Presença da Ausência
Aos filhos presentes darei tudo que eu quiser; aos ausentes darei todo direito que a Lei me impuser.
a morte nos deixa belos no extasie
voraz murmúrios do caos presente
um perfume ausente no auge do vazio.
Ausência, como tu dói, ausência de quem eu gostaria da presença.
Ausência que me maltrata, ausência que me entristece, ausência que me fere. Toda essa ausência! É por que nunca me fiz presente.
Presente
Agora é presente, que é a ausência de ausente;
Quando estiversmos perante a ausência do presente, nada se fará presente.
A solidão não é ausência de milhares pessoas nos acotovelando do lado de fora, mas da presença de uma unica pessoa nos tocando por dentro
PRESENÇA E AUSÊNCIA
A tua presença é minha companhia,
A tua ausência é a minha descrença,
A tua presença é a minha alegria,
A tua ausência é a minha agonia!
A tua presença é a minha inspiração,
A tua ausência é a minha vida perdida,
A tua presença é a minha canção,
A tua presença é o meu canto,
A tua ausência é o meu silêncio,
A tua presença é o meu encanto,
A tua ausência é o meu pranto.
Presença e ausência, sentimentos contidos,
Sentidos na alma sem explicação,
Da presença ou ausência, de amores vividos,
Nas lentas batidas do meu coração.
Presença é amor é a felicidade,
Ausência é a falta de um querer bem,
Presença é presente, é gostosa é verdade,
Ausência, lembranças, tristezas e saudades!
Márcio Souza
Não adianta está presente, mas viver ausente. De nada vale ocupar espaço, e não se ocupado. De nada é relevante está atraente por fora e inexistente por dentro. De nada é válido está sempre disponível, mas sempre atrasado.
Ausência de corpo presente
Indiferentes, dançavam a pavana,
Enquanto o tempo dócil se evadia,
Sufocados na fumaça de havana,
Na corrente que a vida esvazia.
O grupo, que a angústia despistava,
Exangue e desprovido de ideal,
De Moscou, Pequim ou Bratislava,
Vivia o seu próprio funeral.
No quarto de estátuas, salpicado
De tédio agudo, expressão final,
Estavam lá, sem nunca ter estado,
Reféns de uma coluna social.
O denso vazio da conversa
Estampa o ócio na fisionomia.
A sarabanda que atrai, perversa,
Nos cérebros sem uso, a apatia.
Esperanças, na entrada abandonadas,
Procuram a lembrança passageira
Das ilusões sempre acalentadas
No vácuo da mente hospedeira.
Ganhar batalhas sem ganhar a guerra,
Tragados por insossa calmaria.
E descobrir que entre o céu e a terra,
Há mais que uma vã filosofia.
Não há revolta nem ressentimento,
Nessa desordem quase vegetal,
Mutismo sela o arrependimento
No leito de Procusto sideral.
A densa bruma altera o semblante.
Escravo é da verdade o corifeu.
A voz do coro congela o instante:
Baldada a morte pra quem não nasceu.
Prisões cósmicas são o cruel destino
De ilusões no limbo da razão
Fica a procura: mero desatino.
Da finitude, singular refrão.
Resume-se, ó mundo putrefato
Do anódino, do vil, do rotineiro,
Na ignorância deste simples fato:
Entrega vale, se for por inteiro.
O passado é presente, já que o presente é do passado, porém o futuro permanece ausente, em meio ao que está do meu lado.
"Encontros"
Percebi minha infinita distância quando cheguei. Tua presença se ausentou e minha ausência não foi notada. Descobri que estava longe de ti, quando sua casa tornou-se um lugar estranho. Já não sabia mais quem o que buscava. Um estranho falando línguas, que de idioma não entende nada. O vazio é mais cortante que antes do inicio, quando seu reflexo brilhava em meio a escuridão. Sem palavras, não consegui conjugar o Verbo. Sendo um presente abstrato e um único futuro certo. Relembro memórias distantes, de uno e trino, faz-se um cálculo perfeito. Três, nunca foram de fato três, mas um. Perfeição divina!
Aos poucos busco encontrar-te ouço uma voz como de um coro algelical, dois não se faz, quando um é suficiente. A sua que também é minha presença, inunda minha já desgastada alma pelas ondas que bruscamente impulsionam meu corpo para perto do Pai. Não o pai Criador, mas o Pai do Verbo!
A jornada esta próxima do final quando ouço a campainha soar, o silêncio da sua voz me faz entender que estou no lugar certo, mesmo não parecendo. Deixo sua luz dominar meu espírito, tomando um cálice de dor, um pão de dúvidas e uma hóstia de eucaristia que, cá pra nós, nunca foi barata.
Entre palavras e sons, permito encerrar minha carreira e guardar o que dizem ser um dom...
Se estás aqui, não te vejo, mas, minha natureza que vem do terceiro, isto é, Sete, me fala que continuo no lugar certo e que como uma fada azul, vais na mais remota das possibilidades, me encontrar. Quando na verdade, um encontro de três com três. De um com um!
Vinde a mim, e eu vos aliviarei...
Um dia eu junto todos os pedaços e me faço ausente, enquanto você se fará presente. Um dia eu sigo somente o que estiver adiante, enquanto você vai implorar que eu olhe para trás de novo. Um dia eu me arrumo e sumo, enquanto você se arruma e vai atrás de mim em vão.
Todos os dias do pai.
Data de presente
e eu ganho choro
com o senhor ausente
não tenho consolo
data de confraternização
de reafirmar o amor
chora o meu coração
de saudade e de dor
data de alegria,
data de comemorar,
só escrevendo poesia
para a saudade passar
quantas belas lembranças
quantos ensinamentos
pai, sou a sua criança
inundada de sentimentos
uma data especial
que perdeu o sentido
o senhor virou anjo celestial
e eu um filho perdido
perdido na vida,
perdido no medo,
se não fosse tão grande a ferida
não lhe contaria este segredo
pai, sinto sua falta,
e hoje mais dolorida,
em sua viagem sem volta
não conformo com sua partida
hoje é dia dos pais
eu tenho que entender
a dor é forte demais,
pois eu amo muito você
todos os dias do ano
ao senhor eu dedico,
é assim que lhe amo,
é assim que lhe glorifico
meu pai, meu senhor,
meu amado protetor.
Presente ausente é quem finge;
Porque mesmo estando ao lado,
Este alguém se faz distante por
falta de verdade e sinceridade.
É tanta superficialidade recheada de mentiras e ausência de amor próprio que se faz mais presente cada dia na vida de tantas pessoas, olha essa é uma das coisas mais bizarras que já vi durante esses dois mil anos da existência humana.
Cartas de Amor
Cartas de amor, imagens vivas da presença
quando somos ausentes.
Sublimes palavras trêmulas porque falam com
as mãos.
Privilegiadas, porque nos dão a maneira mais
verdadeira de falarmos sem sermos
interrompidos.
Belas , porque escrevem amor.
Tristes ,quando trazem a dor
E alegres quando chegam juntas com a saudade.
Cartas... quantas passaram pela minha vida,
quantas já passaram por nossas vidas,
quantas escrevi, quantas recebi?
Tantas eu rasguei que se juntasse um
pedacinho de cada uma, nem sei, daria uma prova
completa desse amor, que de vez em quando
tenta se afastar de nós.
Hoje me deu vontade de escrever, e dizer
que você tem razão em duvidar do meu amor,
eu lhe acostumei com palavras lindas e
de repente você não ouviu mais...
Agora olho para trás e vejo que escrevi muito
mais do que falei , que senti muito mais do
que provei.
Cartas...o único modo de ser totalmente livre!
Escrever...a melhor maneira de dizer
com coragem, todas as vontades que não temos
coragem de dizer....
Eu penso na ausência sempre presente.
Eu penso no abraço que não darei.
Eu penso no vazio farto em saudades.
Ausência é um vazio farto em saudades.
Como todos, enfrento ausências...
Sejam ausências propriamente ditas,
sejam presenças cujas almas e mentes
não se conectam comigo.
Não consigo definir as que doem mais.
Cika Parolin
