Recompensa
Entenda a vida.
Todo esforço tem a sua recompensa!
Se faz o bem! Qual é a recompensa?
Se faz o mal! Qual será a recompensa?
Pode demorar, mas um dia chega. Colheita é colheita!
No cume da montanha, a vista apenas recompensa as cicrazes das lutas de um espírito livre em um coração selvagem.
Desejo
Granjear a recompensa,
Num sonho atropelado,
Dum abraço não dado,
Abismo na ponte suspensa,
Deste ciclo de sofrimento,
Adefagia e liberdade,
Incertezas, precariedades,
Vividos no atropelamento,
Aquietar a servidão,
Forte aperto de mão,
Visitar a mãe todo dia;
Saúde e Prosperidade,
Muita Paz e Amizade,
Novo Ano sem pandemia
No outono a preguiça repousa em sua inclinação natural a espera ter no inverno sua recompensa que não virá. Em sua volta haverá um muro de pontiagudos espinhos.
VeluBA
MAL DE DOR
Toda poesia de agonia, por mais que doa
Na prosa de espera encontra recompensa
Toda aquela situação que causa sentença
Muda-a poeticamente em composição boa
A rima que fere, a inspiração que agrilhoa
Emoções não são que o tempo não vença
Apreço transforma em luz a penúria densa
Em um verso com sentimento nada magoa
Ai do poeta que sente, sem ter proposta
Escrevendo o mal de dor e de amargura
Negando o sim, e poetizando que gosta
Noutra parte, em vão, busca a ternura
Em um coração partido, sem resposta
Pois, somente com amor a dor se cura!
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
23 maio de 2023, 14’16” – Araguari, MG
O mar não recompensa os que são por demais ansiosos, ávidos ou impacientes. Escavar tesouros mostra não só falta de paciência e avidez, mas também falta de fé. Paciência e fé. Precisamos nos deitar vazios, abertos e sem exigências como a praia – esperando por um presente do mar.
