Prédio
Um prédio velho após restaurado vira patrimônio histórico...
Um móvel velho vira relíquia de museu...
E quanto mais velhos alguns objetos, mais valorosos eles se tornam...
Nós não, quanto mais velhos, mais restaurados na plástica, mais monstruosos nos tornamos,
mas vamos sendo deixados de lado como mobília sem uso, e mais vai se perdendo o valor de mercado.
Amor
As noites no meu prédio são um tédio
A cama arrumada, janela espelhada
Vêm me mostrar
Que não importa mais oque eu faça
Não dá pra fugir
Sempre penso em ti
Doce e alcoólatra como vinho.
Nesse cenário,
asfalto molhado, noite fria.
Luzes acesas, prédios altos.
A cidade cheira a cigarros e vícios.
Essa fumaça exala promessas falsas
e cá estamos nós,
em meio a palavras explícitas
e situações formais.
Me disse que sou diferente,
apesar de nossa diferença de idade.
Esse é um mundo de artistas,
nós somos artistas consequentes.
Falando em arte,
seja minha musa?
A última não valorizou os traços que nela realcei.
Percorreria seu corpo a lápis ou pincel,
te deixo escolher.
Só promete sussurrar a sua resposta,
não como promessas falsas que nos têm.
Sussurra.
Minha mente tá barulhenta demais,
mas eu juro que, se for você,
eu vou conseguir escutar.
LUA DOS TEMPOS MODERNOS
Autora: Profª Lourdes Duarte)
Do alto de um prédio, observo a noite que cai
Sem eminências azuladas, nem revoadas de passarinhos
Mas ao longe surge a lua com seu encanto e magia
Para embalar o sono dos que tardam o fim do dia.
Como pra mostras aos que vivem nesta serva de pedra
Surge brilhante e cor de prata lá no alto da colina
Resistindo a ofuscação das luzes artificiais
Mostrando que seu brilho é supremo e belo.
Oh! Lua dos tempos modernos
Continuas bela e singela com seu brilho cor de prata
Minguante ou crescente és entre todos os astros
Símbolo do amor que impera.
Lua dos tempos modernos resiste ao tempo e as tempestades
Vai e volta mais bela, de suas quatro estações
Como para mostras aos que vivem nesta correria louca
Que o romantismo ainda existe
E que é importante para embalar corações.
E quando voltarmos ao prédio da escola não será preciso estar todos os dias no prédio da escola, porque nós aprendemos em qualquer lugar, desde que haja: um projeto de vida, um professor/mediador, um roteiro de estudo para pesquisa, desde que haja avaliação, porque uma prova não é avaliação e não prova nada.
Se as colunas de um prédio não forem solidas, em pouco tempo, esse predio desabara. Dessa forma, ocorrera, também, com o futuro profissional, caso não haja investimentos em sua base. Para tanto, vale ressaltar três características primordiais para que o individual adquira excelência no trabalho: qualidades pessoais, competência no que faz e boa vontade.
A primeira se inicia na infância, quando os pais educam seus filhos voltado para a disciplina da pontualidade e do comprometimento com suas responsabilidades diárias, atentando-se para a formação do bom caráter da criança.
Ja a competência profissional se constrói através da busca do estudante pelo conhecimento, o foco nos estudos com qualidade, a descoberta se sua vocação, o cumprimento cotidiano das metas trançadas, o desejo de fazer sempre o melhor, a escolha do curso profissionalizante e da graduação.
Porem, so as características acima não bastarao, será necessário que o futuro profissional desenvolva o sentimento do entusiasmo, para executar as tarefas com excelência, obtendo, assim, o diferencial.
O profissional que busca excelência esta sempre investindo em sua formação intelectual, pois conhecimento nunca e demais para ele. Tambem reserva um tempo, para avaliar o seu relacionamento interpessoal e atuação no local de trabalho, verificando em que e necessário modificar-se.
Assim como um predio precisara de boa fundação, para ser erguido e sustentado, o estudante que anseia pelo sucesso, precisara construir e ampliar as características acima apresentadas, a fim que se nasça, de fato, o profissional de excelência.
É como se estivéssemos em cima de um prédio, e quando nascemos, nos pulamos dele e essa queda demora anos para acabar, alguns mais e outros menos. Agora pense que quando perceber pode ser tarde de mais e você já estar perto do chão. Então, se estamos caindo, por que não aproveitar a queda? Aproveite a vida como se fosse a queda que um dia vai chegar ao fim, e quando batemos no chão, morremos.
Muitos estão edificando igrejas (prédio); Mas não estão edificando a IGREJA (discípulos). Construir uma igreja (prédio) não é edificar a IGREJA (discípulos – Mateus 28.19-20).
Fácil, aquilo que não é difícil, ele quis se jogar do prédio, pq parecia mais fácil do que ficar ali queimando... Difícil, aquilo que não é fácil, ele preferiu continuar queimando por que pular do prédio, apesar de parecer a alternativa fácil, era bastante difícil.
DESCONSTRUIÇÃO
Quando os pais e os avós
vão aos poucos morrendo
é como um prédio antigo
perdendo os pavimentos.
Mas não é ele que cai:
sou eu
desmoronando
por dentro.
Entorpecida com roupas brancas de angústia, é assim que estou agora encima desse prédio, no vigésimo sexto andar pra ser mais exata.
Estou entorpecida querido, cheguei no meu ápice, estou presa dentro de cada lágrima que escorre entre a dor insolúvel de minha pele. Estou entorpecida querido, e com um medo avassalador que de cima desceu pra minha espinha, fazendo arrepiar a alma já quase que falecida, ando vagarosamente em passos largos pro início do meu fim.
Perdoe o meu egoísmo, eu só tenho 36 anos, mas tinha mim planejado antes, você que se esqueceu, contudo agora irá lembrar
pelo resto de sua vida.
E entorpecida deletarei e findarei todas as minhas lembranças, mas te deixarei de presente uma última foto do meu sorriso, eu demonstrarei o quanto estarei bem, você verá. Querido, estou entorpecida e farta dessa neblina de fumaça escura sobre esta selva pedrificada, a vista daqui só alcança a poeira o branco e o cinza.
E encima do topo de uma das bases mais desprezível de poluição do mundo me encontro entorpecida pronta pra destruição de mais uma vida insignificante, a minha.
Entorpecida sinto meu estômago congelar, os músculos ficarem tensos e o frio tomar conta de todo o corpo, deve ser breve o
alívio que se aproxima.
Entorpecida sento no meio
fio das alturas querido. Mesmo entorpecida posso sentir a força da brisa do vento querer levar meus cabelos, seu som soa quase que meu nome, talvez O divino tenha se lembrado de mim, talvez Ele quisera dizer algo, mas não consegui entender o final.
E entorpecida vou balançando com euforia meus pés descalços no mesmo embalo da canção que toca no celular ao meu lado, olho pra baixo e vejo muturos da destruição humana, há uma guerra incessante lá embaixo, e não podemos fazer nada, estamos todos condenados querido.
Olhe, você mesmo poderá comtemplar o caos reinando em tudo, é pedra encima de pedra amontoadas como num cenário aterrorizante
de um filme de terror só que em guerra de vida e em tempo real, veja, tem sangue espalhado por toda a cidade e corpos destroçados pela maldade humana e seu abuso de poder, a fedentina é tão insuportável que daqui as narinas chegam a arder. Olhe pra baixo comigo e entenderá o que eu digo, o mundo se perdeu querido, tudo o que eles querem é acabar com quem você é, o diferente incomoda e é isso o que mais me encanta em você, eles querem te controlar com seus tiros e bazucas de canhão e estão conseguindo vencer. Centenas de pessoas estão a correr desgovernadas pra lá e para cá na busca desenfreada por alguém ou algum abrigo seguro, estamos sozinhos agora. Tem idosos caindo e crianças debaixo daqueles carros, todas mortas, tão pequenas, que injusto não? Entorpecida com as mãos trêmulas e voz escassa que
estou na beira do abismo pronta pra cair no caos, pularei de frente pra sentir meu último desespero descer pela garganta até o derradeiro. Cansei, nem sempre um vencedor ganha não é mesmo?
Pulei, e enfim escureceu.
Acordei!
Agora me encontro em forma de um bebê abandonado a gritar no mesmo cenário de destruição, e por cima dos escombros vou engatinhando entre meus berros e choros da alma na busca fracassada por alguém que nunca virá, e na poeira da bagunça quando a solidão se fez presente eis diante de mim surgir um anjo negro com as asas quebradas, me pega no colo com tristeza nos olhos enxuga minhas lágrimas e me salva.
Que nessa outra vida Deus perdoe meu pecado e que eu não te decepcione, mãe e filha.
Depois de uma boa reforma física do prédio da igreja é bom fazer uma excelente restauração espiritual dos membros.
