Que Saudades eu tenho da Aurora da minha Vida
Mesmo consciente de que nasci sozinho do útero de minha mãe, berrando de pavor para o mundo insano, e que embarcarei sozinho num caixão rumo a sei lá o quê, além do pó. O que ou quem cruzo esses dois portos gelados da solidão é vera viagem: véu de maya, ilusão, passatempo. E exigimos o eterno do perecível, loucos.
De repente me passa pela cabeça que a minha presença ou a minha insistência pode talvez irritá-lo. Então, desculpa não insistirei mais.
Eternizar-se
Para você espalhar o amor por ai…
Na minha alma gravei seu nome,
nos meus dedos, registrei sua pele,
nos meus sonhos, sua presença é constante,
no ar, só o teu perfume, inebriando-me.
Na noite, as estrelas que eu vejo refletem você.
Na natureza, me inspiro e te sinto:
na força do mar, que é generoso,
na delicadeza das flores que se abrem,
na paz da brisa da tarde, que me acalma,
na serenidade do alto da montanha,
onde posso ver o mundo, alcançar Deus.
Em você o meu segredo, a esperança,
nuvem que se desenha na minha vida,
carinho sincero de criança,
trecho da estrada que ainda não percorri,
lugares por onde ainda quero passar,
e infinito onde eu espero chegar.
Pois o infinito são teus olhos,
que acendem a chama incompleta do meu ser,
e que nesta data tão especial, se revela,
se mostra como um todo, como tudo,
como a vida deve ser, bela em sua eternidade,
ainda que não seja eterna diante do tempo,
pois somos feitos de matéria perecível.
O relógio do amor não marca horas,
não conta minutos, não se perde em segundos,
registra sentimentos, eterniza os momentos.
Te amo!
Não posso te perder
Neste momento em que sinto que muita coisa boa se perdeu.
Onde a minha paciência se esgotou e as forças sumiram.
Chego a conclusão que tenho andado por caminhos errados.
Forçando situações que eu acreditava serem boas.
Amei quem não me amou.
Trabalhei para quem não me valorizou.
Ajudei quem não soube entender.
Procurei pessoas erradas, lobos em pele de cordeiro.
Cai em ciladas que eu mesmo armei para o meu coração.
Viciei-me na dor e não percebi o quanto sofria.
Até que acordei…
Hoje, recomeço minha caminhada,
com uma fé que não conhecia.
Pensei que a havia perdido.
E hoje, no meio dos meus escombros,
no túnel escuro brilha uma luz.
Descobri que posso perder tudo,
menos o amor de Jesus.
Recomece sim, quantas vezes precisar.
Só não se deixe julgar,
pela lente desastrosa da culpa.
Todos nós estamos em processo de aprendizado.
Errar, acertar, cair e levantar,
faz parte da nossa jornada de evolução.
Fique bem, fique em paz no seu coração.
Lembro como era bom compartilhar minha felicidade com os amigos, falar pelos cotovelos sobre alegrias que soavam até ofensivas àqueles que não entendiam o que se passava no interior de um corpo em festa. Eu costumava ser uma alegoria ambulante. Agora a festa terminou, os copos estão espalhados pelo chão, os pratos sujos, silêncio absoluto, ficou o vazio devorador de uma solidão impossível de ser contada.
Bom Jesus do Itabapoana - minha cidade!
Minha cidade é tão simples,
habitada por gente composta
de qualidades plurais,
características singulares,
daquele que vive e gosta
de viver, conviver,
amar demais.
Bom Jesus abençoou esse pedaço de chão,
abriu seus braços imensos,
espargiu muita luz
pra iluminar o caminho de cada cidadão.
É por isto que os lenços
que se usavam pra chorar,
viraram bandeiras de fé
apontados para a cruz,
agradecendo de pé,
pela dádiva: Bom Jesus!
E tanto tempo terá passado, depois, que tudo se tornará cotidiano e a minha ausência não terá nenhuma importância. Serei apenas memória.
Na minha testa se anunciou
A pé a fé devagar
Foge o destino do azar
Que restou...
Minha autocrítica a certas coisas que escrevo, por exemplo, não importa no caso se boas ou más: mas falta a elas chegar àquele ponto em que a dor se mistura à profunda alegria e a alegria chega a ser dolorosa – pois esse ponto é o aguilhão da vida.
Tudo o que não sei é que constitui a minha verdade.
Ortografia, concordância verbal,
e tudo que envolve gramática
não faz a minha cabeça,
nem muito menos é primordial em minha poesia.
O que é errado hoje, será correto amanhã,
por isso uso e abuso de minha licença poética,
e deixo-me levar apenas pelo sentimento
e pela melodia. :)
E às vezes no silêncio do meu dia, no momento mais conturbado da minha alma, paro pra pensar em quando tudo isso começou. Eu sei, todos nós desperdiçamos oportunidades, chances, pessoas, amores… Mas de alguma forma, quando eu te conheci, eu sabia que seria você. Talvez tenha demorado pra perceber, mas o fato foi que percebi e naquele momento eu tive a certeza de que não podia te perder. Eu temia que fosse amor. Mas, de repente me senti tomada por algo mais forte que eu e de alguma forma você teria que ser meu.
Minha cabeça virou um álbum de fotografias que vou montando diariamente, uma espécie de colagem de minhas cenas inesquecíveis. Elas precisam mesmo ser inesquecíveis, caso contrário me restará apenas o breu. (...) Tenho me apegado aos pedaços do meu corpo, preciso deles para formar um mosaico do que sou. (...) A amplitude agora é interna, meus olhos estão fechando pra fora e abrindo para dentro, e hei de descobrir algo que me interesse e me motive nessa viagem sombria, sem gôndolas, sem tons pastéis, sem pontes nem edificações históricas.
Sem Ana
Quando Ana me deixou - essa frase ficou na minha cabeça, de dois jeitos - e depois que Ana me deixou. Sei que não é exatamente uma frase, só um começo de frase, mas foi o que ficou na minha cabeça. Eu pensava assim: quando Ana me deixou - e essa não-continuação era a única espécie de não continuação que vinha. Entre aquele quando e aquele depois, não havia nada mais na minha cabeça nem na minha vida além do espaço em branco deixado pela ausência de Ana, embora eu pudesse preenchê-lo - esse espaço branco sem Ana - de muitas formas, tantas quantas quisesse, com palavras ou ações. Ou não-palavras e não-ações, porque o silêncio e a imobilidade foram dois dos jeitos menos dolorosos que encontrei, naquele tempo, para ocupar meus dias, meu apartamento, minha cama, meus passeios, meus jantares, meus pensamentos, minhas trepadas e todas essas outras coisas que formam uma vida com ou sem alguém como Ana dentro dela.
Minha mente tem falhado cada vez mais;
além de engolir palavras,
fato mais emblematicamente registrado
no último verso do poema VIDA.
'A vida é muito para ser insignificante'
era pra ser, na verdade, 'a vida é muito curta para ser insignificante',
mas eu engoli o 'curta' ),
e agora também estou a cometer
erros grosseiros de português
e de digitação.
Não que eu seja um defensor severo da gramática.
Definitivamente, não dou a mínima pra ela.
Mas cometer erros grosseiros tem evidenciado
que algo não está funcionando bem em minha mente.
Eu me percebo e sei bem qual o meu destino.
Provavelmente padecerei de alzheimer.
Tenho histórico de alzheimer em minha família,
e já sofri problemas graves de memória.
Então é provável que eu termine a vida
sem reconhecer meus familiares,
meus amigos, meus amores,
e seja incapaz de reconhecer ao menos um verso meu...
Mas isso é o de menos, eles nunca foram meus:
o que eu escrevo é pra vocês. :)
Minha maior dor é não saber fazer a única coisa que me interessa no mundo que é amar alguém...(...) Me perdoe pela loucura que é algo tão pequeno precisando de amor e ao mesmo tempo algo tão grande que expulsa o amor o tempo todo. Eu sou uma sanfona de esperança. Eu tenho estria na alma."
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