Preconceito Racial
Vestiram minha nudez,
Trilharam meu caminhar,
Limitam meu ser...
...e, resta apenas;
Fragmentos de um desejo.
(Nepom Ridna)
O homem conseguiu descobrir a fissão nuclear, mas ainda não conseguiu se desvencilhar de características como o racismo ou o preconceito.
Ditadura branca
no Brasil, a ditadura
nunca se extinguiu
para gente de pele escura:
a antilei
o falso indício
o sumiço
a tortura.
Eu sempre paro para tentar compreender porque querem me ver tão infeliz, se eu luto para que as pessoas vençam e me sinto derrotada quando sou impedida de ajudar.
Por me acharem arrogante, as pessoas vivem fechando as portas para mim, mas a única coisa que eu quero nesta vida, é ter oportunidade para trabalhar honestamente e com dignidade. Não me vitimizo, sou qualificada, esperta, inteligente, trabalhadora, mas a verdade é que sou massacrada todos os dias pelos que dizem não ser racistas e são.
A mitologia é um conjunto de narrativas que nos atravessam e coloca em cada "eu" o sentido da vida contribuindo com a nossa representação como sujeitos de si.
Homem com homem. Mulher com mulher. Homem com mulher. Bi com ht. Homo com bi. Lésbica com bi. Cis com trans. Trans com trans. Preto com preto. Branco com preto. Nordestino com paulista. Gordo com magro...Todo amor é possível e belo. A real é que o preconceituoso odeia o amor.
No universo da resistência Negra, talvez não haja crueldade maior do que ter que Resistir sem ao menos poder Existir.
Todos nós s temos muitos valores. Não conheço uma pessoa sequer reduzida ao nada. Nem as arrogantes, nem as demasiadamente humildes. Mas fico triste quando o alvo de discriminação rebate a sua luta com discriminação.
Mas intolerante vai continuar comendo cru nos dias atuais.
Brasil Em Prantos
Tantas vozes silenciadas
sob os cuidados da pátria amada.
É o choro da mãe que abraça
o corpo do filho sem vida,
vítima de balas direcionadas e não perdidas.
E não importa se seu escudo
é da esquerda ou da direita.
O sangue derramado é vermelho
mas a dor, a dor é preta.
É o amor que agoniza.
É o ódio que mata.
Onde está a liberdade nesta pátria democrática?
Ser, amar, existir não é proibido
mas por que ainda há vidas sendo interrompidas por isso?
É uma floresta que queima, um povo que chora
vendo a sua história indo embora.
É uma ancestralidade humilhada,
cansada de ser atacada
por uma ganância cega que não acaba.
E ai daqueles que recusarem toda essa opressão.
Nesta terra onde quem fala,
onde quem luta é engolido pelo chão.
De Chico Mendes à Marielle Franco.
Quantos se foram?
Quantos ainda irão?
Mas que ecoe a certeza
de que nenhuma luta foi ou será em vão.
O pior julgamento que você pode fazer de uma pessoa que você não conhece, com base em ideias pré-concebidas sobre as primeiras impressões que a aparência, atos, gestos ou comportamento causaram nos seus sentidos chama-se racismo!
Somos todos iguais, o que diferencia uns dos outros é o caráter, uns tem muito, outros tem pouco ou nenhum. Preconceito é sinal de IGNORÂNCIA em todos os sentidos, TRANSCENDA!
Apesar dos muitos anos transcorridos desde a abolição da escravidão, os praticantes de religiões Afro-brasileiras ainda enfrentam desafios para exercer sua fé livremente em um país onde a intolerância religiosa persiste. É imperativo questionar se as barreiras enfrentadas por essas comunidades seriam as mesmas se suas crenças tivessem raízes em tradições historicamente associadas à elite branca e burguesa. A liberdade religiosa é um direito fundamental, e a diversidade de crenças deve ser respeitada e protegida em todas as esferas da sociedade.
Nella città III - A cor da carne
Há dores que nascem antes do grito.
Não do corpo, oráculo por vezes calado,
nem da alma, que cedo se curva ao pranto.
Mas da identidade, lançada à sombra, à face do repúdio,
antes mesmo de saber-se ser.
Nasce, então, a dor sem nome,
antes que a luz do mundo pudesse tocar a pele — nua.
É o peso de um tom que destoa,
aviltado pela violência do olhar.
A cor da carne, que não é da alma,
não é identidade,
mas adorno passageiro —
incompreendido por olhos de cárcere,
que desferem o açoite mudo da ignorância,
a face vertida.
Vê:
a cor sublinha o corpo,
e não pede perdão pelo que é.
Aqueles que esperam que a cor se renda
não entendem o enigma da pele — nua,
que nenhuma voz pode enunciar.
Não estamos sozinhos,
Temos a liberdade,
Guardada no coração,
Dentro da mente,
Revoando nas ideias,
Formando caleidoscópios,
Com tantos nomes,
Belas etnias,
Todas as crenças,
Com fé na vida,
Construindo caminhos,
Estrelas na orbe.
Todas brilhantes,
Comoventes,
Tão espetaculares,
Exatamente iguais,
Perfeitas para que nos ama,
Imperfeitas para quem não nos conhece.
Não somos solitários,
Temos a igualdade,
Estampada no sorriso,
Na gentileza,
Segura nos afetos,
Gentis e concretos,
Existimos,
Não desistimos,
Persistimos,
Insistimos,
Porque temos a arte,
De fazer,
De crer,
De amar,
Para que tudo possa,
E que um dia aconteça,
O nosso Sol aqueça esse planeta.
Racismo?
Desigualdade!
Racismo contra a própria raça,
Mal da Humanidade,
Que atenta contra si mesma,
Que se destrói,
Que se perde,
Que se desencanta,
Que se renega,
Que se exila,
Que se diferencia,
Que se aliena,
- Atentando
Contra a própria identidade,
Espezinhando a liberdade,
Se dissociando,
Matando,
Morrendo todos os dias,
- em quantidade e qualidade
Do que se vive, e como se vive,
Aprendi a resistir,
Com Martin Luther King.
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