Que Saudade dos meus 15 anos
É possível alguém ter tanta fé assim na ciência?, ela se perguntou um dia. Na época, aos treze anos, ela ainda tinha algum resquício de fé em Deus, fazia o sinal da cruz ao passar em frentea uma igreja, imitando a avó, mas sentia que sua religiosidadeera apenas residual, algo de hábito, que nunca fora forte, nuncafora relevante, e logo desapareceria por completo. A questão era:quando finalmente abandonasse esses atos mínimos que a ligavam a uma religião, finalmente adotaria a frieza científica do pai?
Salmo 28
(Giovane Silva Santos )
Oh senhor Deus!
Ao longo dos 42 anos não encontro paz.
Antes que chegue minha morte, julgue minha causa.
Sei de toda sua imensidão.
Sei de teu amor , que nos mostrou em Jesus.
Sei que não tenho o brilho dos teus olhos.
Tão falho sou e desprovido de fé.
A dúvida paira minha mente.
E teu espírito tem mim rejeitado.
Talvez a minha árvore familiar tens aborrecido.
A ausência de fidelidade.
Estou longe da história da construção de tua vida.
Porém sou este pequeno que chama, clama, grita e suplica.
Humilho sem medo e sem receio.
Pois esta criatura quer refúgio e teus braços é o consolo dos necessitados.
Minhas aflições consomem meus anos.
A cama é um triste consolo.
O inimigo se alegra com minha derrota.
Ele dá risadas e zomba do meu fracasso.
Mas preciso dizer.
Minha esperança vive no senhor.
Revigore este espírito.
Aparte me das ciladas violentas do inimigo.
Sou este oprimido e necessitado.
Temo as investidas ferozes e implacável dos que me perseguem.
Examina e veja oh altíssimo se mereço seu escudo.
A misericórdia da cruz Seja meu alento.
Se há algum prazer nessa minha alma oh altíssimo, traga socorro e livramento.
Vivifica essa vida que abatida está.
O Beijo perto do lago
Eu te via passar e pensava:
De onde será que ela vem?
Quantos anos será que tem?
Ao te ver meu corpo arrepiava.
Cinco anos depois nos falamos.
Mas eu nem sabia que era você:
A mulher que eu adorava ver
Que um dia sonhei em nos encontrarmos.
Lá estávamos nós conversando.
Quando ia dizer você disse,
Que há tempos andava me observando.
Um café na padaria
O Beijo perto do lago
Assim tudo começaria. ..
"Uma vez que, o sábio dialoga com a solidão e o ignorante com as multidões. Talvez durante anos da vida de um sábio, sua maior infâmia seja, ofertar à ignorância o valor que não lhe é digno. Dando-lhe pôr sinônimo de paz de espírito e felicidade. Enquanto o erudito é inconformado com as questões do mundo a sua volta, dialogando consigo mesmo. O néscio, sobrepuja as barreiras do pensamento lógico, bebendo, festejando e dormindo em berço esplendido. Certo de que o mundo simplesmente funciona."
Twitter.:@JovemInfluenc e Facebook: @eraumavezumtalbrasil
Completando hoje 61 anos de idade.
Faço essa breve reflexão, num ensaio poético do momento que vivemos:
As horas e os dias passam, o tempo insiste em continuar
E esses últimos dias passam, como se fosse um filme
A irreversilibilidade do tempo, que calcula o incalculável
Vai passar, vai ficar
A ausência de trocas de afeto
Criando a força do uso das palavras
Da arte
Da poesia
Da fotografia
E da empatia
O cheiro do álcool que exala no ar
O movimento desconexo do corpo
A fragilidade da vida
A inocência e a impiedade
A luz do silêncio
O barulho do mar
O calor do dia, desse dia
O renascer da simplicidade
O nascer do sol
A presença do Criador
A fugacidade da alegria
E a felicidade espontânea.
Paulo Maramutá.
Manhã de 18 de abril 2020.
Décimo nono Aniversário do nosso FILHO…
Faz hoje, dezanove anos Amigos;
Que A minha AMADA, outro FILHO a mim deu;
De um CASALINHO, que DELA nasceu;
Que sortudo eu tão sou, por TAIS Queridos!
Por isso, hoje estou a cá tão festejar;
Mais UM nascer da vida em nós havido;
Tão tido, Neste FILHINHO querido;
Que com vida, a nós resolveu, brindar!
Que sortudo eu tão sou, com tais FILHINHOS;
Que um dia, cá fizemos com prazer;
Por nunca a minha Amada, eu importunar!...
Daí, eu tão saber que SÃO CARINHOS;
Que um dia, ambos cá quisemos fazer;
Em de ambos, desejos de acasalar.
Por bem saber, [devido a o macho ser] que a mim sempre coube, EVITAR nela: o desprazer, com prazer;
Durante anos, tive apenas raiva, uma enorme raiva que sentia até fisicamente e à qual atribuí tudo de ruim na minha vida...
Não importa quantos anos tens de vida, se acreditas verdadeiramente em Deus,
teu coração viverá para sempre, iluminado pela Luz da Eternidade de Deus.
Foi há muitos e muitos anos já, desde que eu apanhei o meu navio num reino ao pé do mar. Eu disse...
Aquela que eu soube amar e desfrutar e fazermos amor no navio com as estrelas por cima de nós.
E vivia sem outro pensamento porque te admira como pessoa e como mulher que és.
Que amar-me e eu a adorar de poder ver te e beijar-te.
Eu era criança e ela era criança, agora homem e mulher apaixonados pela vida.
A Bíblia é tão cheia de propósitos que, se eu vivesse mais 300 anos, ainda seriam poucos os dias da minha alma para realizá-los.
A corrida pode não colocar mais anos em nossas vidas, mas com certeza coloca mais vida em nossos anos
Valorize teus inimigos e terá com eles longos anos de convivência. Despreza-os e eles desaparecerão no horizonte.
Eu tinha medo de ir para a escola quando tinha uns 8 anos. Medo é a palavra mesmo e hoje eu nomeio o sentimento que já foi chamado de frescura e preguiça. Era medo. Na época eu estudava no Ramão, lá em Guará e apanhava de alguns meninos mais velhos mas meus pais estavam passando por um divórcio difícil e eu não queria preocupar ninguém, então ia com medo mesmo, c’est la vie, eu diria hoje, e levava meu corpo fraco cotidianamente para a roleta russa de apanhar ou não.
Nessa escola havia a melhor professora do mundo: Tia Helenice. Ela era uma mulher rica para os meus padrões de consumo da época, toda arrumada, com uma jaqueta de couro e o cabelo cortado baixo é uma doçura que não é típica dessa classe e tampouco daquele lugar. Por um motivo que eu desconheço, a tia Helenice foi com a minha cara, me tirou da carteira do fundo, me incentivou em todos os aspectos e eu fui - dentro de um ano- quase uma experiência de angicos, me tronando um dos melhores alunos da sala.
Naquele ano aprendi a ler decentemente, comecei a prestar atenção nas aulas, aprendi até matemática. Foi transformador. E hoje, passados mais de vinte anos, o cabelinho cortado e pintado da minha professora ainda está vivo na minha memória e eu entendo que ser professor é o que ela fez por mim e que é por causa dela que eu sou professor hoje. Através de uma professora de uma escola pública de bairro pobre eu fui transformado.
Nunca mais vi a minha querida professora. Não sei nem se está viva, mas para mim, ela representa muito mais do que qualquer professor com phd que conheci ao longo da minha vida.

Eu fiz terapia por muitos anos. Paguei caro para os profissionais e farmacêuticos para me curar da depressão que me arrastou por muitos anos, mas foi estar sozinho, em outro ambiente, em outro país pensando sobre a minha vida e convivendo comigo mesmo que eu fui - senão curado- algo próximo disso. Rivotril e carbolithium ajudaram, mas a Alitalia ajudou mais e foi mais barata.
Viajar sozinho tem esse poder impactante de nos revelar a nós mesmos. Nos permite, como diria Nietzsche, nos tornarmos quem somos. Estar longe do que é certo e comum a mim, lança sobre as minhas idiossincrasias a luz da verdade e não é possível manter-se imóvel diante disso.
Na última viagem, a que me curou de certa forma, foi que eu entendi uma coisa: que as nossas desgraças não nos impedem de seguir a vida, de realizar nossos sonhos e de sorrir, se não deixarmos. Clichê demais, mas é verdade.
Nessa de agora, tenho sido lembrado do amor. Como alguém sequelado pela dor que de repente pensa que talvez possa sim ser amado a despeito de tudo que já passou. Eu sou constantemente lembrado que dá para ser amado através de uma família que eu agora entendo que é minha apesar de termos sobrenomes e raizes absolutamente diversas. Como não os havia visto há mais de 5 anos, tinha esquecido disso. Mas me lembrei agora e que força isso dá. Acho que é isso que é o amor: força. Força para continuar por causa dos outros, força para fazer o que for necessário para retribuir o amor que se recebe. Não sei se todos pensam assim, mas eu fui recarregado nessa última semana. E como é bom.
Desapego
se a fenda em meu peito é falha,
profunda como uma cisterna,
que a anos armazena minhas lágrimas,
é melhor que hoje eu esvazie ela.
que meus prantos encontre outras águas,
que anime e cuide bem dela.
pois a dor não se cura com a raiva,
e sim com amor, como o fogo em uma vela.
Eu nunca soube por que escrevia
Às vezes eram frequentes...
Outras demoravam até anos.
Descobrir que a tristeza, dor e frustração me movem.
Mas não é qualquer dor
É a dor do amor
A dor mais louca e confusa
Hoje eu não sei o que fazer.
E agora sou eu
Sou eu!
Como posso decidir?
Eu só quero ir embora sem culpa
Sem medo
Você e eu não existimos mais
Só fingimos
Só fingimos
Eu sou quero ir
Sem olhar para traz
Sem apego
