Presença da Ausência
Sem espaço
Faço-me presente nos teus dias ausentes, tentando encontrar tua alma, mas sem êxito.
Sou um andarilho perdido entre as rotas, cansando pouco a pouco, com o pouco de oxigênio que ainda me sobra, mesmo assim, persisto em te encontrar.
Teu coração tão frio, fecha-se as portas, não deixando frestas sequer, onde eu possa entrar, mesmo que, encolhido.
E mesmo assim, moça, ainda persisto.
Ausência ou Presença?
Nada é superficial quando é verdadeiro.
Tudo é verdadeiro quando, não sai do coração, pois ele é traiçoeiro. Mas é genuíno quando tem amor costumeiro.
No imenso universo estamos e pra onde olhamos nos encontramos ali.... no nada!
O nada significativo para quem vive e sente, vê e observa, olha e enxerga, sonha e (des)sonha.
Tanta coisa e nada de coisa,
Tantas coisas e coisas...
A ausência nos faz refletir, o longe nos faz sentir, a imaginação dá vida ao sentimento refletido com amor; é assim, mesmo que ausente sinto o cheiro da flor.
Ausentar não é sumir.
Sumir não é esquecer.
Esquecer não é desamar.
Amar ausente é lembrar de coisas que sumiram.
Amar ausente é sentir aquilo que nos inspira.
Há muitas coisas sem nexo nenhum, mas é nesse nenhum que estão muitas coisas.
Os dias passam e um dia nada serei. Um dia ausente estarei, mas com certeza presente serei.
Certeza?
Sim, amor é presente,
Presente é amar,
Amar, não importa a distância; mas que o universo conte, reconte e conspire...
Mesmo assim, digo às estrelas que estão bem longe de mim: Amo-te sem fim!
Aprendo todos os dias... Ausência e presença! De cada uma busco extrair o que de melhor posso ter... A presença, com jeitão de ausência e às vezes com cheiro de saudade... A Ausência, conviver com a expectativa da chegada e já sentido o amargo da partida... Estranho? Não... Simplesmente real...
Demorou, mas eu entendi:
a solitude não é ausência, é presença.
É quando a gente aprende a ficar com a própria companhia
e percebe que o silêncio pode ser um abraço.
Que a paz mora onde não há cobranças, só verdade.
Foi na solitude que me encontrei de novo.
Sem precisar provar nada, sem máscaras.
Ali, enxerguei as feridas que escondi por tanto tempo
e tive coragem de curá-las.
Com calma.
Com verdade.
Com amor-próprio.
Descobri que estar só é diferente de estar vazio.
E que, às vezes, a gente precisa da solidão pra lembrar de quem é.
Aprendi a me escolher, sem medo.
A cuidar de mim, sem pressa.
A não aceitar menos do que eu sei que mereço.
Hoje, se não for inteiro, eu não fico.
Se não for recíproco, eu me retiro.
Porque depois que a gente conhece a paz da solitude,
não se contenta mais com metades.
Me amar foi o início da minha cura.
E a minha paz… virou sagrada.
Se for pra ficar, que fique até nos dias nublados
Tem ausências que ensinam mais que presenças.
E partidas que, por mais que doam, são livramentos disfarçados.
Às vezes, o que a gente chama de perda… é só a vida fazendo espaço.
Não quero mais quem só fica quando tudo está bonito.
Quero que aguente o dia cinza, a lágrima contida, a bagunça que nem eu entendo.
Quero alguém que me leia sem pressa, que escute o que nem chego a dizer.
Alguém que saiba que até o mais forte desaba e que tudo bem desmoronar de vez em quando.
Cansei de quem só quer a versão editada de mim.
Meu caos também é parte da história.
Minhas dúvidas, meus silêncios, minhas recaídas.
O amor verdadeiro não arruma tudo. Mas ele escolhe ficar, mesmo quando está tudo fora do lugar.
E se for para amar…
Que seja inteiro, mesmo nas metades.
Que seja presença, mesmo no silêncio.
Que seja abrigo e não apenas mais um vento de passagem.
Sabe…
A solitude não é ausência de amor,
é a presença de si mesmo.
É quando você se olha no espelho
e entende…
que estar só não é solidão.
É escolha.
É maturidade.
É liberdade.
Porque antes de ser de alguém,
você precisa ser seu.
Cuidar das suas feridas,
calar os ruídos,
e ouvir o que o seu silêncio está dizendo.
E quando isso acontece…
Você já não aceita metades,
não se encaixa onde não cabe,
não implora lugar onde não existe espaço.
A solitude te ensina:
quem é inteiro sozinho,
só fica com alguém…
quando o amor soma. Nunca quando falta.
Há sentimentos que o tempo não apaga, há pessoas que, mesmo ausentes, continuam presentes em cada pensamento, em cada silêncio. Não é só sobre saudade, é sobre um amor que deixou marcas profundas, um abraço que ainda vive na memória, e uma presença que se foi, mas nunca partiu de verdade. Porque tem gente que, mesmo longe, mora dentro da gente como se o coração fosse casa… e nunca trancou a porta.
..."Sou ausência, presença
QUE MAS DÁ?
...O importante é saber que faço falta
para alguns que me fazem falta."
—By Coelhinha
A solidão nos livra de presenças inúteis. E nos momentos de ausências é quando Deus se faz presente.
O paradoxo revela a dor de existir sabendo que a própria presença ou ausência não altera o curso do mundo. É a consciência da própria irrelevância diante de um universo indiferente, onde o desejo de significado colide com a certeza do esquecimento. A ferida nasce do conflito entre querer importar e perceber que, no fundo, o vazio permanece o mesmo.
O amor, para mim, é uma ideia em estado de latência, uma presença ausente cuja inexistência moldou silenciosamente minha gramática emocional.
Somente a presença da gentileza e da cordialidade, podem curar as doenças das ausências de gentilezas e cordialidades.
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