Quietude
Versos tecidos no silêncio
Quantas horas leva alguém para se tornar expert em um assunto?
Foram milhares as horas que dediquei ao meu silêncio.
Hoje, é a língua na qual possuo maior fluência.
Aprendi a escutar o tempo,
a respirar o compasso de cada segundo.
Ao respeitar sua dança, percebi:
o silêncio não é ausência,
mas uma fonte infinita de compreensão.
No silêncio, as palavras ganham novos contornos,
como se cada sílaba fosse esculpida pela quietude.
A ausência de som cria melodias invisíveis,
e os sentimentos nascem, livres,
sem a limitação da fala.
Uma sinfonia espacial.
Descobri que, quando a boca cala,
outros sentidos florescem.
Os olhos traduzem o que os lábios calam,
o olfato beija o tato,
e os ouvidos, ah, eles leem o murmúrio do mundo.
Na quietude, encontrei a língua do sentir.
Foi assim que fiz poesias com meus sentidos.
O que realmente conta é o que fica quando tudo o mais se desfaz. As palavras dos outros, os títulos que nos dão, são sombras de um jogo que o tempo apaga sem esforço. No fim, o que sobra é o que sempre foi, aquela parte de nós que não se altera com as mudanças do mundo. E eu permaneço. Não sou moldado pelos nomes que me impõem, nem pelos olhares que me pesam. Sou aquilo que sou, e isso basta.
Não é teimosia manter-me assim. É antes uma certeza, uma verdade silenciosa que dispensa aplausos. Não preciso de aprovação, de ser mais ou parecer outro. Ser é o suficiente. Ser, sem procurar adornos, sem correr atrás de uma imagem que não me pertence, é a única coisa que faz sentido. O resto são máscaras que o vento leva, sem deixar rastro.
A constância em mim não é imobilidade. É uma firmeza tranquila, a tranquilidade de quem não se aflige com o que é transitório. O que sou já me basta, porque conheço a minha essência, e nada fora de mim a pode mudar. Nessa simplicidade, encontro liberdade. Não há pressa, não há necessidade de ser mais. Ser, só ser, já é uma plenitude. O que sou é completo por si só, sem precisar de artifícios, porque a maior liberdade é não precisar de nada para ser quem sou.
O que conta de verdade é o que permanece quando os rótulos se desfazem — e eu permaneço, igual, inalterado. Não preciso de nada além do que sou.
O que conta de verdade é o que permanece quando os rótulos se desfazem — e eu permaneço, igual a mim mesmo. A única certeza que tenho é a essência do que sou.
Ser, só ser, já é uma plenitude, porque a maior liberdade é não precisar de nada para ser quem sou.
O silêncio pode ser uma forma de presença tão plena quanto as palavras. Não ter algo a dizer não implica vazio ou ausência; pelo contrário, pode ser um sinal de serenidade, de quem encontra na quietude o espaço para estar.
Vivemos numa era onde o ruído constante é quase obrigatório — opiniões, comentários, respostas imediatas. Mas o silêncio, por vezes, é a maior das respostas. Ele não é sinónimo de tristeza ou desconforto; pode ser a companhia de quem se sente confortável consigo mesmo, que não precisa preencher cada momento com palavras para existir.
Há também uma força no silêncio. Ele carrega o que as palavras não conseguem alcançar: a profundidade dos pensamentos, o peso das emoções, a verdade das pausas. Estar em silêncio é estar inteiro, permitir que o mundo se desenrole sem a necessidade de intervenção constante, e aceitar que nem tudo precisa ser dito, porque nem tudo pode ser traduzido.
Assim, o silêncio não é ausência, mas presença num outro tom.
Um momento de solitude
é bastente necessário,
fortalece e conforta a mente,
é como um banho de quietude
que purifica o espírito
e suas forças restabelece.
Nota sobre ela:
Gostava de ficar ali quietinha, sozinha, misturada aos elementos da paisagem, até que um dia tornou-se parte integrante dela.
"...Tenho alguns saberes, que me fazem apreendedor.
Uma arquitetura de razões pronunciadas.
Das mais súbitas, como aquelas a se moldar na quietude,
Como as derradeiras, que se pungem na pele na alma..."
In Do Aprender
REVERÊNCIA
minha tristura
saúda a lágrima
e nesta usura
a vida é estima
na ternura
se em baixa ou em cima
saúdo a loucura...
no silêncio, um covil
solidão
tudo é funil
só amor é coração
e possível
com emoção...
O resto falível!
© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
Março de 2017
Cerrado goiano
A SOLIDÃO QUE INQUIETA (soneto)
A solidão que inquieta, pesar repicado
Da distância, que a lamentar me vejo
Não basta o choro por estar separado
São infortúnios do fado que lacrimejo
Tão pouco é saber que sou amado
Nem só querer o teu olhar: o quero
Muito. Este sentimento tão delicado
Onde os versos rimam no teu beijo
São saudades que no peito, consomem
Que não me acanham, e é tal pobreza
Do vazio, por eu não ao teu lado estar
Mas eleva o afeto dum piegas homem
Ser de erros sempre e, na maior pureza
Existir no amador e humanamente amar...
© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
2018, agosto
Cerrado goiano
Olavobilaquiando
Cansei de correr, de me atropelar no fazer… Hoje, escolho ser mais “Maria” e menos “Marta”. Quero sentar aos pés do Mestre e apenas… ouvir.
CLASSIFICAÇÃO DA MENTE E DA CONSCIÊNCIA DA ALMA HUMANA
A Mente e a Consciência da Alma podem ser classificadas segundo vários critérios, todavia, aqui são apresentados alguns critérios mais gerais para fácil compreensão.
1. CLASSIFICAÇÃO DA MENTE
A Mente pode ser classificada quanto a globalidade, cultura geral e ofício.
Quanto a globalidade a Mente pode ser Global como no caso do hábito no futebol e redes sociais ou Local como no caso do hábito nos ritos de iniciação.
Quanto a cultura geral a Mente pode ser, por exemplo, Oriental como no caso dos costumes Asiáticos ou Ocidental como no caso dos costumes Europeus.
Quanto ao ofício a Mente pode ser, por exemplo, Subordinante como no caso das atitudes de um chefe ou Subordinada como no caso das atitudes de um empregado, Militar como no caso das atitudes de um policial ou Docente como no caso das atitudes de um professor ou Médica como no caso das atitudes de um enfermeiro.
2. CLASSIFICAÇÃO DA CONSCIÊNCIA
A Consciência pode ser classificada quanto a quietude, beneficência e espiritualidade.
Quanto a quietude a Consciência pode ser Quieta nas Almas que por natureza são tranquilas ou Irrequieta nas Almas que por natureza são inquietas.
Quanto a beneficência a Consciência pode ser Benéfica nas Almas tendentes ao bem ou Maléfica nas Almas tendentes ao mal.
Quanto a espiritualidade a Consciência pode ser Espiritual nas Almas espiritualistas ou Corporal nas Almas materialistas.
Duas Almas, podem ter mesma Mente e Consciência diferente ou podem ter mesma Consciência e Mente diferente!
Por exemplo, num casal em que ambos tem Mente Médica um cônjuge pode ter Consciência Quieta enquanto o outro Irrequieta, num casal em que ambos tem Consciência Irrequieta um pode ter Mente Militar enquanto o outro Mente Docente.
TIPOS DE ALMAS HUMANAS SEGUNDO OS PADRÕES DE CONSCIÊNCIA
A Consciência pode Quieta ou Irrequieta, Benéfica ou Maléfica e Espiritual ou Corporal.
A organização sequencial variável dessas Consciências possibilita formar vários padrões de Consciência ou padrões de tendência de uma Alma Humana.
Por sua vez, o Padrão de Consciência possibilita a existência de vários tipos de Almas Humanas, por exemplo:
1. Alma Quieta, Benéfica e Espiritual.
2. Alma Irrequieta, Benéfica e Espiritual.
3. Alma Quieta, Benéfica e Corporal.
4. Alma Irrequieta, Benéfica e Corporal.
5. Alma Quieta, Maléfica e Corporal.
6. Alma Irrequieta, Maléfica e Corporal.
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