Quem Nao da Audiencia Abre Concorrencia
Tenho tudo,e,ao mesmo tempo não possuo nada,pois o vazio de não ter você,ultrapassa todos os limites.
GOSTO DE QUALIDADE, NÃO APENAS DE OLHA UM ROSTINHO BONITO!! beleza e quantidade nunca foi qualidade
"Julio cesar"
E hoje me bateu uma saudade. Não uma saudade que se traduz em quilômetros, e sim, saudade daquela pessoa que já fez parte da minha história. Saudade daquele abraço que já foi dado e que não pode ser repetido. Saudade daquela palavra já pronunciada, mas que já não pode ser ouvida novamente. Saudade daquele momento único, que foi aproveitado ao máximo, simplismente por já sabermos que desencontros acontecem. Só nesse momento, pude entender o real significado daquele clichê, "saudade não tem braço, mas aperta."
Não há nada mais esclarecedor que um abraço. A partir desse momento, desse contato entre dois conhecidos, poderemos entender qual o real sentimento, e esclarecer o sentido de certas pessoas em nossas vidas !
Não tem jeito!
Quanto mais eu digo que não vou sentir saudade, mais aperta essa vontade de te ver de te abraçar, de estar contigo. Eu acordo na madrugada. Eu choro. Eu penso que fiz errado. Insisto que não foi tão errado assim. Caio no choro novamente. Lembro, apesar das lágrimas, não vou te ter aqui de novo, comigo, no nosso canto, no nosso amor, mas ainda vou te ter na nossa história que nem com o término teve um fim, pelo contrário, com esse fim, veio uma grande avalanche, veio um sentimento que tinha morrido e pra meu medo e dor ressuscitou aqui, agora. Não tem sensação pior, que ver uma pessoa fugindo da sua vida, como se fosse água em suas mãos! E isso me faz fraca, me faz ter insônia e náuseas. Porque sei que pra você se foi, e o seu sentimento foi junto. Mas não tem jeito, enquanto eu puder, vou insistir e te fazer entender, que ele tem que voltar, que ele tem que vir pra junto de mim, pra junto de nós, agora nós, pena que somente, e por momento em meu, somente em meu pensamento, e em meu coração que mesmo triste, te espera.
O meu erro é achar que a minha estrada não tem curvas, quando tenho que aprender a lidar com elas, meus acidentes são inevitáveis. Ando numa velocidade, que as paradas são bruscas, e minhas marchas são reduzidas mas não ficam neutras, não pαro, caio, mas levanto... E assim sigo, caindo, me machucando, mas não demoro no chão, e continuo a seguir!
Se for pra ficar, fique e finque suas raízes aqui, por inteiro, com amor. Mas se não for completo, vá, vá e não volte nunca mais. Não quero que deixe nem lembranças, e muito menos suas raízes aqui em mim, agora "uma só", onde já existiu um "nós dois".
O medo do incerto – Rafael Rocha
23/03/2012
“ O medo transcende meu orgulho, eu tento não imaginar se pode piorar, eu tento imaginar como seria se tudo fosse como você descreveu ...
A imaginação voa pairando sobre meu pensamento, eu apenas olho para a janela tentando entender, que estando fácil ou difícil, você sempre esteve comigo
Você me fez entender, que o que não me mata, me torna mais forte
O que não me esmaga, me prepara para o dia seguinte
As manhãs parecem ser iguais quando ninguém está por perto
E as nuvens se escondem de vergonha do meu próprio medo, eu pensei não estar perdido, mas a perdição era somente o início, eu baseava minhas esperanças na coragem de quem me fortalecia, e eu queria saber voar, mas o meu medo limitava minha visão
O horizonte todos os dias se escondiam no medo do sol nunca mais aparecer
O clima mudou, os ventos são quentes e fortes, e tudo porque a sombra das gaivotas das manhãs geladas nunca mais sombriaram.Como eu queria estar entre meus amigos novamente
Mas, o brilho da solidão parece um doce veneno, quando comparado a dor do amor
E isso grifa minha perdição, aumente minha solidão, e machuca meu coração
Todos fugiram, todos correram, porque se um dia eu os achá-los no caminho da vida eu poderei olhar para dentro dos seus olhos e suavemente dizer:
- Eu não me esqueci de você, então porque você se esqueceu de mim?
Eu pretendo um dia, olhar para você e dizer que o seu incentivo, me fez motivado o suficiente para ser feliz para olhar nossos nomes escritos nas estrelas
Eu apenas agradeço, porque somente você vale-me mais do que todos que me abandonaram, eu não guardo mágoas, mas também ... não esqueço a quem me negou.”
Tem que rir pra não chorar, é nas pequenas coisas que vimos as grandes pessoas, por isso que eu gosto de ti...
Por mais que não de importancia a isso.
AS VEZES...
As vezes temos a mania de achar que existem pessoas que não vivem sem a gente, e descobrimos que somos nos quem não suportamos ficar longe delas
As vezes achamos que somos amados por aqueles que nos chamam de amigos, e sofremos quando descobrimos a verdade
As vezes acreditamos que as pessoas podem mudar, as vezes mudamos por não aceitar
As vezes criamos expectativas em cima de quem nada tem a nos oferecer, as vezes criam expectativas quando nada temos a oferecer
As vezes acreditamos que podemos amar sem ferir, as vezes ferimos acreditando que podemos amar
As vezes mudamos de atitude para agradar, as vezes desagradamos por mudar
As vezes choramos de tanta alegria, as vezes sorrimos tentando disfarçar
As vezes descobrimos que para as coisas acontecerem é só uma questão de tempo, e descobrimos que o tempo é longo pra quem esperar
As vezes nos achamos tão corretos, incapazes de magoar, as vezes magoamos tentando acertar
As vezes pensamos ser incapazes de perdoar, e nos descobrimos capazes de amar
A VIDA COMO ELA É
Não celebramos os clássicos por acaso. Eles nos ensinam métodos de composição literária, refletem um momento dentro do tempo, mostram a cultura, costumes, movimentos sociais, estética dominante. Foi assim com o Romantismo, por exemplo, uma das mais fortes e produtivas correntes literárias. E foi assim também com o Realismo, que veio em seguida para trazer a obra literária para mais perto da realidade. Exagerou na crueza das situações e na nudez das descrições. Mas, em literatura, como na vida, parece certo que o meio-termo é que é o termo certo. E surgiu, nos dias de hoje, uma nova maneira de contar histórias, mesclando o descritivo e o analítico com o subjetivo e o emocional. É uma literatura mais cotidiana, mais a vida como ela é, como queria Nelson Rodrigues. A vida não é novela, mas um mestre da televisão pode tornar uma novela tão expressiva quanto a própria vida. Esse mestre é Walcyr Carrasco, que nos dá a surpresa de trazer à luz "A palavra não dita".
O livro de Walcyr é uma história sincera. Com toda a honestidade, o autor faz com que os personagens interajam, e não lhes esconde os sentimentos. Essa franqueza perpassa o relato inteiro, e as pessoas retratadas revelam suas almas, com as purezas, mesquinharias, temores e anseios que habitam todas as almas. Gente, sem os disfarces românticos ou os exageros realistas. São pessoas, encontrando-se e desencontrando-se. E, por isso mesmo, é a boa literatura, moderna e forte.
Moderna porque trata, do ponto de vista do conteúdo, de temas atuais, observados pelo olhar do jornalista que se acostumou a observar a vida social, a participar e até a alterar o seu rumo. Do ponto de vista da linguagem, é simples e direta, com traços de coloquialidade que trazem à tona os aspectos tribais presentes nos diferentes grupamentos. A naturalidade com que o paulista Walcyr Carrasco trata do linguajar do povo gaúcho, em especial dos jovens de Porto Alegre, revela uma boa pesquisa e um excelente espírito de observação.
Forte porque aborda corajosamente um tema relegado ao noticiário do chamado "mundo cão", e o faz com naturalidade, respeito, e principalmente honestidade.
Lá dentro, na trama narrativa, Walcyr Carrasco vai usando alguns artifícios. Um deles é o de explicar, como se fosse casualmente, termos, vocábulos e situações, com um propósito didático, mas que não soa como aula. E vai buscar apoio na própria linguagem dos jovens, para que tudo seja explicado para o jovem leitor na sua própria forma de comunicação. Coisa de escritor sensível ao mundo que o rodeia.
Mas é o conjunto de valores expressos na narrativa o que dá ao livro o peso pedagógico e que lhe dá motivo para ser comentado neste espaço.
A história de Walcyr Carrasco fala de sinceridade. De honestidade. De lealdade. As más ações contadas no livro não resultam em geral de má índole dos personagens, mas de contingências e circunstâncias. Porque o mundo é assim mesmo. As pessoas não fazem o mal, normalmente, para prejudicar, mas porque escolheram motivos e atitudes erradas diante da vida. O livro fala também que não se deve julgar as pessoas com base em idéias pré-concebidas. Cibele, a personagem principal, narradora, vai aprender isto a todo momento.
Por essas razões é que venho recomendar aos professores que trabalhem em sala o livro "A palavra não dita", de Walcyr Carrasco. Evidentemente os professores terão que destacar e corrigir dois ou três erros de revisão - coisa rara numa editora séria como a Moderna, mas que não comprometem a qualidade geral do livro. É claro também que os professores não deverão abandonar os clássicos, mas uma leitura como esta, complementarmente, ajuda a entender o mundo. O mundo como ele é.
Revista Profissão Mestre, outubro/2007
NO LABORATÓRIO DA VIDA
A educação não precisa necessariamente se realizar dentro de uma sala de aula. O cotidiano da vida é um excelente laboratório, em que se vão misturando doses de atitudes, ações e reações, até encontrar o aristotélico meio-termo. Mas um dos ingredientes mais fundamentais de qualquer dessas misturas é, sem dúvida, o respeito. O respeito tem que estar presente em qualquer experimento social - ou mesmo individual. Isto porque, quem não tem amor-próprio, quem não se respeita, corre o risco de perder o sentido da vida.
A dignidade nasce do respeito que forma o caráter e determina uma vida condizente com ele. Há numerosas histórias de pessoas que se encontraram em situações em que poderiam levar vantagem ilícita, sem que ninguém soubesse e sem que nunca fossem descobertas. Os desfechos de algumas dessas histórias seguem a lógica da esperteza - "já que posso passar impune, por que não aproveitar a ocasião?" Outros seguem uma lógica mais profunda, que respeita a consciência. - "Pode ser que ninguém veja, mas eu estou vendo" - reagirá aquele que se respeita. Na ótica do laboratório vital, aquele que não se respeita não será respeitado.
Respeito é palavra que significa, na sua origem latina (respectus), a ação de olhar para trás. A palavra demonstra, claramente, que a pessoa dotada de respeito é aquela que não esquece o que passou, não se esquece de quem ficou para trás porque envelheceu, morreu ou sofreu. Geralmente se utiliza a palavra respeito para definir a atitude desejável diante de pessoas mais velhas, porque mais vividas, mais sofridas. Merecem, por um cansaço físico, passar à frente nas filas, ter primazia nos transportes, receber atendimento prioritário em hospitais e bancos e em outros serviços públicos ou privados. Isso não significa que devam ser tratados com pena, mas com dignidade. Inclusive no mercado de trabalho. Talvez não tenham a mesma força física. Têm, entretanto, geralmente, mais sabedoria. Viveram mais, experimentaram maiores perdas, amadureceram.
Mas também merece respeito a criança, um ser em formação. O Estatuto da Criança e do Adolescente traz um corolário dos direitos de que são detentoras essas crianças. Essa lei traz proibições inclusive para os pais e outros educadores. Traz exigências ao próprio Estado quanto ao atendimento das necessidades das crianças. Elas não podem ser humilhadas nem agredidas. Em outras palavras, precisam ser respeitadas.
Merece respeito o trabalhador, independentemente de sua profissão. Como é bom trabalhar em um ambiente em que as pessoas respeitam e são respeitadas, em que há hierarquia, mas não humilhação ou prepotência.
Merece respeito a mulher que não pode, por conta de uma desvantagem física (há exceções, é claro) se submeter ao marido agressor. Multiplicam-se os casos de violência doméstica que causam indignação e dor. A covardia do mais forte é intolerável.
Merece respeito todo cidadão, pelos impostos que paga, pelas obrigações que não pode deixar de cumprir. Desrespeita o cidadão o político corrupto, o mentiroso, o demagogo. Desrespeita o cidadão o político que age em interesse próprio ou aquele que é ineficiente na utilização do dinheiro que não lhe pertence.
Merecem respeito todas as pessoas. E isso se aprende em casa, na escola, na vida. E a melhor lição é que é possível vencer sem destruir os próprios princípios. É preciso respeitar os limites, as diferenças, as perdas. É preciso compreender que cada um é diferente. Quantos há que querem mudar tudo em si mesmo, com a intenção de agradar ao outro. Isto é falta de respeito próprio. Será que o outro teria a mesma disposição em mudar tudo para me agradar? Se tiver, tome cuidado. Quem não respeita a si mesmo não há de respeitar o outro também. O mais interessante é que essas coisas são tão simples, tão óbvias e exatamente por isso merecem ser repetidas o tempo todo, como uma composição química testada e comprovada. Porque o difícil é ser simples.
Respeito. No laboratório da vida, vale nos dois sentidos: comigo e com o outro. De mim para mim; do outro para o outro; de mim para o outro, e do outro para mim.
Revista Profissão Mestre, setembro/2007
ENTENDIMENTO,ATITUDE DE INCLUSÃO
"Para entender o coração e a mente de uma pessoa, não olhe para o que ela já conseguiu, mas para o que ela aspira". A frase é de Gibran Khalil Gibran, filósofo e poeta libanês, que viveu entre 1883 e 1931, e resume a qualidade do entendimento. Quem entende também atende. Quem entende também estende - estende a mão e a atenção para a outra pessoa.
Há formas diferentes de perceber a importância do entendimento. Como se sente carente aquele que, diante do juiz, não consegue entender o que ele está dizendo; ou aquele que vai ao consultório e não domina a linguagem que o médico faz questão de rebuscar; ou em uma palestra em que o conferencista faz questão de mostrar que domina termos que não são comuns ao auditório. Para o professor, o entendimento é ainda mais fundamental, porque não se pode ensinar sem entender o aluno. E o aluno não aprende se não entende. É praticamente uma relação de companheirismo.
Um filme francês (O oitavo dia) mostra um verdadeiro retrato do entendimento.
Harry é um profissional de sucesso, mas não consegue o mesmo na vida pessoal. Cansada, a mulher o abandona, levando os dois filhos. No fim de semana em que o filme se passa, Harry deveria pegar os filhos, que vêm para visitá-lo, na estação de trem. Mas, ocupado como sempre, acaba se esquecendo. Os filhos ficam loucos da vida e prometem nunca mais querer vê-lo. E Harry sai dirigindo por uma estrada, para espairecer. Georges é órfão, tem a síndrome de Down, e mora em um hospital psiquiátrico. Nessa tarde, ele fica muito chateado de não receber visita e resolve fugir. Está caminhando por uma estrada, fugindo, sob uma forte neblina, e é quase atropelado pelo carro de Harry. O encontro acidental aproxima os dois. Harry tenta se livrar de Georges, mas uma forte ligação entre ambos é quase imediata. A partir daí, uma amizade especial se desenvolve, que levará a profundas mudanças na vida de Harry.
O ator que interpreta Georges é um jovem francês, com síndrome de Down, que mostrou que talento é resultado de dedicação e esforço. Ele teve o entendimento necessário para levar, ao cinema, a angústia do preconceito e a possibilidade da superação através da gentileza que nasce da amizade, que nasce do amor.
A lição do exemplo
A situação de Georges chama a atenção para a inclusão. Seus sonhos eram os de qualquer outro jovem de sua idade.
Há um mito no sistema educacional que perdura, por mais que a legislação já tenha garantido o contrário, que é o de separar as crianças com deficiência das outras crianças. Esse mito vem do medo de que o professor não consiga lidar com as diferenças. Vem ainda da preocupação de que os alunos não entendam que o outro é diferente e o acabem ridicularizando.
A prática mostra o contrário. Nas salas de aula em que convivem os alunos com deficiência com os outros alunos, nasce um sentimento de respeito e mais do que isso, de solidariedade. É comum, em uma sala com algum aluno que tenha deficiência auditiva, ver toda a sala aprendendo a linguagem de sinais para melhorar a convivência. Alunos empurrando a cadeira de rodas daquele que só se locomove dessa maneira, outros entendendo as dificuldades daquele que traz algum problema. Já dissemos que o jovem é solidário. O aluno é solidário. O preconceito nasce muito mais do discurso viciado de alguns pais que temem que seus filhos não se desenvolvam porque há algum aluno mais atrasado cognitivamente na mesma sala de aula.
Evidentemente, o professor precisa de capacitação para que esse aluno seja de fato incluído. O aluno precisa participar, executar as tarefas que estiverem ao seu alcance. Não precisa de pena, mas de dignidade. E os alunos, ao conviverem com pessoas diferentes, estarão se preparando para a vida. Nos países mais desenvolvidos, já foi superada essa discussão. Não apenas entendem que a inclusão é necessária na escola como o é em toda a sociedade. Dos meios de transporte ao mercado de trabalho, passando por teatros e cinemas e restaurantes.
Oxalá o tempo em que essas pessoas ficavam confinadas em casa, por falta de condições de se desenvolverem, não volte nunca mais. Precisam eles de atenção e de entendimento. Entender o outro faz-me entender a mim mesmo. Entender o outro faz-me melhor porque perco a arrogância de achar que o normal sou eu. O que é ser normal? Talvez no filme seja Georges o mestre de Harry.
Revista Profissão Mestre, edição de julho de 2007
Quando se é jovem;todos os pensamentos nos levam ao amor.E quando não se é mais tão jovem;todos os amores nos levam ao pensamentos.
Um aprendizado contínuo
"Digo: o real não está na saída nem na chegada: ele se dispõe para a gente é no meio da travessia". A frase magistral, extraída da obra Grande Sertão: Veredas, do mestre João Guimarães Rosa, encerra uma série de conceitos, idéias e sugestões capazes de nos arrebatar por dias seguidos, tamanho o seu impacto e a sua densidade. Como quase tudo que o autor de Sagarana escreveu, ela exerce nos leitores um fascínio quase hipnótico, justamente porque representa uma síntese rara que une poesia e filosofia, convidando-nos à reflexão e também à apreciação estética. Ela nos leva a pensar sobre as experiências que vamos acumulando durante a vida e o modo como elas ajudam a moldar nosso caráter, nossa personalidade, nosso jeito singular de ser, de existir no mundo. Nossa convergência ou divergência dos valores, da ética, da moral. Guimarães Rosa parecia mesmo possuir a chave que abre a porta dos mais diversos mistérios que regem a aventura humana. Não foi à toa que, quando de sua morte, o poeta Carlos Drummond de Andrade escreveu para ele o poema "Um chamado João", em que, de forma sábia, questionava a melhor maneira de definir o criador de Riobaldo e Diadorim: "Embaixador do reino/ que há por trás dos reinos,/dos poderes, das/ supostas fórmulas/ do abracadabra, sésamo?/". O poeta de Itabira acertara mais uma vez. Assim como ele próprio o era, há artistas, escritores e pensadores que nos instigam, com suas obras, a encontrar o caminho do meio-termo, do equilíbrio entre a razão e a emoção. Um caminho que nos leva a apreender a magia do real. Um real muitas vezes invadido, enriquecido e incrementado pelas vias do imaginário. Esse imaginário tomado pela percepção aguçada que adquirimos por intermédio de suas histórias, de sua lógica primorosa, de seus sentimentos, de suas emoções. A leitura e o conhecimento são, por assim dizer, as pedras fundamentais das construções que originamos em nossa passagem na Terra. Ambos nos possibilitam, ainda, integrar os mais variados rincões espácio-temporais. Sentimos, por exemplo, um gosto doce de eternidade quando lemos estes versos de "Evocação ao Recife", de Manuel Bandeira: "Recife... /Rua da União.../ A casa de meu avô.../ Nunca pensei que ela acabasse!/Tudo lá parecia impregnado de eternidade/ Recife.../. Rosa, Drummond e Bandeira nos mostram que os grandes artistas e pensadores nos capacitam para uma jornada que mescla as lembranças do passado e a compreensão do presente, perfazendo vias que, comumente, podem nos transportar às paisagens tão sonhadas para o nosso futuro. Três tempos que, juntos, propiciam descobertas fantásticas. O conhecimento que transmitem por intermédio de seus textos e de sua arte nos impulsiona a seguir veredas especiais e a sair das cavernas escuras da ignorância. Foi assim, também, com os filósofos gregos, dentre eles, Aristóteles, que no livro Ética a Nicômaco desenvolveu um verdadeiro tratado sobre a arte do bem-viver. A obra do preceptor de Alexandre, o Grande, foi escrita especialmente para mostrar a Nicômaco, filho de Aristóteles, as direções mais adequadas a tomar para uma vida pautada pela ética, sustentada pela tolerância, pelo respeito aos seus semelhantes, pelo cultivo da amizade e do amor. Escrito há mais de dois mil anos, o texto é cada vez mais atual e necessário. Neste início de século XXI, seria maravilhoso se todos tivessem a oportunidade de se debruçar sobre essa obra magnânima. Foi pensando nisso que apostamos na idéia de realizar trabalhos que divulguem e propaguem idéias fundamentadas nesse livro de Aristóteles, utilizando, no entanto, linguagens e exemplos mais próximos da nossa realidade. É nossa esperança contribuir para que todos, principalmente os mais jovens, despertem para a apreciação de textos mais reflexivos e para a leitura de temas relevantes. Trata-se de uma tentativa de traduzir de forma mais contemporânea os caminhos inicialmente indicados por Aristóteles para a felicidade, para a prática do bem, para o apego à justiça e à sua propagação, para as atitudes moderadas, para a sapiência em concretizar as melhores escolhas, em conhecer e praticar as virtudes mais nobres, em valer-se da razão e do coração, em cultivar o amor e, principalmente, ser feliz. Sabemos que não existem fórmulas prontas ou tampouco mapas que apontem o passo a passo para a edificação de uma vida digna e honrada. Entretanto, temos convicção de que o conhecimento é o único passaporte capaz de levar as pessoas a uma postura verdadeiramente ética e a atitudes condizentes com as sugestões do filósofo grego, que dizia: "Toda a arte e toda a indagação, assim como toda ação e todo o propósito, visam a algum bem". Esse é o nosso maior desejo: fazer o bem para os que buscam compreender um pouco mais sobre o seu norte e sobre as bússolas que podem conduzi-los pelo grande Sertão que é a vida. Acreditamos na grandeza dessa jornada, sobretudo porque temos o respaldo do mestre Rosa, embaixador de todos os reinos, quando afirmou, pela boca da personagem Riobaldo: "Sertão. Sabe o senhor: sertão é onde o pensamento da gente se forma mais forte do que o poder do lugar (...) O sertão é do tamanho do mundo". Que o nosso mundo e as nossas fronteiras possam se expandir, sempre, pela estrada verdejante da ética.
Publicado no Jornal do Commercio
SONHOS EM DEUS...
Por que tudo o que eu sonhei, não aconteceu? Será que Deus se esqueceu de mim?
Muitas vezes esses questionamentos permeiam nossos pensamentos e geram em nós duvidas quanto à eficácia do poder de Deus sobre as nossas vidas. Mas quantas vezes nos perguntamos se o erro não está em nós? Em quais momentos estamos realmente preocupados em ouvir a voz de Deus falando “Não siga por esse caminho!”. Será que Ele não falou e fomos quem nós não entendemos que os nossos planos não são os dEle?!
É mais fácil transferir a culpa para o outro, ao invés de assumir as devidas responsabilidades. Numa sociedade em que os jovens não estão moldados de forma, a saber, que também erram, mas são tratados como aprendizes, alguém que não pode ser responsabilizado por seus atos, acostumou a sempre encontrar um culpado por aquilo que não deu certo. É tratado à contra gostas, enquanto mundo exige mais. Criou-se uma juventude que não está acostumada a perder, a errar, e principalmente, a ouvir a voz do Criador.Ouvir o BASTA de Deus é preciso, estar pronto para o NÃO é necessário, conhecer a quem servimos é essencial para que entendamos que as nossas vontades são fúteis, os nossos desejos não tem sentido, e os nossos sonhos não nos levarão a lugar algum. Quando achamos que nossos planos são maiores que os de Deus, atropelamos a nossa chance de viver a plenitude.
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