Preguiça
Sempre que um ser perceber um trabalho aparentemente completo, ele plagiará. No entanto, se parecer incompleto, na visão dele, ele o melhorará, ou simplesmente vai ignorar por pura preguiça.
206 ossos, 650 músculos, mais de 50 bilhões de células, espero que entenda que levantar tudo isso da cama de uma só vez, é muito complicado.
Coisas enferrujadas
Não enferrujam de uma hora para outra.
Enferrujam com o descaso
De uma humanidade que já passou dos limites
Da ociosidade...
Vivem em suas zonas de ACOMODAÇÃO e não de conforto como muitos chamam. Não estão confortáveis, estão com medo de mudar, desanimadas, rolando devagar e de costas sobre pedras, sem questionar, sem refletir.
Sem sair de casa...
Sem passar pela porta...
É possível ver o mundo...
Pelas portas entram o mal...
Pelas portas também entram o bem...
Quem decide é você...
Em suas soleiras...
Aguardam ansiosas a preguiça, a miséria, o mal estar...
Dádivas querem lhe visitar...
Tocam em suas portas porém esperam convites para entrar...
Felicidade dá bom dia...
Amor quer sua companhia...
Fartura quer contigo cear....
Paz lhe coroar....
Anjos bem dizer...
Deus abençoar...
Escolha você quem entrar...
Sandro Paschoal Nogueira
Ao dar uma ideia que facilite o trabalho alheio, você é eficaz.
Ao dar uma ideia que facilite o seu próprio trabalho, você é preguiçoso.
Aquele dia cinza, com nuvens cinzas cobrindo o sol. Aquele vento gelado batendo em nosso rosto. Nosso nariz vermelho e gelado enquanto caminhamos com as mãos nos bolsos. Aquela preguiça pra levantar de manhã, e quando levantamos sentimos aquele chão geladinho, aquele chá e/ou chocolate quente na caneca. As folhas das árvores todas caindo no chão. Aí aí.....
Ah outono.... Aaahhh inverno ❤🌫🌫🌬🍁🍂🍂🍃🍃
Zé Macambúzio...
No auge de suas 78 primaveras
Bem delineadas pelo nome a que faz jus
Zé Macambúzio, era homem de fé quebrantada
Sitiante de parca leitura e boas prosas e tiradas
Tinha em vida poucos desejos e paixões
Cigarro de palha e uma rede na varanda
Rosinha “roçadeira” era seu grande amor
Mulher inculta, mas de fibra e imenso valor
Zé Macambúzio, jamais se deu à lida
Não se dava bem com ferramentas
Arados, enxadas, foices e plantios
Fez da languidez sua arte de viver
Na chegada dos reveses da seca
Decidiu deixar de se perdurar
E toda a redondeza o visitou
No intento de convencê-lo a reagir
Zé Macambúzio estava decidido
Encomendou sua urna e mortalha
Agendou a data de seu funeral
Convidou carpideiras e vizinhança
Tentaram removê-lo dessa sandice
Mas a ideia de passar a eternidade
Na horizontal, sem infortúnios
Sem incômodos, sem mendicidade
Chegou enfim o dia da despedida
Seguiu-se o cortejo e ouviu-se um a voz
“Zé, desiste disso que te dou um saco de arroz”
E Zé respondeu: “Com casca ou sem casca?”
De pronto, ouviu-se a resposta:
“É arroz com casca, Zé”
Sem pestanejar, Zé Macambúzio ordenou
“Meu povo, toca lá pro cemitério!”
Se for para desistir, desista do analfabetismo, da intriga, da inveja, da maldade, do tribalismo, da intolerância, da injustiça, da preguiça, da indisciplina, da falta de zelo e da incoerência.
“Não quero me aposentar para acordar cedo e varrer a calçada. Não gosto de acordar cedo, e menos ainda de varrer calçadas.”
Precisamos de dias estressantes para sermos felizes. Precisamos de dias nos quais não dormimos nada e trabalhamos incansavelmente em um prazo. Porque se não fizéssemos isso, os dias de preguiça não seriam tão bons. Precisamos estar sempre trabalhando em alguma coisa para nos sentirmos úteis e termos um senso de propósito.
Não tenho medo de não alcançar meus objetivos, temo mesmo é um dia acreditar que já alcancei todos eles.
