Quem me Dera
↠ Corpos leves ↞
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Quem me dera,
ser uma borboleta!
Banhar no pólen da gérbera
ou procurar néctar na violeta.
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Ser uma mariposa,
abandona o casulo na flor-de-lis
ex lagarta pomposa,
em devorar a folha da flor de anis.
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Imaginação povoa,
libélula que sobrevoa
e, aterrissa na papoula.
Há quem me dera pudesse falar de ti,
como quem fala de um amor correspondido,
com a segurança e estabilidade de um porto,
que está sempre no mesmo lugar.
Quem me dera ter a face de uma brisa...
Ter cheiro de pôr do sol...
Ser um barco que passe e ancore.
Ser aconchego, transmitir paz.
Vez ou outra ser o sorriso bobo da manhã. Ser um caminhar, um horizonte.
Uma melodia que agrade a um gosto refinado, que me toque, que me cante. Que eu espelhe no mar, uma sombra de luar platinado. Quero renascer em forma de palavras, com todos os meus detalhes, versos, estrofes e rimas. Ser composição de alguém..
Quem me dera tivesse o dom de usar as palavras baldias, aquelas em desuso, sem o vício da eloquência, sem o peso da malícia e que jamais fossem vazias.
Ah, minha querida! Quem me dera ser bem recebidono teu mundo,
assim, o meu ficaria em festa,
pra nós, tudo teria um significado novo,
pois conheceríamos os sentimentos
e sonhos um do outro
até que viéssemos a dançar no mesmo ritmo, unidos num rico propósito, guiados por Cristo.
A partir daí, juntos iniciaríamos uma
jornada marcada por confiança, desafios, beijos e palavras, tristezas
e bonanças, abraços calorosos,
um dando força ao outro
numa história emocionante de cumplicidade entre lutas e vitórias,
vividas de verdade com uma fé incessante contrariando certas situações amargas e desgastantes.
É claro que a perfeição estaria ausente, sou um sonhador de pés
no chão e se O Senhor quisesse, seríamos dois resilientes de mãos dadas seguindo na mesma direção,
talvez, esta declaração não era esperada e não seja de uma vontade correspondida, mas dificilmente duas pessoas se conhecem e se afeiçoam do nada, ao menos, precisava externar, minha querida.
EXPECTATIVA VITALÍCIA
Ah, ah, ela, a Vida, quem me dera poder sentir o gosto dela quando não a tempo consumido e nem tempo há economizar.
Ah, da vida, o que se espera é que ela tenha gosto.
Pois bem, de uma torta de morango, o que se espera é que ela tenha gosto de morango.
Algumas não tão boas e outras mais ou menos.
Neste diapasão, a vida deve ter gosto é de Felicidade igual ao sentido do amor.
Diferente da paixão que és igual o prazer: momentâneo e satisfatório.
Portanto, o sentido da vida é que ela tenha, ao menos e há de ser - esperado -, gosto da felicidade.
E, da felicidade, ela se resulta do sentido do amar: se renova e renasce a todo instante do tempo da vida, de modo que seja algo sublime, duradouro e aquece a alma.
Quem me dera!
Quem me ajudará!
A encontrar um mundo feito á imagem da minha alma
Quem me derá, poder ser, realmente, o meu verdadeiro eu
Quem me dera!
Quem me dera?
Poder viver sem maquiagens
Quem me dera, poder sorrir, ou mesmo chorar, quando a minha alma assim almejar
Quem me dera, poder viver sem estas correntes fortes, embora, algumas invisíveis.
Quem me dera, com um simples sopro poder por abaixo estas fronteiras que me separam do meu verdadeiro eu
Quem me dera!!
#Quem me #dera
Tentei fugir das sombras que me perseguiam, mas desisti...
Entre bares, nos fundos dos copos, tentei te encontrar.
Todo o amor que nos prendera desfez-se como asas de cera...
Quem me dera...
Quem me dera...
E por vezes as noites me cobrem de angústia...
Tortura-me os dias...
Vivendo sem no entanto ...
Esquecer-me desse encanto...
Que perdi...
Hoje...
Na esquina de cada rua...
Sem ti...
Vagando...
Eu sou...
Tal como a lua...
Sandro Paschoal Nogueira
facebook.com/conservatoria.poeta
quem me dera viver o presente
com a intensidade da saudade que eu sinto
Se eu fosse...
Roberto Costa
*
Um anjo
*
Um anjo quem me dera eu fosse,
E teu sono delicado e doce,
Velaria eu todo dia sem cessar...
E amparar-te-ia como a uma criança,
E sopraria nos teus sonhos a esperança,
E em sonhos, te ensinaria o que é amar
E se muito mais que um anjo eu fosse...
*
Quiçá um rei eu fosse...
*
Ordenaria que habitasses minha corte
E um quarto em ouro todo teu construiria,
E em cedas e setins tu dormirias,
E eu velaria sem cessar, os sonos teus..
*
Mas a verdade é que ...
*
Não sou anjo e muito menos um rei
Sou apenas um homem
Um simples homem
"Apaixonado por sua beleza"...
Quem me dera ter a presciência, para calcular o alcance dos meus passos, saber a altura ideal para projetar-me, saber de antemão do sucesso do meu salto. Mas que entediante seria não ser um homem e sim um gato....
O Partir da Alma ... dialogo -
ALMA:
- No enlouquecer da tarde fugidia
quem me dera morrer no dia,
ir além, à bravura dos horizontes,
cortar a vida, atravessar as pontes.
Estou só na escuridão dos dias!
Tão só à Luz da noite.
Só há vazio e nada!
Tudo é turvo em meu redor.
É negra a hora ...
Vou-me embora ...
Vou-me embora ...
CORPO:
- E aonde vais ó Alma minha?!
ALMA:
- Não importa! Não importa!
Vou-me embora! Vou-me embora!
CORPO:
- E porque vais? Porque vais?
É mal da vida? É mal d'amar?
ALMA:
- Qu'importa? Qu'importa?
Vou-me embora! Vou-me embora!
Corpo:
- E onde está a esperança?
E onde está a vida?
ALMA:
- Está morta! Está morta!
Vou-me embora! Vou-me embora!
CORPO:
- E Deus? Que lhe fizeste?!
ALMA:
- Morreu! Morreu!
Vou-me embora! Vou-me embora!
CORPO:
- Nada há que te apegue à vida,
nada mais t'importa!
Então Alma, parte, é hora ...
... vai embora ... vai embora!
ALMA:
- Nada me deu a Vida!
Irei ... sem pena ... sem demora ...
DEUS:
- E eis que a Alma, nessa hora, partiu,
JAZ MORTA, JAZ MORTA ...
Súplica Vã -
Quem me dera dormir e não acordar mais
nessas horas em que o sono me trespassa
quem me dera ser a causa dos teus ais
nessas noites, em que só, tu não me abraças.
Se tu soubesses meu amor, ai se tu soubesses
quanto espero ver ainda o teu olhar
não ias pela vida como quem esquece
que um dia nos amámos sem esperar.
Se eu pudesse meu amor, ai se eu pudesse
se eu pudesse ser um pranto em tua voz
chorava a noite que me dói e arrefece
quando longe o teu olhar me deixa só.
Se tu pudesses tocar o meu lamento
que se veste de loucura e solidão
este luto que me pesa, meu tormento
teria a cor das aves, brancas, ao serão.
Quem me dera poder sentir
O pôr do sol minha pele aquecer
Ouvir tua voz o momento enaltecer
Deixar a paz do instante fluir
Separados! estamos assim
O crepúsculo que outrora nos uniu
Sol da meia-noite se tornou e nos baniu
Como a rosa vermelha carmesim
Efêmero, brevemente, fugaz
Sentimento lindo que se vai
No infinito do ápice levou a paz
Cá estamos seres viventes de luz
Um é noite, calmaria e solidão
Outro é sol, radiante que reluz
Simplicidade queria eu, te ter.
Quem me dera o não saber.
O pouco que sei me grita vaidade.
Tirarei eu tudo que sei?
Acrescentaria mais do que não sei?
Saber porque sabem?
E não porque sei?
Aprender com a vaidade?
Não porque sangrei?
Quem me dera se a dor, sempre,
me orientasse, me ensinasse.
Teria eu os punhos cortados,
Ou uma espada ao amanhecer?
Levantaria eu para batalha?
Admiraria, então, o que lapidei?
Ó, simplicidade, me abrace.
Empunhe a espada,
ao que te fiz.
Mas que sombra projetei?
Projetei, criei, inventei,
ou é apenas um simulacro,
dos sonhos, que sonhando, sonhei?
E se as rosas falassem? Quem me dera ter a pureza das rosas, que ao receberem impurezas da vida, as transformam em alimento sob a forte luz do sol e distribui a vida em forma de oxigênio.
A seiva que a alimenta, gera a cada espinho uma ferida e cada pétala uma emoção.
Pétala de uma rosa, o maior sinônimo de amor, aveludada na cor vermelho bordô.
Rosa da estação primavera, famosa estação do amor.
Quem me dera ter inventado uma legítima saída,
mesmo antes de ter enfrentado uma apertada entrada.
Quem me dera não ter dado ouvidos aos demónios,
que fizeram de tudo para me entalar na emboscada.
Quem me dera amar e ser amado para me encontrar com a felicidade, pois quem ama sabe quem é de verdade e quem é de mentira;