Primavera
As paixões intensas são como flores na primavera, são inevitáveis com aromas marcantes e morrem em alguns meses, mas nascem novamente no ano seguinte.
Pelo fogo, pela água, pelo vento, pelas terras, pelo sol, pelo inverno, pela primavera, pelo verão, pelo outono, pelo dia, pela noite, pelo os deuses queimados, afogados, assassinados, de todas as coisas existentes eu escolho você para ser minha companheira desse dia até o meu último dia. Eu te amo.
PRIMAVERA SEQUIOSA
Ó como a primavera caducou
Olha o cerrado, de letarga vida
- Ó chuvada, Vê! a triste ferida
No sertão, que a sorte faltou...
Tudo dorme, a ilusão perdida
Chora em derredor, chorou
A dor doída, que não rematou
E a forração que se fez abatida
Sequioso, que desdém o teu
Ó tempo, sem encanto seu
Sem canto, cor, sem graças
Quão desbotada a primavera
Sem hora, ó chuva em espera!
Ela que floresce quando passas...
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
06 dezembro de 2020 – Triângulo Mineiro
Música silente
Postas mãos...
brancas, taciturnas,
alvas feito Jasmim
na primavera...
Noturnas!
Nenhum toque de gaita,
à boca se desenhou.
Era o fim... Porque a canção se cansou.
Nenhum sopro... Nem tom.
Borboletas azuis pousam na tela,
voando dos pincéis, outrora em suas mãos,
e agora, voam pelos ares em procissão...
Tudo silente, emudeceu
A canção se cansou e dentro da gaita se recolheu.
Neste sonho,
depois da chuva de primavera,
a cortina de pérolas desce do céu,
resvala a relva ruiva
da inspiração do encontro:
pérolas de orvalho
irrigam a palma nua dos meus pés.
Há um outro lado da cortina
como a página de um livro? – eu penso.
Oh! ela se esvai com o sol
relógio das estações.
Mãos de seda dobram o tecido,
zelosas das gotas de orvalho,
e o recolocam no útero da árvore.
Um homem vem
puxando uma carroça de junco
cheia de pétalas rosa chá
e passa sem deixar nem mesmo
o perfume da sua presença.
Em minhas mãos vazias
um punhado de sementes
pequenos pássaros sonolentos.
Flores de hera
Por ti, na primavera
Caminhei na chuva
Em busca das flores de hera.
Mas sobre ti me enganei...
Tal qual a hera, que não produziu flores
Nem mesmo no fim da primavera.
Esse amor infértil
Também nunca me ofereceu nada
A não ser anoiteceres e madrugadas.
Nunca sozinho um ninho fez para sua amada.
Nem derramou pétalas sobre nossa cama desarrumada.
Porém, tal qual as flores de hera!
Nem um ramo me oferecia.
e nunca, nunca, a mim, tentou ser primavera.
Uma Rosa que outrora replandêcia no a âuge da Primavera, e exalava sua essência a favor do Vento onde todos a admirava, agora seca estás , E ninguém tens mais contentamento ao Admira-la ...Suas pétalas caíram, e seu cheiro desaparecerá, mais oq ninguém pode retirar dela e que ainda caída e destruída Ela será sempre uma rosa....🍂
"Nossas vidas são como a primavera e o outono...no outono temos o cair das folhas,nos passando a imagem de uma vida seca , sem vida sem sonhos...mas temos a primavera para nos mostrar que o desabrochar das flores nos presenteia com vida aos nossos dias e esperanca de que nossos dias serão lindos e radiantes como elas".
Ainda estamos na Primavera, que está quase se despedindo,
mas sempre é tempo de saudá-la com amor no coração...
Para falar de amor, nada melhor do que
uma valsa, para dançar com amor,
uma poesia, para dedicar a quem se ama,
e uma rosa, para oferecer com amor e carinho...
UMA VALSA... UMA POESIA... UMA ROSA
Marcial Salaverry
Uma poesia musicada...
Música e poesia, sempre de mão dada...
Uma rosa ofertada...
Produtos de divina inspiração,
a nos alegrar o coração,
em devaneios, nos domina
o corpo e a alma...
Sempre nos acalma...
Invade nossa mente,
com suas rimas, com seu ritmo...
Completamente arrebatados,
pela fantasia etérea, apaixonados,
ouvimos inebriados,
bailamos enlevados...
Poetas, não deixem de escrever...
Faz-nos com suas rimas viver...
Compositores, não deixem de compor,
aliviando assim nosso sofrer, nossa dor...
Vem meu amor querido...
Esqueça um momento sofrido...
Pela poesia que estou a declamar,
venha me amar...
Com a música que está a tocar,
vamos dançar, pelo salão rodopiar...
Nossas penas olvidar...
Vamos flutuar nas ondas de nosso amor...
Entreguemo-nos a esse delírio sem dor...
Nos mares a navegar...
Nas nuvens flutuar...
Pegue minha mão, sinta a emoção
que faz palpitar meu coração,
quando estamos esta música ouvindo,
e a poesia em nossa alma sentindo...
Doce embalo para nosso amor...
Aspire o doce aroma das rosas...
Vamos da Primavera nos despedir...
Marcial Salaverry
ventos da primavera
De beleza primaveril
Trazendo a leveza das cores
Dos tons triste do frio inverno
Para a alegria das cores
Em ti reluz a pureza da rosa
Ao sabor dos ventos que traz as sementes para um novo amanhecer.
Deusa da primavera
Em ti está escondida todas as beleza de uma estação.
De gestos pudico, tão leve como o vento, que passa acariciando uma magnólia.
A timidez como pintura, sim, uma Vênus de botticelli, sendo soprada com ventos de zephyros e coberta com rosas de flora.
Tendo a luz do sol para revelar todo o seu esplendor.
Trazê nos a alegria das flores
Os cheiros da primavera
Os sons alegres dos pássaros.
Em ti está todas as belezas da natureza.
isolada dos dias, sobre um céu de esquecimento, quantas vezes sonharei ainda, saudar a Primavera que se distanciou demais?- as palavras são pássaros a planar em meu coração, e descem ao meu rosto rios de água cantante, entretendo meu sorriso...
Floreando...
Você chegou e fez primavera em mim.
Obra primeira de minha vida, chegou pra ser flor e florir meu coração carmin.
Em dias de sol, passa graciosa e nos arrebata os sentidos.
Em dias nebulosos, seus risos ficam contidos.
Flor do meu viver...
Vem florear, vem florir meu caminhar.
Vem florear, vem floreando o meu penar.
As flores se foram com os ventos frios do inverno, mas a primavera não, esta permanece oculta na memória inviolável do tempo até a próxima estação.
“A seu tempo, o sofrimento tal como a primavera são passageiros. A propósito: A felicidade também o é. Portanto, viver com a cruel e azáfama dúvida entre a nostalgia bucólica de um passado de felicidades ou a tentativa infrutífera de esquecimentos de angústias retrógradas, por óbvio, é o dissabor que quereríamos nunca mais ter de sentir”.
AS FLORES DE UM POETA
Na primavera as flores nascem
No outono viram frutos
Regados pelo inverno.
No verão se ensecam
E no vento vão embora...
Mas há flores que permanecem
Numa eterna primavera,
São as flores de um poeta.
