Realidade Doi
SOLIDÃO
Minha solidão ao sol... Nunca me dói...
Mas à lua... Só quando ela me diz
Que meu ser lunar, de triste, se corrói
E o meu ser solar é quem é mais feliz...
A solidão não é alvo que se destrói...
É pequena árvore de longa raiz!
Acompanhada por mais de uma voz
Faz brotar amor onde antes se quis...
Em meus versos... Há algo de aloe...
De nuanças medicamentosas para febrís
Como lanças... Acertam todo o algoz
Que ferir-me, sem dizer-me, o que fiz?
Em meus versos... Há algo dos nós...
Que apertam e deixam uma cicatriz
Para lembrar que não estamos sós
Mas à presença dos elementais sutís...
(SOLIDÃO - Edilon Moreira, Junho/2017)
Rosa com Espinhos
Dói…
E ainda vai doer.
Mas tudo passa, até o que parece eterno.
Mesmo quando a alma pesa,
Mesmo quando chamam de egoísmo
O simples ato de respirar por si.
Às vezes, crescer é silenciar a culpa
Que outros plantaram como semente nos ombros.
E seguir, mesmo sem aplauso,
Porque no fim, o caminho é solitário…
E cada passo é por dentro.
Existem lares onde o amor
É dito, mas não sentido.
Onde o cuidado se confunde com controle,
E o afeto vem cortante,
Envolto em exigência,
Como se amar fosse moldar, não acolher.
E há quem cresça assim:
Tentando entender raízes que nunca sustentaram,
Tentando regar flores
Enquanto a própria sede sufoca.
É um cansaço silencioso,
Que rouba mais do que oferece.
Mesmo assim… há quem insista em florescer.
Mesmo em solo árido,
Mesmo sob o descuido dos que deveriam cuidar.
E se transforma
Não por mágica,
Mas por resistência.
Está se tornando uma rosa.
Com espinhos.
Porque precisava.
Porque ninguém cuidava.
E ainda assim…
Está se tornando a flor mais linda do jardim.
Não foi vista.
Não foi ouvida.
Mas cresceu.
Entre as pedras, entre os silêncios.
Machucada, mas viva.
Frágil, mas inteira.
Outras batalhas virão
O chão ainda vai rachar.
Mas passo a passo,
Ela descobrirá o que há de mais precioso:
Ela mesma.
E quem souber ver,
Vai enxergar além dos espinhos.
Vai regar com cuidado.
Vai florescer ao lado
Sem podar o que é belo só por não entender.
Até lá,
Será sobre ser a raiz e céu.
Ser a rocha e renascimento.
Ser o que ninguém foi.
E nunca, desistir de si.
• Dedicatória..
os rostos que cruzaram meu caminho prometendo abrigo,
mas que, com o tempo, revelaram muros em vez de braços.
Aqueles que diziam me amar
mas me ensinaram o silêncio com gritos,
e a força com ausência.
Durante muito tempo,
acreditei fazer parte de algo sólido,
de um afeto que sustentaria meu crescimento.
Mas era apenas um reflexo mal desenhado,
um sonho antigo…
de uma criança que queria colher flores
onde só havia espinhos.
Hoje entendo:
nem todo lugar que chamam de lar
é um espaço seguro.
E nem toda promessa de amor
é amor de fato.
No fim,
resta apenas o que nunca puderam me dar:
a verdade.
Dura, mas libertadora.
Como acordar de um sonho
que sempre foi bonito demais pra existir.
“Descobrir quem a pessoa é de verdade não dói tanto quanto perceber que ela nunca foi quem você imaginou.”
Duas das coisas mais importantes na vida, em minha visão, são a alimentação e o amor. Sem esses dois elementos, a existência se torna impossível. A comida sustenta o corpo, fornecendo a energia necessária para viver, enquanto o amor nutre a alma, dando sentido e propósito à vida. Dessa forma, ambos são essenciais para a plenitude da existência humana.
Arrependimento
Hoje meu peito dói, um peso profundo,
Arrependimento ecoa, um lamento fecundo.
Pelo que já não tem como ser remediado,
Minhas amizades se foram, um mundo desolado.
Os poucos que ficam, em sombras, se escondem,
A confiança se esvai, como o tempo responde.
Estou fraca, um reflexo do que eu fui,
E a credibilidade se foi, um eco que não flui.
Fui ao fundo do poço, mergulhei na mentira,
Envolvi meus amigos, numa teia que delira.
Agora estou só, na solidão que me abraça,
Um mar de arrependimento, que nunca se disfarça.
Amigos se vão, como folhas ao vento,
E tudo será história, um triste momento.
Fui vilã do enredo, mesmo sendo no fim,
Carrego a dor da perda, um eco de mim.
Que a vida ensine, que a dor é um farol,
A iluminar os caminhos, mesmo em meio ao sol.
E que, ao olhar pra trás, eu possa ver,
Que o arrependimento é só um passo a aprender.
Inabitável
tantas formas possíveis, mas sou essa—justamente essa que dói.
achei que era o cabelo, cortei.
talvez o peito, então curvei a coluna, encolhi, escondi.
talvez a roupa, mudei.
talvez a maneira como me movo, falo, existo.
mudei. mudei. mudei tudo que minhas mãos alcançaram.
mas meu rosto não esculpe sombras no espelho,
meus ombros não marcam presença no espaço.
não sou pedra, não sou aço.
sou frágil demais para ser quem desejo,
pequeno demais para ocupar o mundo como ele exige.
há marcas no meu corpo que não reconheço,
ausências que gritam na pele, no reflexo.
e que tipo de homem eu sou? um que luta para caber em si.
eu queria carregar isso com orgulho,
mas é um peso que me dobra, me afunda.
meu eu por dentro grita, se debate,
se agarra às grades da minha pele e implora—
onde está meu corpo?
onde está meu corpo?
onde está meu corpo?
me atraio por caras que nunca vão me ver inteiro.
sei do olhar que me mede, que me nega,
sei do que falta entre as minhas pernas
e de como isso faz de mim um quase, um nunca.
mas que culpa eu tenho?
vou realizar meus sonhos.
vou tocar o impossível.
mas no fim, ainda serei trans.
até o último segundo, até o último suspiro,
a palavra nunca me deixará.
mas,
por quê?
por quê?
A frase que mais dói é.. eu gosto de você.. mas não do mesmo jeito que você!
EU TE AMO!
Mas você não me ama
AMO TE OLHAR
Mas você nem liga para mim.
DESDE O PRIMEIRO DIA QUE TE VI, SABIA QUE ERA VOCÊ!
Mas você não pensava o mesmo..
UM DIA.. EU DISSE QUE TE AMAVA!
e você respondeu. Faz oq você quiser. Se a mina que eu gosto não querer ficar comigo, a gente namora!
Nem sempre a pessoa que amamos, nos ama!
E nem sempre, é a pessoa certa!
Me declarei pra você, eu não estava esperando nada em troca, só que mesmo assim dói não ter o seu amor também.
Poxa, eu tô aqui pra te dar amor, vc mesmo assim prefere garotas que só querem te usar e depois te adicionar na lista delas de "garotos que eu já peguei". Vai se ferrar! Quando vc lembrar que eu te amo, meu coração já vai ser de outra pessoa.
SERÁ QUE ERA AMOR? 💔
Eu já amei muito, amei aquele amor que dói, aquele amor que machuca ,sabe?
Eu amei, mas eu amei por 2, eu sabia que aquele amor não era para mim, eu sabia que uma hora ou outra iria acabar, eu só não queria aceitar que aquela pessoa que eu amava, não era o amor para minha vida.
Mas isso não se chamava amor, chamava dependência, eu descobri que o amor, é uma coisa leve,ele não machuca, ele não mentir,ele não te traí.
Quer um conselho? Se ame primeiro, invista em você, gaste mesmo, se divirta mesmo, se arrume mesmo. A vida é tão curta para perder tempo com quem não vale a pena.
TALVEZ SE EU TIVESSE ESCUTADO ESSE CONSELHO ANTES, NÃO TERIA PASSADO QUE PASSEI !!
SONHO QUE AINDA DÓI
Hoje eu sonhei com você,
Me chamando para mim.
Ainda lembro da cor
Da bicicleta que nos unia.
Ainda lembro do nosso amor
Que vivemos
Eu sinto falta de você,
Eu não sei o que dizer.
Quero te contar,
Mas tenho medo de chorar.
Não tenho vergonha,
Por que motivo eu teria?
Mas quando é amor,
Minhas pernas bambeiam.
Aprendi que verbalizar onde dói não necessariamente será aberto espaço para colo. Navegando nessas nuances, ficamos totalmente dependentes do ouvido que nos ouve. Se ele está limpo, verdadeiramente aberto, encontraremos mesmo que um simples conforto. Mas quando as portas estão fechadas e sua principal segurança é a ofensa, o espaço é aberto para a inferiorização dos sentimentos colocados sobre a mesa. A fala é sempre importante. Mas, depende muito de quem se fala. Depende muito do ouvido que se ouve.
Grito no silêncio
Mas ninguém vê
Grito por socorro
Mas ninguém vem
Coração dói
Mas ninguém sente
Estou quase desistindo de mim
Mas ninguém percebe
Socorro, socorro
É assim que grito no silêncio.
A teologia te ensina a linguagem da alma e a gramática da eternidade, te fazendo caminhar entre dois mundos: o visível que todos conhecem e o invisível que é acessível através das lentes da fé.
Dois Rios que se Beijam no Mar
A gente sempre esteve perto,
mas nunca no mesmo passo.
Como dois rios correndo lado a lado,
sem nunca se tocarem.
Faltaram palavras, restou silêncio.
Fomos como pássaros errantes,
que migraram para estações opostas,
barcos que viram o porto
mas não conseguiram ancorar.
O tempo passou, levou a oportunidade,
deixou só essa sensação estranha,
um abraço que nunca aconteceu,
essa saudade do que poderia ter sido,
esse amor não concluído.
Se ainda houver chance,
que seja o vento, que seja a chuva,
que seja a luz que racha a escuridão,
um destino que se reencontre,
onde os desencontros se acertem,
e os rios, finalmente, se beijem no mar.
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