Orgulho de ser professor: frases para quem ama a docência
Em 1990, no começo do ano, minha primeira professora chegou com um Monza para a aula; dei-me ao luxo de ficar observando a então moderna antena que se recolheu quando ela desligou o carro. Era para sermos muito felizes, mas as reuniões já no começo do ano letivo, do mesmo jeito que acontecem hoje, fizeram com que ela deixasse a turma, que foi assumida pela professora Ester.
A Ester não tinha o Monza encantador, mas foi a minha professora do restante do ano. Ela me presenteou com o livro "A loja da Dona Raposa". Já são quase 30 anos, e o livro está guardado, podendo ser guardado por outros 30.
A dedicatória dela ainda está comigo: "só se aprende a ler, lendo; a escrever, escrevendo ; a amar, amando." Não a vi mais. Mas tenho a lembrança de alguém que marcou a minha vida.
Toda vez que vejo um amigo professor desempenhando seu papel de forma amorosa, lembro-me dela. E sei que estamos em alguma memória por aí, assim como ela está.
A professora que não mordia
Lá, numa pequena cidade no Sul do país, num minúsculo bairro, em uma escola miúda,com um pequeno número de professores, com pouquíssimos recursos, uma professora brava, sempre irritada; cansada de seu trabalho, desgastada pela carga que há anos lhe pesa sobre os ombros.
Por causa do desgaste ela sempre desconta a sua ira em alguém. Hoje a vítima foi a merendeira. Dona Nilda, como é chamada a professora, queria uma xícara para beber café.
Como já se sentia postergada quanto ao horário de ir à sala, proferiu seus impropérios, e, com palavras que não consigo escrever, porque estão todas no aumentativo, maltratou a coitadinha da Dirce. Depois pediu desculpas, disse que estava nervosa. Mas todos sabem que ela o faz rotineiramente. Ela sempre maltrata as pessoas e depois dá uma de vítima. Aí vem e pede desculpas, e age como se nada tivesse acontecido.
Hoje ela ultrapassou os limites. Sempre me dói muito observar a forma que ela trata aquele menino lá do outro canto da sala; ela grita muito com ele, de forma agressiva, embora seja muito quieto. Hoje ela perdeu toda a paciência, e, quando eu olhei para o menino, ele estava vermelho, parecia um pimentão, os cabelos arrepiados de tanto ele mesmo puxar. Os gritos da professora Nilda ecoavam por toda a escola, e, a cada grito eu sentia mais medo, imaginava-me no lugar daquele menino, que já tinha dificuldade quanto a assimilação, e
com os gritos, tenho certeza que os ecos não o permitem dormir. Na hora eu tremia todo, temia que um daqueles gritos passasse perto de mim, afinal, até agora tenho visto a impaciência da professora, e imagino que, caso eu erre, ela não pensará duas vezes antes de gritar perto dos meus ouvidos.
Eu nunca falei com ela, nunca ousei encará-la. Meu medo nunca permitiu. Na hora de ir ao banheiro, sempre espero por um descuido dela, saio de fininho, corro parecendo um fugitivo policial, fico em silêncio pelo corredor para não chamar a atenção de ninguém, infelizmente não tenho um amigo que me dê cobertura enquanto fujo. No retorno, venho em silêncio, espero por um novo descuido, e entro para o meu lugar, como se nada tivesse acontecido.
Nessa hora, geralmente ela está de costas. Ainda bem que não usa óculos. Não há riscos de me ver refletido nas lentes. Hoje ela está terrível, e eu, apertado. Os gritos dela não cessam. Em um momento de tensão ela deu um murro na mesa, e xingou alguém. Eu não sei a quem, mas ouvi, ela xingou!
Esperei o descuido, não aguentava mais. A necessidade de ir ao banheiro era muito grande. Então, preparei-me para fazer-me um ninja. E ela começou a escrever no quadro.
Chegou a hora de agir. Mas ao chegar na porta os braços dela, enormes, me alcançaram, me seguraram na altura dos cotovelos.
-Opa!!! Onde o senhor pensa que vai?- Ela perguntou olhando nos meus olhos, eu, pela primeira vez na vida olhei para ela.
-Vou ao banheiro. Respondi com voz quase inaudível. -Ao que ela me disse:
- Precisa pedir. Não há que ter medo. Dessa vez você vai, mas na próxima vez terá que falar comigo, eu não mordo...
Olhei bem, e pensei comigo:- Só falta morder agora; se está difícil aguentar os gritos, imagine uma mordida.
1990, uma escola em São Bernardo do Campo, e a minha primeira professora, Ester. Ela me deu um livro, "A loja da dona raposa". Tenho ainda o livro, e a dedicatória que ela escreveu. "Everton, só se aprende a ler, lendo, a escrever, escrevendo, e a amar, amando". O tempo passa e guardo as sabedorias que me ensinaram. Nem sei se ela ainda vive, se ainda é professora, mas sei que ela me ensinou algo relevante.
Desmerecer o ensino, um professor, um escritor ou um bom livro, é merecer a própria incapacidade de aprender com a experiência e o conhecimento alheio, é perder a chance de aprender a ler as páginas da própria vida, e jogar fora a possibilidade de usar de tal conhecimento e experiência para reescrever a própria história.
Se o aluno não quer,
não adianta texto colorido,
professor palhaço,
nem o saber sabido fazendo estardalhaço.
Se o aluno não quer,
é sem giz,
é não aula.
O aprendizado dá no pé
e até o recreio vira jaula.
Na escola,
a nota alta era eu que tirava;
a nota baixa, o professor que me dava.
Hoje sou um tadinho;
um profissional de nariz sujo,
que culpa o chefe chato
e cospe toddynho.
Se eu te perguntar sobre algum professor que marcou a sua vida, de qual você, de pronto, se lembrará? Daquele sábio e inteligente, por isso mesmo gentil, agradável e generoso, que te ensinava com, acima de tudo, amor e paciência, ou aquele por igual inteligente, porém ignorante, crítico, rude e indiferente? Com certeza, os que marcaram a minha vida foram os sábios em ensinar a mim aquilo que eu ainda não sabia... e, da mesma forma, eu, consciente do não saber, ansiava em aprender com este mestre todas as lições que ele poderia me passar. Assim devemos ser como mestres e discípulos um dos outros... Se você deseja mesmo promover verdadeira melhora e evolução nas pessoas à sua volta, este desejo deverá vir do coração, e os ensinamentos cheios de amor e compaixão pelo próximo. A crítica sem empatia não acrescentará nada ao mundo, talvez apenas serão palavras lançadas e que machucam, mas a sabedoria que você tem poderá mudar o mundo de alguém se você propagar as lições com, antes de mais nada, amor e consciência de que, um dia, você também foi desprovido de conhecimento. Sejamos tardios em criticar e mais rápidos em compreender e dar exemplos daquilo que desejamos ver no outro.
Nas graduações para Professores, encheu de pessoas sem esta aptidão e precisando se garantirem, mas a Escola precisa encher de dons que garantam pessoas.
A dor é uma professora que não aceita faltas, e suas lições, embora amargas, são as únicas que se fixam na alma, e o processo de cicatrização não é linear, nem bonito, mas uma batalha suada e invisível contra a memória do trauma, e é preciso honrar cada passo lento, cada recuo que precede um avanço maior e mais significativo. Não se cobre a perfeição na arte de se reerguer, a beleza reside na coragem de ser imperfeito, de abraçar o processo caótico da cura e de entender que o seu valor não está na ausência de feridas, mas na audácia de continuar lutando mesmo com a alma marcada pelas batalhas passadas.
HOMENAGEM AOS MEUS QUERIDOS COLEGAS PROFESSORES PELO NOSSO DIA.
Profª Lourdes Duarte
Em nome das minhas filhas que são professoras competentes e dedicadas, quero homenagear todos os meus colegas de profissão de onde trabalho e de todo Brasil.
O Professor É parte integrante De nossas vitórias, Mas nem sempre recebe mérito justo.
Se parássemos pra pensar o quanto vale um professor daríamos bem mais valor á essa profissão de ensinar. Pois independente de seu salário procuram ensinar com muita dedicação ajudando pessoas a enxergar o mundo letrado com clareza decifrando letras, palavras frases e números...com esse seu trabalho diário e muitas vezes árduo. E não haveria nenhum doutor se no início de sua carreira não tivesse tido um professor.
Que bom que escolhi essa missão e dou graças a Deus que por minhas mãos foram plantadas muitas sementes e que hoje dão bons frutos. Doutores, engenheiros, professores, e tantas outras profissões são exercidas por ex alunos e para mim não tem recompensa maior.
Aos meus ex professores e aos colegas de profissão meus agradecimentos e PARABÉNS pelo nosso dia!
SOU PROFESSOR - Profª Lourdes Duarte
Sou professor com orgulho, a minha missão é despertar conhecimentos, é abrir portas para que os alunos entrem por si mesmo e é aprender a aprender para que possa transferir o melhor dos meus conhecimentos para que os meus alunos aprendam e sejam felizes.
FELIZ DIA DO PROFESSOR !
SER PROFESSOR
Profª Lourdes Duarte
Entre tantas profissões
Escolhi ser professor
Missão dura e espinhosa
Que exerço com amor
Se voltasse ao tempo seria
Novamente professor.
Pois é muito gratificante
Ver que as sementes plantadas
Dão bons frutos com louvor.
Para ser um bom professor
Não basta apenas ensinar
Mas aprender a aprender
E suportar a dor
Que muitas vezes a profissão
Impulsiona-nos a passar
Uma delas é a desvalorização da categoria
Que deveria ser mais reconhecida
Uma vez que por um professor passa
Todas as outras profissões.
FELIZ DIA DO PROFESSOR !
o maior professor de todos nós e o mundo, pós ele ensina a viver, ser o mundo não bater ele ensina.
🎓
Eu tive professores que sabiam o queriam
Professores que quinhentas páginas de um livro conheciam
Professores que cantarolando e dançando de tudo faziam
Para que os alunos mais do que o básico pudessem aprender
E como eu, muitos nunca mais iriam esquecer.
O professor não pode falar sobre sexo em sala de aula, mesmo que aja extrema necessidade, pois é tachado de sexualizador. Talvez a educação sexual desejada esteja nas novelas. Todo mundo assiste às mídias com contentamento, o problema é que os Alunos tolos de formação evangélica que se acham sabidos demais usam o tema para impor sua fé, pais que devem à sociedade escondem-se atrás do puritanismo fingido, sacrificando a transversalidade da educação. A direção da escola não se impõe, aí sofre as consequências. Morre de medo de perder o cliente sem qualidade. Pois, Para o medo não tem regras.
HOMENAGEM AO PROFESSOR: A ORIGEM DOS DIAMANTES
Professores são arautos. Portadores que se ocupam em levar mensagens diversas aos receptores que, ao fim, simbolizam a esperança que depositamos em novos e melhores tempos.
Movidos por um altruísmo comum aos grandes personagens da História - que comumente mesclam em sua jornada um misto de idealismo e capacidade de realização -, nosso exército de mestres desbrava fronteiras e adentra aldeias indígenas, comunidades quilombolas, bairros movimentados das metrópoles. Seja nos cursos mais elementares de alfabetização, seja nas universidades mais renomadas do País, sempre há a figura desse lapidador.
Desses homens e mulheres que, cuidadosamente, permitem que pedras brutas se transformem em joias cujo brilho é capaz de iluminar o futuro.
Hoje é Dia do Professor. Data que demanda reflexões sobre o que é realmente essencial no vaivém contínuo do processo ensino-aprendizagem. Momento de observar que, nas últimas décadas, o papel da escola foi ganhando novos contornos. Novas alterações provenientes de métodos educacionais mais modernos. Resultantes tanto da troca ininterrupta de experiências no setor quanto da consciência social em torno da importância da educação. Do ensino de excelência nesta que é a Era da Informação e do Conhecimento. São mudanças que ampliaram sobremaneira os horizontes.
Renovações que tiveram início com passos importantes rumo à democratização da aquisição de conhecimento. Hoje, muitas escolas já estão informatizadas e, portanto, conectadas ao mundo. Exigência de uma época que requer habilidades e talentos cada vez mais diversos, como a fluência em mais de um idioma.
É fato que o mercado de trabalho não tolera amadores. E também é fato que a cobrança sobre a capacidade dos aprendizes recai sobre o professor. Profissional de quem a sociedade exige aprimoramento ininterrupto. Por esse motivo, é importante que os educadores relembrem os modelos referenciais do ensino de qualidade muitas vezes empregado ao longo da História.
É o caso do método utilizado por Aristóteles em seu desejo de formar uma geração de jovens éticos e, portanto, felizes. O liceu do estagirita era um espaço privilegiado em que a virtude e a busca pelo meio termo permeavam as discussões filosóficas entre o educador e seus jovens aprendizes. No mesmo diapasão, o filósofo Pedro Abelardo, nas escolas francesas, desafiava os estudantes a colocar em prática o potencial gigante, mas ainda adormecido, que habitava em cada um.
Mais recentemente, temos o modelo de Dom Bosco, mestre dos salesianos. Verdadeiro professor que exaltava o amor como o único caminho para a educação verdadeiramente completa. Mário Quintana, em outra seara, poetizava: "E no dia em que tratardes um dragão por Joli, ele te seguirá por toda a parte como se fosse um cachorrinho". Por meio dessa metáfora tão bela quanto inusitada, o poeta nos ensina que é possível modificar para melhor os seres considerados mais amedrontadores. Para isso, basta que recebam carinho e atenção como tratamento. Em outros termos: se até um dragão pode ficar dócil, carinhoso, o que dizer de um aluno?
Já Paulo Bonfim, outro artesão da palavra - considerado o príncipe dos poetas brasileiros - diz que a juventude precisa de um tema. Um tema que a torne protagonista. Um tema que a instigue a viver. É como na arte: uma vez sem bons temas, as peças ficam sem sentido, os textos empobrecem, as danças perdem a magia.
Eis aqui nossa homenagem àqueles que são leais à missão de educar. Sábios que não servem a um partido ou a um governo, mas sim à causa nobre da educação. Servem a um sonho. Talvez o mesmo vivenciado por Aristóteles, Abelardo, Dom Bosco: o sonho de lapidar diamantes. Mestres que neste, e em todos os outros dias, acreditam que o esforço do trabalho será recompensado pela magnitude do resultado. Pela beleza rara da joia que começa a tomar forma, sempre, em suas mãos.
Publicado nos jornais Jornal da Tarde Tarde, Diário do Grande ABC, A Tribuna, Correio Popular e Vale Paraibano.
... Estudei como se fosse um príncipe numa escola maravilhosa, professores estrangeiros, os melhores professores do mundo! [...] Quer dizer, meu estudo custou a fome e a morte de muita gente e é por isso que eu digo que devo! Eu devo e devo muito a escola pública.
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