Próximo Erro
Não é sobre olhar para o próximo e apontar erros alheios. É sobre olhar para mim mesma e me tornar melhor a cada novo dia.
Insta: @elidajeronimo
Julgar seu próximo por seus erros é fácil. Difícil é revelar os ocultamentos das nossas inúmeras irresponsabilidades.
"A paz é o resultado do ajuste dos erros e equívocos cometidos perante Deus, o próximo e a si mesmo..."
Desrespeito ao próximo, prazer de expor seus erros suas derrotas, é uma ladeira escorregadia que leva às profundezas da irreverência e rebeldia. É possível discordar sem desrespeitar. Ver o erro do próximo sem expô-lo ao ridículo. Mais amor nesse mundo...Deus só existe 1 e não é você.
Eu tento dar o máximo de mim pelo próximo e em minha pequinês cometo grandes erros, como pode?
Se Deus for realmente me jogar no inferno por conta deles, devo primeiramente esquecer todo aprendizado que já tive com cada um deles, cada dor que passei por consequência de atitudes errôneas.
Ou me aceitar em minha humana e limitada condição, e agradecer todos os dias por cada correção, ''aqui se faz e aqui se paga?'' mesmo, ou o ''inferno'' são os juros?
A política do capitalismo pode muito bem ser relacionada a essa ''cobrança'' espiritual. Afinal, a igreja Romana tem o apoio total do governo. Eu não caio nessa laraia. O Protetor que eu conheço, é maior que esse julgo cheio de conveniências, a intenção é alienar, e isso tem tido um efeito absurdo.
Não digo que é certo errar, seria me contradizer ao extremo, digo apenas que, para todos os meus erros, existe uma dor futura para compensar, e isso é o necessário pra que eu possa concluir, que o Protetor não irá me jogar no inferno, ele não é político, nem um falso e ganancioso profeta. É Rei e Senhor, acima de todas as nossas falhas, e seu amor se estende a ponto de sempre nos corrigir quando necessário, e enxugar nossas lágrimas sempre que caírem. Essa ideologia infernista pra mim não cabe, não desce, não existe. Pagamos por tudo no plano terreno.. não houve na história, alguém que saísse imune de nada nessa vida.
Ser consciente dos seus próprios atos e dos seus erros perante o próximo, é ter humildade e sabedoria espiritual num mundo em que toda a gente sabe de tudo.
Se desejamos a nossa felicidade e a do próximo, livremo-nos dos nossos erros e dos nossos ressentimentos abrigados no coração.
Não tenho o menor direito de me sentir próximo ao perfeito mas sou bem mais poucos erros e muito mais acertos.
A hipocrisia causa um problema de visão invertida em nossos julgamentos. A trave em nosso olho não é percebida, mas o cisco no olho do próximo não é desapercebido. O nosso erro grande não é visto, mas o erro pequeno do próximo é visto como se grande fosse!
Nunca use os erros dos outros para justificar suas opiniões; antes, tente buscar justificativa em si mesmo, do porquê não ajudá-lo.
E quando for recomeçar olhe para seu passado e recorde-se de teus erros, não sinta-se mau e muito menos envergonhado pois só assim, recomeçará ciente de que erros passados não lhe trarão nada de bom para este renovo.
Apontar os defeitos do próximo é uma tarefa fácil. Difícil é reconhecer os próprios defeitos e procurar saná-los.
“O Próximo campeão é aquele que durante toda a corrida não quis seguir os passos de ninguém em seu plantel, apenas aprendeu com seus erros.”
Estejamos sempre preparados para o dia seguinte, onde poderemos estar colhendo bons frutos adocicados ou cavando o solo ressecado em busca das sementes plantadas de nossos próprios erros
O bode expiatório. O cisco no olho do próximo.
Às vezes, somos enganados pelos nossos maus sentimentos, mas pensamos que foram os outros que nos enganaram.
Talvez seja aquela antiga maneira de ter alguém para acusar em vez de olhar para dentro de si mesmo e encontrar a verdadeira causa dos próprios problemas, pois sempre é mais fácil acusar do que assumir a responsabilidade por determinadas situações.
Às vezes, levados pelo ciúme, pela inveja, pelo ódio, pelo desejo de vingança, por tantos outros sentimentos negativos que geram emoções negativas, sucumbimos à nossa própria realidade que reflete o nosso enfraquecimento anímico, espiritual e físico.
Lembro-me de um versículo bíblico que diz: “a inveja apodrece os ossos“ (Pv 14:30).
Às vezes, somos os culpados pelas nossas próprias circunstâncias; isso nada tem a ver com os outros, mas com nós mesmos. Por mais que os outros tenham alguma influência na nossa situação, na verdade, nós permitimos que eles exercessem alguma influência em nossa vida, para bem ou para mal; de qualquer forma, nós somos ou fomos os patrocinadores de suas obras, boas ou más. Por isso que não podemos condenar ninguém pelos nossos infortúnios tampouco dar a outrem os méritos das nossas conquistas. Porque, eles podem influenciar, mas a decisão de fazer ou não fazer é sempre nossa.
Façamos, portanto, uma reflexão séria diante de Deus, reconhecendo as nossas próprias falhas, assumindo os nossos próprios enganos, admitindo os nossos próprios erros.
Peçamos a Deus pela nossa libertação de sentimentos perniciosos que nos engambelam, lembrando sempre do ensinamento bíblico de que o coração é enganoso (Jr 17:9) e, por isso mesmo, precisamos aprender a pautar as nossas ações com base na nossa razão e não nas nossas emoções. Isso é o que significa amar a Deus de todo o entendimento (Lc 10:27), um amor racional e não emocional.
Oremos a Deus pela nossa capacidade de nos posicionarmos como pessoas capacitadas para empreendermos benefícios a nós mesmos independentemente das ações alheias. Há coisas que nós podemos fazer por nós mesmos sem precisarmos da intervenção alheia, sem darmos legalidade a terceiros para agirem em nosso lugar como intermediadores, pagando por investimentos no escuro, achando que é um bom negócio etc.
Que haja em nós um despertar divino que nos livre de nós mesmos em nossas debilidades ontológicas, do domínio emocional pelo engessamento racional; que possamos manifestar, sim, o domínio próprio em todas as circunstâncias. (Pv 16:32; Gl 5:23).
"Vemos o defeito do próximo e nos achamos melhores, vemos nossos próprios defeitos e podemos nos tornar melhores."
