Quimera
Não tenho certeza de muitas certezas...
"Quimera, sorriso, fada."
Atmosfera sem muito sentido,
Primavera fora de época,
Triste sem preconceito de ser...
Idealista sem inquisição,
Nômade com endereço certo.
Eu que busco a felicidade em uma quimera, não imaginava que ela se escondia na folha mais seca de outras primaveras...
Procure sorrir, mesmo quando difícil for...pois em teus domínios, a tristeza é meramente uma quimera...
Um poema inacabado
este é minha quimera mitológica
ou
a quimera que devaneia
e
quem sabe acabe no leito derradeiro.
o mundo mostra,
talvez não seja tarde para ler
quando abro a janela,quimera;
nadam nas profundezas,
criaturas hibridas,bipolarizadas.
De fato inebriadas,alienadas como mostra a ficção,
Se decifrar é uma tarefa fácil só os leitores saberão.
Afogados
A quimera está em chamas
Nas decadências rubras
Nada se afaga
Nada é inevitável
Mundo injustiçado
Pessoas afogadas
Relampeja ilusões
Nada explicável
"E viva a quimera dos renascentes da revolução, na ambiguidade da sua realidade uivam sofismas, embriagados por próprio desencanto"
CADÊ VOCÊ.
Te esperei na primavera
prá regar minha plantação
já se foi outra quimera
não ouvi um só trovão
e a chuva quem me dera
dê um banho nessa fera
que maltrata o meu sertão.
60 anos!
É incrível como a vida passa rápido, como a existência é uma quimera.
Lá se foram 60 anos desde que o pequeno filho do velho cabideiro Francisco Martins Jr., e da Dona Sebastiana, nasceu, em uma pequena casa, no quintal da Casa da Marquesa de Santos, em Brigadeiro Tobias.
O pai foi a “parteira”, alguns dos irmãos mais velhos, testemunhas.
A irmã Alcione, um ano e tal mais velha, bateu palmas, jogou uma chupeta para o menino e falou: “Pelé veio!”, antes mesmo de surgir nosso querido jogador santista.
60 anos!
Lá se vai uma existência, e lá se vão centenas de estórias e histórias que encantam a alma, se constituindo de mola propulsora para o futuro.
Vieram as mudanças. Primeiro de Escola, quando o “pequetucho” com apenas 9 (nove!) anos de idade “peitou” o pai e disse que não estudava mais em Brigadeiro, queria estudar em Sorocaba, no Visconde de Porto Seguro.
De onde tirou esta ideia, não se sabe ao certo, mas o fato é que, ao receber, sozinho, em uma tarde de sábado, seu “diploma escolar”, descobriu que existia o Ginásio, nome do curso para quem continuava os estudos, da quinta à oitava séries.
A mudança para Itu.
Nos dias de semana, sorveteiro no Quartel; Nos finais de semana, baleiro no Cine Marrocos. À noite o Ginásio, feito no querido Colégio Regente Feijó, uma das mais incríveis Escolas então existentes no Brasil, com um nível cultural e intelectual elevadíssimo, e a nobreza do Professor João dos Santos Bispo impregnando os corredores, os pátios, e iluminando a Cidade de Itu.
Os concursos públicos e a mudança para a Capital.
O trabalho na CEF por treze anos. Um tempo de incrível felicidade, conquistas e realizações, até a entrada do Brasil na década perdida de 1980, quando o país descobriu a corrupção pesada, o jogo duro dos incompetentes. A CEF, então uma ilha de dignidade e atenção ao público, deixou para trás os princípios que a norteavam, por mais de cem anos, para compactuar com o jogo em vigor, até permitir que o dinheiro do FGTS fosse usado para os devaneios de poder de uma certa primeira dama.
A escolha pela educação dos filhos, e a própria, nos Estados Unidos, depois na Europa. Um tempo de descoberta da base de nossa civilização, do mundo tecnológico, e da disciplina. Sim, da disciplina. A percepção de que só com disciplina se consegue um desenvolvimento sustentável, interior e exteriormente.
Incrível como o Ser Humano pode “ser humano” quando deseja sê-lo!
Incrível como se pode mudar a história, como se pode alterar o curso dos acontecimentos, se o desejamos de fato.
E o curso dos acontecimentos foi alterado, com certeza.
O “pequetucho” descobriu que, sendo uma célula social, poderia, e deveria influenciar as células ao redor, e não só ser influenciado por elas.
A chegada de Itamar Franco à presidência. Um dos mais humildes, dignos e competentes presidentes que este país conheceu.
O “Plano Brasil” e a formação da “Equipe do Real”, comandada pelo Professor Fernando Henrique Cardoso, com o início do retorno do país à realidade, e o retorno da família ao Brasil.
Vieram as pesquisas, a Metodologia dos Sons, os congressos e mais descobertas, sendo que a principal delas foi a percepção do “ser universal” responsável por ensinar a “condição humana” do E. Morin, e por perceber-se como humano, portador das cegueiras do conhecimento, que nos levam, a todos, e principalmente àqueles que se auto proclamam “intelectuais”, ao erro e à ilusão. Conduzem-nos e nos induzem aos erros mentais, intelectuais e da própria razão.
“Nossos sistemas de ideias (teorias, doutrinas, ideologias) estão,
não apenas sujeitos ao erro, mas também protegem os erros e
ilusões neles inscritos. Está na lógica organizadora de qualquer
sistema de ideias resistir à informação que não lhe convém ou
que não pode assimilar. As teorias resistem à agressão das teorias
inimigas ou dos argumentos contrários.”
Esta percepção é belíssima no sentido de que nos mostra o quanto há, ainda, a ser descoberto, e o quanto pode, ainda, ser visto e revisto.
“A verdadeira racionalidade, aberta por natureza, dialoga com
o real que lhe resiste. É o fruto do debate argumentado
das ideias, e não a propriedade de um sistema de ideias. O
racionalismo que ignora os seres, a subjetividade, a afetividade e
a vida é irracional. A racionalidade deve reconhecer a parte de
afeto, de amor e de arrependimento. A verdadeira racionalidade
conhece os limites da lógica, do determinismo e do mecanicismo;
sabe que a mente humana não poderia ser onisciente, que a
realidade comporta mistério.”
60 anos!
O término de uma fase e o início de outra, mais tranquila, mais serena, porque assentada na compreensão de que nada há a reclamar ou blasfemar, mas tudo há a se encantar e agradecer.
Acredito que esta seja a chave, o segredo, o ponto principal: A gratidão!
Quando mais gratos, mais saudáveis, mais perceptivos ao mundo incrível que nos cerca, mais abertos estarão nossos olhos para a infinita avenida florida à nossa frente.
Disse uma vez, e repito aqui, se tivesse que fazer tudo de novo, reescrever a história, seria exatamente como foi, pois só desta forma pude encontrar pela vida pessoas tão maravilhosas, tão incríveis, tão humanas, que encantaram e encantam minha alma, e encantarão pela eternidade.
Só tenho que ser grato por tudo e por todos que me trouxeram até aqui, porque sozinho não teria chegado.
Há sessenta anos nascia o “pequetucho”.
A mãe, ligada visceralmente à espiritualidade, pede a Nossa Senhora Aparecida que seja madrinha da criança. Parece que Ela ouviu.
Madrinha, não permita que o frio tome conta de meu coração, de minha alma.
Por favor, não permita que o lume se apague e continue aquecendo, com seu manto sagrado, a esta criança que aceitastes como afilhado.
Dei forma à minha quimera
E nela vi cores, transformações
Fui um pouco Morfeu e quis metamorfosear
a sensação de uma ação que só um sonho sabe contar!
"UM SÓ"
Quero perder-me em ti
Envolver-me na tua quimera
Somos uma só carne, uma só alma, um só corpo
Rompeste em mim todos os medos, onde eu residi
Habitaste no meu peito; no tempo certo
Enlaço-me nos teus braços; sem negar que te amo
Aprendi a sonhar
Depois em ti na conjugação de nós
Devolveste-me a vida
Que as mágoas me prendiam ao chão
Saborear o teu aroma, é perder-me no teu sabor
Sentir-te junto de mim, como se fôssemos um só
Quero-te muito meu amor
Como o perfume das acácias
Derreter-me no calor do teu corpo
As nossas mãos dadas com os dedos entrelaçados
Que nos tornam num só
Um só coração, uma só alma, um só corpo!
O Ultimo Poema ( Sandra Lima)
Quimera! sonhar-te anjo, criatura vil.
Te vestes de sol pra esconder as trevas do teu coração.
Tens a missão de causar dor, e aversão, anjo das trevas
tenebrosa figura.
Deixa chagas em almas puras, devoras a fé, destroi as
esperanças , sujas o sagrado, e profanas o divino.
Tua teia enternece e fascina, presa cativa, fome
saciada, morte é tua empreitada.
Pensei morrer em tuas teias, pelo veneno
que corre de tuas veias, mas te afastastes a tempo
de me desvencilhar , bendito tempo que impussesse
entre nós, libertou minha vida, calou minha voz.
Quimera
Sucção, gana.
Gosto, luxúria e ânsia.
Efêmera infinita...
Mentira! vontade mal dita.
Este sentimento ao avesso
Que corre dentro do peito,
Grita por desapego
Não! não há como tê-lo.
Debaixo dum sereno,
Chuvas de verão
Gotejam minha pele.
No vazio que restou,
Há um peito cheio de dor
E de amor, inundada minh'alma ficou.
Quimera
Aí amigo quem me dera
Ter tudo o que sonhei
Naveguei nessa quimera
Às vezes até me atrapalhei
Como é bom ter sonhos
Viajar na maionese
Todos têm eu suponho
Vontades e interesses
Sonhar faz bem a saúde
Eleva em alguns quesitos
Desta vida de inquietude
Quem não sonha sempre perde
O grande prazer de viver
Já sonhar eleva a vida e enaltece
Minha quimera é mais real do que desejo, um realejo que impregna meus ouvidos. O mais ácido que se finge sutileza
é a beleza camuflada de inimigo.
Aguda sapiência
Destrua os grilhões que te prendem
Plenamente estás liberto da quimera
Os impostores finalmente se rendem
Ao teu gênio impetuoso de pantera
Romance sem as luzes apagadas
Pois não há nada para esconder
Casais andando de mãos dadas
Para que todo mundo possa ver
Fale em público em alto e bom tom
Assim serás por uns quantos notado
Não se esqueça de aumentar o som
Quando o teu hino de vida for tocado
Boa ação sem exigir dividendos
Afinal o caráter é o maior lucro
Distribuir sinceros cumprimentos
Sendo a humildade um invólucro
Atire o projétil da aguda sapiência
De modo que finde a ignorância
Combata a popular maledicência
Proferindo discursos de relevância.