Quase Morto
A última Luz Azul de Uma Alameda Chamada Esperança. O poema.
Ja quase no final de uma alameda chamada Esperança, um grande poeta jazia morto ao lado de uma figueira que já não dava mais frutos. Um místico passou por ali e afirmou que aquele era um sinal dos tempos que estavam por vir, um crítico comentou a falta de intervalos na narrativa, um pesquisador descobriu a ignorância do poeta, um político recomendou a execração pública do poeta, um jornalista se prontificou a ridicularizar o poeta, alguém disse que nunca tinha lido poesia, muitos poetas ignoravam o poeta e nunca tinham passado naquela alameda, uma mulher afirmou ter sido amante do poeta, uma outra disse que o poeta sentia enorme paixão por ela, algumas outras desdenharam todas estas narrativas, os historiadores sentenciaram: este poeta nunca existiu. Uma bela mulher que olhou o corpo com perturbadora intensidade durante um longo tempo sussurrou pra si mesma: Eu já suspeitava que tudo isto não passava de puro charlatanismo de poeta menor. Todos os curiosos que estavam em torno corpo concordaram silenciosamente.
Um bêbado que oscilava bem próximo do corpo declarou: Hoje cedo, quando a luz do dia ainda não havia chegado, tinha um intensa luz neste lugar, então eu vim ver o que era. Era só um farolete que ele segurava apontado pro céu. Tinha uma intensa luz azul, e mesmo já no final da noite, parecia um refletor. Repetiu quase num murmúriu: Parecia um refletor. Depois fui andar por aí, voltei agora pra pegar o farolete. Constatei, pra minha decepção, que alguém já tinha levado o farolete... A mulher bela interrompeu o bêbado rispidamente. Durante dia ninguém precisa de um farolete. Todos concordaram silenciosamente.
Um anão, com os olhos furados, que estava entre os curiosos em torno do corpo, com uma voz muito grave disse em alto e bom tom.
La lumière invisible de la nuit
Todos, inclusive a bela mulher que mantinha o senho franzido e um olhar furioso, balançaram as cabeças afirmativamente.
Tenha muito cuidado com aqueles que vivem te bajulando pela frente.
Quase sempre são os mesmos, que em momento oportuno, pelas costas, dão um empurrão na gente.
[...] e para o amor precisa-se de tempo, do tempo certo, mas quase sempre e por que não dizer, na maioria das vezes, amamos sempre no tempo errado.
Ricardo F.
Nunca julgue o livro pela capa
porque nossa capacidade de visão
quase sempre, infelizmente, não capta
o conteúdo, a beleza e a leveza do coração.
A nossa percepção nunca é completa e exata,
nem retrata aquilo que mostra a nossa emoção.
Acho que você vai ser sempre só aquele pequeno raio de sol que entra pelas cortinhas, quase nu, bem quente de manhã.
Sempre quis quase tudo nessa vida, mas, por ordem de importância, diria que ser correspondida no amor e fazer parte da mesa de jantar ocuparam, desde que me entendo por gente, o topo da pirâmide da minha lista de sentidos da existência e ideias de felicidade.
"Aprenda que o tempo muda quase tudo, aparência física, gostos, sonhos, planos, mas nunca muda a essência que o ser emana! Talvez, isso justifique o porquê de tantas relações duram uma vida toda e outras que não vingam nem uma semana...
Tem amores que levamos pra toda uma vida no coração e outros que também ocupam seu lugar na estante da mente, como uma bela e querida recordação.
Desce a noite, lenta sobre a terra bela e triste, e quase irreal, com seu sublime encanto, viajei no tempo uma noite vazia pensando na vida busquei nas lembranças lembrei de você paixão pela qual eu quero todos os dias mais e mais. Carrego comigo medos e sonhos Levo tambem pesadelos do passado, sonhos do futuro e a realidade do presente, Venha, sente-se ao meu lado, segure minha mão e sinta o vento frio vindo de encontro aos nossos rostos e juntos escreveremos um poema sobre o quão linda está a noite...Sonhei acordado. Um sonho excitante que me fez acordar ofegante pensando em você . Boa noite.
''É estanho a facilidade que tenho para me questionar sobre quase tudo e mais um pouco , é como se não houvesse a certeza soberana que necessito, portanto vivo numa constante procura pelo sentido''.
Sussuros quase inaudíveis e indecifráveis. E é só isso que se pode obter dessa carcaça humana, que mesmo respirando já morreu.
Palavras... palavras, simplesmente palavras. O som ensurdecedor do silencio é quase tocante, mas ainda não as substituem. Pois o que os ouvidos nos contam, ainda é e será o norte de nossas paixões.
[...] ao entrar na sala, avistei um rosto pálido, com pouco ou quase nada de vida e brilho. Sabia que ali existia uma razão maior, um motivo qualquer, que por curiosidade me fez entrar.
Mesmo fadado ao silencio, me dediquei a sentir, e somente assistindo a brisa passar pelos ouvidos, entendi que já era hora de partir. Não dali, mas de nós. [...]
Portela, eu às vezes meditando, quase acabo até chorando
Que nem posso me lembrar
Teus livros têm tantas páginas belas
Se for falar da Portela, hoje não vou terminar
Não era só uma janela
Era uma janela com ela
Quase sem roupa, quase sem alma,
Quase suplicando
Vem...
Vem...
Vem...
O pecado quase sempre vem disfarçado de carência, justamente porque esta é a desculpa mais convincente para ela tomar posse de suas decisões.
Alguns precisam continuar sofrendo até quase a morte, para que se sintam vivos de verdade. Para eles, a dor e o sofrimento são o elixir da vida. Tristes almas.
Anoitou-se
Anoitou-se...
lentamente....
Anoitou-se quase sem se perceber...
vagarosamente...
O sol debruçou-se no horizonte...
languidamente...
Apagou-se...
silenciosamente...
O dia recolheu-se nos braços da noite...
languidamente...
O vento assobiava feito um açoite...
estridentemente...
Tudo se fez noite...
calmamente...
A estrela crepuscular do ocidente não crepusculou... sua esplêndida luz cintilante não cintilou...
Escondida atrás de uma nuvem negra... não acordou.
Quase oito bilhões de pessoas no planeta, eu só encontro vacilão. No caso dos outros eu não sei, mas no meu especificamente tenho certeza que eu fui castigada pelos deuses: nasci com para-raio pra maluco.
