Que Saudade dos meus 15 anos
sessão terror
Três jovens com idade de quinze anos cada um, descobrem em um livro uma brincadeira onde se usa um compasso e um círculo com letras para atrair espíritos e poder prever o futuro. Era década 70 onde muitas coisas novas estavam sendo descobertas. Assim fizeram, Alice, Rogério e Ludmila. Se reuniram na casa de Alice que estaria sozinha em uma noite de luar naquele verão. Sentaram-se na mesa da cozinha, desenharam um círculo em um papel, escreveram as letras do alfabeto acompanhando o desenho e as palavras "Sim" e "Não" nas laterais. Antes de começarem eles conversam e com um pouco de medo se certificam do ato. Rogério começa, segura o compasso no centro e pergunta se eles podem iniciar as brincadeiras: O compasso gira, gira e cai no Sim. As meninas começam a rir e dizem que ele fez de propósito, mas Rogério jura que não. Ludmila é a segunda a mexer e pergunta se o espírito que está com eles é homem ou mulher, e mais uma vez o compasso gira mas não aponta para nenhum lugar, ela desiste e passa a vez para Alice que insiste na mesma pergunta mas desta vez eles constatam que quem está com eles é um homem. Os amigos muitas vezes param e começam a rir um das caras dos outros mas com o passar das horas o assunto vai ficando sério. Em uma de suas perguntas Rogério questiona o espírito sobre como haveria sido sua morte. A resposta é breve: "Dolorosa" o compasso soletra em suas voltas. Eles cada vez mais vão ficando curiosos, e vão se esquecendo que quanto mais tempo eles segurarem um espírito mais almas poderão ser atraídas para perto deles. Alice faz uma pergunta curiosa e assustadora: "Como era a pessoa que havia matado Paul, como era chamado o homem americano que estava em forma de espírito respondendo as perguntas." Letra por letra o compasso roda, e ele descreve como uma pessoa de máscara branca e roupa preta que com uma faca o esquartejou.
Alice fica assustada e larga o compasso que misteriosamente faz um pequeno movimento na mesa, mas que ninguém percebe. Já completava duas horas que eles estavam atraíndo espíritos para dentro da casa de Alice. Ludmila começa a duvidar da veracidade do espírito e pede uma prova. O compasso roda, roda, roda e nada acontece quando Ludmila que estava apoiada na mesa acaba escorregando e enfiando a ponta do compasso em sua mão. O corte havia sido bem grande e muito sangue estava na mão esquerda da menina. Os amigos desistem na hora da brincadeira e ajudam a fazer curativos.
O que eles não esperavam era que a maldição estava apenas começando. Um mês depois do susto eles decidem terminar a brincadeira, porque assim como tinham pedido para entrar na brincadeira, com o acidente de Ludmila haviam esquecido de perdir para sair. Recomeçam o jogo, Rogério pede para que Paul retorne mas não tem resultados o mesmo aconteceu com Alice e com Ludmila foi diferente, Paul retorna e gira o compasso até se formar a palavra "Sorry" onde dizia-se responsável pelo acidente da menina. Todos ficam aterrorizados e conseguem sair da brincadeira e juram guardar segredo sobre aquilo. Dez anos se passam. Alice, Rogério e Ludmila não se falavam mais devido ao rumo que a vida de cada um havia tomado. Ludmila havia se tornado uma pessoa que se interessava por assuntos místicos e acabou descobrindo que quando uma pessoa é ferida em alguma brincadeira com espírito ela carregaria o mal por toda sua vida. Com isso, começou a buscar ajuda em vários lugares espíritas. Pensando estar livre, segue sua vida com muita felicidade. Agora nos dias atuais, Ludmila já estava casada e tinha uma filha de 7 anos. Nos últimos meses ela não estava muito bem, na maior parte do tempo sentia-se inquieta e tinha muitas dores na mão onde o compasso havia machucado. Ela já havia deixado o espíritismo de lado, mas volta a pegar seus livros para fazer algum ritual de cura. Assim em uma noite em que ela estava sozinha, fez várias rezas, sentiu-se mais leve e foi dormir. Seu marido chega por volta das onze horas da noite com sua filha pois haviam ido à uma festinha de aniversário. Ludmila nem percebe e dorme em sono profundo. Passava das duas da manhã, Ludmila se levanta sem fazer qualquer barulho, parecendo estar com hipnose vai até o escritório da casa pega um estilete e caminha em direção ao quarto de sua filha, entra quieta chega perto da menina. A pega pelo pescoço e com uma força animal a joga contra a porta do quarto, a pequena criança perde a fala e não consegue gritar. O pai dormia profundamente e nada ouviu pois o quarto do casal ficava no andar de cima da casa. Ludmila ergue o estilete e violentamente ataca sua filha que tenta se defender com a mão mas de que nada adianta. A criança quase morrendo olha para Ludmila e diz "Mamãe te amo" e caí toda ensangüentada perto da porta de seu quarto que estava com a marca de sua mão.
Ludmila em transe segue para seu quarto com a intensão de matar seu marido, mas desta vez utiliza de uma faca que pegou na cozinha. Com muito ódio dá um golpe certeiro em seu marido que morre na hora, após isso passa a faca no corpo arrancando toda a pele. Muito sangue estava na cama, Ludmila muito calma se deita como se nada tivesse acontecido. Dorme por umas duas horas, o relógio marca quatro da manhã, Ludmila acorda com um barulho, quando olha para seu lado vê muito sangue e seu marido morto, grita desesperadamente e sai correndo pela casa. Quando chega na sala se depara com um vulto de um pessoa alta. Ela se assusta e fica sem reação, aquela coisa se aproxima dela e diz que ela o libertou do mundo dos mortos quando matou seus dois familiares e diz que ele esteve dentro dela desde o dia da brincadeira do compasso onde ela havia se machucado. Ludmila olha no rosto e nota que possui uma máscara branca, capa preta e uma faca em sua mão, do mesmo modo que o espírito havia contado para eles no dia da brincadeira. Na verdade Paul apenas iludiu os garotos e ele não era uma simples pessoa e sim um dos Demônios das trevas agora livre. O espírito ficou dentro dela por todos esses anos até achar um modo de sair e ficar livre. O dêmonio olha para Ludmila e sem piedade enfia a faca em seu olho, a lâmina atravessa e sai do outro lado da cabeça. E assim como ela fez com seu marido, o espírito fez com ela, arrancou sua pele e com seu sangue, perto de seu corpo escreveu "Sorry", a mesma palavra que ela viu quando havia se machucado durante a Brincadeira do Compasso.
"Eu não notaria, em milhares de anos, a beleza contida em seu olhar, nem mesmo a forma doce a qual me observa. Porque, mesmo que eu pudesse, não conseguiria. A fraqueza da alma atinge meus poros mais invisíveis, chegando a inflamar meu órgão denominado coração. Queria poder olhar-te e dizer-te o quanto preciso de você, o quanto ver-te me faz pensar, mas eu não posso. "
Escrevo para te superar, tudo é pra você e se refere a você, porque, não o tenho já faz alguns anos, e essa falta não completa a frase, não permite novas histórias e outros personagens atuarem na mentira e nos pseudônimos. Porém, não consigo deixar você seguir em frente sem uma culpa pra carregar, sem uma reflexão da cruel partida.
Quando jovens nos conhecemos
nos separamos
os anos passaram...
nos reencontramos e nos amamos
mesmo desconfiada e com medo
queria saber e desvendar o que me chamava pra perto de vc!
me entreguei...como nunca!
a esse amor guardado veio com tudo
e assim mudou minha vida!
tudo estava do mesmo jeito como deixei
o sorriso
o olhar
o perfume!
a audácia
não aceito que os anos nos separe novamente
quero viver tudo com vc!
Ainda que leve centenas de anos expressando suas qualidades, as pessoas so o entenderão pelos gestos das suas acções.
Venho buscando ao longo dos anos compreender a motivação que leva as pessoas a viverem a vida como se o sentimento, o tempo e a dedicação fosse descartável. Eu olho para mim e me peço desculpa por que ja vivi assim, e vivendo descobri que o caminho pode ser mais doce, lado a lado alimentando dia a dia esse amor, olhares, beijos, abraços.... A vida, o amor é uma experiência única, mas para mim não será pois quando você vive por um certo tempo percebe que ele não volta atrás e se antes intensamente vivêssemos? .... Perfeito!!.... O amor seria apenas UM, UM OLHAR, UM ABRAÇO, mas é apenas o desejo de quem por quase muito tempo enlouqueceu por querer mais dos outros do que eu mesmo oferecia. Ai no fim da história hoje sou eu que dou tudo de mim e busco o que antes eu mesmo não oferecia... O mundo gira a todo tempo!!!
Eu já vivi mais que senhores e senhoras de 90 anos.
Já vivi o amor, o ódio. Vivi a paixão, e a decepção. Vivi o querer, e o desistir. Eu vivi tudo isso e muito mais. Vivi o poder, e o esquecimento. Vivi a vontade de ser, e a de apenas existir. Fui forte, e fraco. Eu sorri, eu chorei. Ouvi e escutei. Eu ganhei e perdi. Eu pensei sobre tantas coisas, e deixei cair no esquecimento.
Sabe o que pude aprender com tudo isso? Que a vida ultrapassa as fronteiras da imaginação... Somos todos seus reféns! Suas marionetes!
Eu não sei quantos anos Tolstoi tinha quando escreveu que a verdadeira felicidade está entre as alegrias da família. Tenho 34 anos e tenho certeza que não tem mesmo felicidade mais real que a de poder compartilhar momentos com a família.
Não me vejo morando mais que 100 km de distância da minha mãe ou do meu pai. Isso não quer dizer que não possa morar. Só acho difícil ser mais feliz do que sou com eles aqui, pertinho de mim.
A VIDA! Viver é tão maravilhoso que mesmo que vivamos cem anos, ainda é pouco diante da grandiosidade que é viver! mas quando eu falo em viver, falo de viver não de passar o tempo! Viver com qualidade de VIDA!
Muitos com 70 anos morreram e não conseguiram fazer tudo o que queriam e outros com 30 se foram com um sorriso estampado no rosto, contente pela vida curta mais intensa que obteve.
A Substituta
Aos 14 anos a vida escolar era emocionante em termos de descobertas relacionadas às matérias que estudávamos durante o ano letivo. O que eu mais gostava era de matemática, história e geografia. Meus amigos de classe e eu tínhamos uma coisa em comum, detestávamos química e biologia. Na minha turma tinha poucas meninas, e a meu ver naquele tempo, a maioria delas chatas e sem graça nenhuma. Ainda não conhecia a libido, palavra que pra mim naquele momento era completamente desconhecida. Mas, ao voltar das férias de julho, fomos informados que a nossa professora de biologia estava de licença e seria substituída por outra professora.
A supervisora da escola veio nos apresentar a nova professora. Quando ela entrou na sala, faltou oxigênio, pra mim e mais uns quatro ou cinco. Era uma moça de uns 25 anos, muito bonita além da conta. Corpo perfeito apesar de usar roupas normais, inclusive no dia da apresentação ela estava de calça jeans e uma blusa de manga. Mesmo assim, aquela mulher causou enorme impacto em alguns alunos. Claro que muitos alunos nem estavam vendo o que eu e mais alguns alunos estávamos. Não sei ao certo o porquê daquilo, claro que eu já tinha visto mulheres bonitas e até com roupas mais ousadas, porém, aquela moça fez subir a temperatura corporal de uma forma que ficou difícil respirar. Foi a primeira vez que eu me vi extremamente excitado na sala de aula. Fiquei com vergonha, confesso.
Certas mulheres têm um poder de sedução enorme, especialmente sobre jovens adolescentes. Não é simplesmente ser uma mulher bonita, isso já é comum. Mas é algo além disso, e nós ali, naquele momento não tínhamos a menor idéia do que seria aquilo. O que sei é que o resto do ano letivo ficou comprometido, eu e meus amigos tínhamos dificuldade de concentração no assunto que estava sendo exposto pela professora, isso porque nem estávamos ouvindo o que ela dizia. Estávamos prestando atenção total e exclusivamente nela. Que fascínio tinha aquela moça sobre nós. Ninguém nem piscava os olhos quando ela entrava na sala de aula. Alguns alunos até, nos dias em que ela dava aula noutras turmas, também iam assistir aula nessas turmas, e isso despertou a atenção da supervisora. Ela percebeu o que estava acontecendo e nos chamou para uma conversa na hora do recreio em uma sala vazia. Estávamos eu e mais doze alunos de várias turmas. Todos confirmaram que estavam como que apaixonados pela nova professora, e a supervisora ficou de estudar o caso e encontrar uma solução, pois não podia permitir que os alunos fossem assistir aulas daquela professora em outras turmas.
A professora substituta não usava roupas ousadas, mini saia, nada disso. Não sei exatamente o porquê, mas ela encantava-nos, despertou em nós um fascínio enorme. Ela tinha algo que a maioria das mulheres não tem, até porque, vários garotos da escola foram acometidos daquelas sensações até então desconhecidas. Talvez nossos hormônios tenham chegado ao despertar da sexualidade juvenil. Conversava com outros colegas de classe, a maioria com 13 e 14 anos de idade. Todos eles tinham o mesmo “problema,” ficávamos extremamente excitados durante a presença daquela moça na sala de aula. Creio que isso deva acontecer com os jovens de hoje em algum lugar. Mas, mesmo que aconteça, há uma diferença muito particular, aquela moça despertou em muitos garotos da escola ao mesmo tempo essa revolução biológica. Mesmo em dias frios, quando ela usava roupas pesadas, totalmente coberta, nós a víamos como a moça nesta imagem. Ana Carla era o nome dela, era a professora de biologia substituta.
Charles Silva – Textos
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Alice
Doze anos depois voltei ao cemitério onde foi sepultada minha genitora. Estava na Cidade a passeio, então resolvi ir fazer uma visita. Ao entrar, não achei o local exato do sepulcro, fiquei andando em círculos a procura. Assim que entrei, vi uma garotinha, talvez 9 ou 10 anos de pé, cabeça baixa olhando para um túmulo, como se estivesse rezando. Quando passei bem perto dela senti um arrepio em toda minha coluna. Não dei importância e segui a procura do lugar onde estava o túmulo da minha genitora.
Sem me lembrar onde exatamente era o local, afinal, doze anos já haviam se passado, desisti da busca e fiquei a andar a esmo. Novamente me aproximei do lugar onde estava a garota que vi quando entrei, parei perto dela e fiquei a observar o nome da pessoa que estava ali sepultada. Não era um nome conhecido para mim, mesmo assim resolvi fazer uma oração junto a garota que ali estava.
Fiquei perto dela uns dois metros, talvez um pouco menos. Ela virou-se para mim, e perguntou se eu a estava vendo e ouvindo. Respondi que sim e então lhe contei a minha desolação em não achar o túmulo da minha genitora, por isso parei para prestar uma solidariedade, já que não achei o que procurava. A garota com um semblante muito sério disse-me que eu estava exatamente no lugar que eu procurava. Eu respondi que achava que não, pois o nome da pessoa sepultada ali não era o nome que eu procurava.
Você é muito diferente das pessoas comuns. – Disse ela e continuou. – Agora que percebi que você pode me ver e ouvir vou lhe contar o que aconteceu. As pessoas que foram enterradas aqui foram retiradas e colocadas noutro local nove anos atrás, essa pessoa que está aqui agora não é quem você procura, ela já não está mais aqui. – Eu a interrompi e perguntei se a pessoa enterrada ali era parente dela. – Ela respondeu que era mãe dela. – Eu disse-lhe que sentia muito. – E ela disse que o nome dela deveria ser Alice e o nome da mãe dela era Francisca. – Vou embora – Disse ela. – Não diga pra ninguém que me viu aqui, obrigada por ter falado comigo, adeus. – Saiu andando e sumiu entre os outros túmulos. Aproximei-me mais um pouco daquele túmulo e li o nome da pessoa em uma inscrição gravada numa pedra de mármore. Estava escrito: “Francisca Leite Farias. – Descanse em paz, mãe e filha”.
Charles Silva – Textos
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Hoje faz 35 anos que meu pai nos deixou,ainda sinto seu cheiro,o som da sua risada e as nossas brincadeiras de criança ,vontade de compartilhar minha vida,meus problemas,minhas conquistas ... Fui até igreja hoje ,pois eu acho que é bem alí pertinho de Deus que você está . — se sentindo Metade de mim é MARIA a outra é você .
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