compreendida pelo homem que por sua vez deve responder positivamente para que ela se realize.

Inserida por ObjamersonS

“De Profundis”, de Oscar Wilde: A estética do sofrimento e a redenção da alma

Por Andre R. Costa Oliveira



Introdução

Poucas obras na literatura ocidental expressam com tanta intensidade a transfiguração da dor quanto De Profundis, carta que Oscar Wilde escreveu na prisão de Reading entre janeiro e março de 1897. O título latino — retirado do Salmo 130: “De profundis clamavi ad te, Domine” (“Das profundezas clamei a Ti, Senhor”) — anuncia o tom confessional e quase litúrgico da obra. Mas este não é um salmo apenas de penitência; é também de revelação. Em De Profundis, Wilde não busca expiação pública: ele tenta compreender, com lucidez e ternura, o percurso de sua queda e o sentido de sua dor.

1. Contexto histórico e biográfico

Oscar Wilde, um dos escritores mais célebres do final do século XIX, foi condenado a dois anos de trabalhos forçados em 1895 por “indecência grave”, isto é, por manter relações homossexuais — então consideradas crime na Inglaterra vitoriana. O processo judicial, movido pelo Marquês de Queensberry (pai de Lord Alfred Douglas, seu amante), tornou-se um escândalo nacional. Até então, Wilde era conhecido por sua elegância, inteligência fulminante e ironia social; sua ascensão literária incluía peças de teatro aclamadas, como A Importância de Ser Prudente, e o romance O Retrato de Dorian Gray.

A prisão marcou uma ruptura radical com sua vida anterior. Privado de liberdade, status e conforto, Wilde mergulhou em uma crise existencial e espiritual. De Profundis nasce desse abismo.

2. Forma e estrutura: a carta como confissão

Formalmente, De Profundis é uma longa carta dirigida a Lord Alfred Douglas, escrita sob autorização limitada do sistema penitenciário, em cadernos supervisionados pelo diretor da prisão. Mas o que começa como um desabafo pessoal rapidamente se transforma em um tratado lírico sobre o sofrimento, o amor, o egoísmo, a compaixão e a salvação interior. A carta não foi enviada a Bosie diretamente. Após a libertação de Wilde, ela foi copiada e guardada por seu amigo Robert Ross, e publicada postumamente em 1905.

A linguagem é precisa, muitas vezes bíblica, quase mística. Não há ali o dândi de frases espirituosas, mas sim o homem nu, quebrado, buscando sentido no próprio fracasso.

3. A dor como iniciação espiritual

A experiência do cárcere é, para Wilde, uma espécie de rito iniciático. A dor deixa de ser um infortúnio e passa a ser uma via de conhecimento. Como escreveu mais tarde em O Balão de Papel, “quando se está sofrendo, se aprende”. Em De Profundis, isso ganha corpo:

“Agora vejo que a tragédia da vida não é que os homens sejam maus, mas que eles são insensíveis.”

A sensibilidade que ele desenvolve na prisão não é a da estética refinada, mas a da empatia profunda. O sofrimento desmascara sua vaidade, seus caprichos, sua vida construída sobre aparências. E, paradoxalmente, é o que o aproxima de sua própria alma:

“Aonde quer que haja sofrimento, há solo sagrado.”

Wilde se aproxima aqui de uma espiritualidade quase franciscana: o valor do sofrimento não está em sua crueldade, mas na possibilidade de tornar-se mais humano.

4. Amor, desilusão e perdão

Grande parte da carta é dedicada à análise de sua relação com Lord Alfred Douglas — marcada por paixões intensas, manipulações, vaidade e egoísmo. Wilde acusa Bosie de ingratidão, arrogância e destruição. Mas mesmo nas passagens mais duras, não se permite ceder ao ódio. Pelo contrário, sua meta é compreender o outro, não destruí-lo:

“Eu não posso viver de ódio. É pela compaixão que vivi.”

O gesto final de Wilde é de reconciliação interior. Ao invés de um ataque ou revanche, a carta é um gesto de superação moral. O perdão, aqui, é inseparável da dignidade.

5. Cristo como símbolo estético e ético

Um dos momentos mais belos e polêmicos da obra é a interpretação de Jesus Cristo como uma figura estética e radicalmente humana. Longe do Cristo institucionalizado, Wilde vê em Jesus o artista supremo da alma, aquele que viveu a compaixão como arte:

“Cristo é a suprema personalidade do romantismo. Ele não apenas não condena os pecadores, mas considera a alma de cada pecador como algo belo.”

Essa leitura é profundamente influenciada por seu espírito artístico: Wilde vê no perdão, na humildade e na entrega não sinais de fraqueza, mas expressões da mais alta sensibilidade criativa. Ele abandona o sarcasmo e a máscara social e se vê como discípulo não do moralismo, mas do amor encarnado.

6. O artista depois da queda

A queda pública e o fracasso social permitiram a Wilde uma visão radicalmente nova da arte e da vida. Ele abandona o cinismo aristocrático, a adoração do sucesso e da forma, e abraça a ética da vulnerabilidade.

“Tudo o que é verdadeiro na vida vem através do sofrimento.”

Neste ponto, Wilde se aproxima de autores como Dostoiévski e Pascal — para quem o sofrimento tem um valor epistemológico: ele revela. A dor, quando acolhida, não paralisa; ela ensina. De Profundis é, nesse sentido, o oposto do niilismo: é um hino à reconstrução da alma.

Conclusão: A profundidade como medida da beleza

De Profundis é mais do que uma carta de amor amargo. É uma elegia sobre a condição humana, escrita no limiar entre desespero e transfiguração. Oscar Wilde, o dândi escandaloso da sociedade vitoriana, se despede do mundo das aparências e se reconcilia com o essencial: a dignidade do sofrimento, o poder do perdão e a beleza silenciosa da alma que caiu e se levantou.

Essa obra, escrita nas profundezas da dor, permanece viva porque fala de algo que todos vivemos em algum grau: o fracasso, a perda, o desejo de ser compreendido. E talvez por isso, como ele mesmo disse:

“Há um único tipo de pessoa que me interessa agora: aquela que sofreu.”

Inserida por andrercostaoliveira

⁠[A Redenção de Ícaro]

estamos todos presos
neste labirinto,
nos foi incumbido
o fardo do Minotauro.

percorrer um cubículo
sem nenhuma saída,
girando em círculos,
esgotando o que é raro.

se toda jornada
tem um encerramento,
porque não queimar
como as asas de Ícaro ?!

quando todos os lados
estiverem errados,
só o que resta
é incendiar o paiol.

a questão nunca foi
viver para sempre,
só o que importa
é voar para o Sol.

(Michel F.M. - Doce Prazer da Queda Livre)

25/11/23

Inserida por michelfm

⁠A questão cristã não é a fuga do pecado, mas a redenção do perdão concedido.

Inserida por maikec

⁠A redenção só faz sentido se estivermos dispostos a expiar nossos pecados.

Inserida por pensador

⁠Caminhando para o norte, longe de tudo, encontrei minha redenção, minha alma perdida, esperando por uma chance de recomeçar, olhei para o horizonte, longe e distante, subo a montanha e lá se encontra a minha asa delta, nos céus azuis, desse condado consigo ver o tamanho do paraíso verde ao qual a gente se encontra
Qual é o preço da redenção?
Qual é o preço por uma vida boa?
Qual é o preço pra uma vida simples?
Distante de tudo preciso apenas do silêncio, mas é no meu silêncio onde habita o caos... quanto tempo tenho que esperar pra tudo isso acabar? Tenho que esperar até virar um lunático?
Onde vou encontrar inspiração pra escrever sobre minhas ideias, refletindo a minha alma? O mundo já não é mais o mesmo, heróis de guerra vivem em segredo, talvez desertores? Eu não sei.. será que eles irão me ajudar? Ou me atacar? Tantas perguntas sem respostas, é assim no qual o modo em que vivemos, tanta evolução, e ainda continuamos sem respostas!

Inserida por Brunoesteves

⁠Só quem sabe a sensação do prazer da redenção,é quem um dia foi cinzas.

Inserida por BrioneCapri

⁠.Ar profano

A todos meus colegas,
eu trago redenção,
do vermelho reluzente,
a purificação.

O batimento em meu peito
se tornou perturbador,
o meu viver
se tornou revelador.

As assombrações
se tornaram reais,
e aqueles viviam
se tornaram espectrais.

As armas que um dia
prometiam trazer dor,
agora seu uso
é um pouco tentador.

Se algo já mudou
eu não sei reconhecer,
o que já possuiu cor
foi-se a perder.

Inserida por HiddenR0D

⁠Alguns erros são monstruosos. Admiti-los em nome da redenção é verdadeiramente humano.

Inserida por ninhozargolin

⁠As pegadas do "passado que condena", só terão redenção no futuro que sentencia.

Inserida por andre_gomes_6

A graça é a bandeira e a sombra de todo o projeto da redenção.

Inserida por daviddango_

⁠Cristo conquistou redenção eterna para TODOS, mas a sua aplicação se dá apenas mediante a FÉ. Embora haja suficiência de salvação, ela só é aplicada e experimentada por aquele que crê em Jesus.

Inserida por VerbosdoVerbo

Nem sempre temos chance de redenção.

Inserida por pensador

⁠Sacrifício de morte, que trouxe redenção, esperança no pós morte, expectativa de vida eterna com DEUS em Cristo Jesus!

Inserida por TeologoVagner