Preconceito Cultural
Temos o dever moral de resgatar o africano de si mesmo, pois, foi-lhe incutido na mente o ódio contra si mesmo, contra o outro africano e contra a sua história.
É imperioso redescobrir e desenterrar a sua identidade cultural.
Devemos usar o "guarda-chuva" dos direitos humanos para intervir nas questões culturais e políticas de uma país.
Ou, devemos deixá-los resolverem seus problemas seguindo a ótica do relativismo cultural.
Eis a questão!
Se acreditarmos que uma montanha
pode ser composta de pequenos grãos,
podemos fazer de cada dia uma fonte de aprendizado,
onde cada conteúdo aprendido
vai compor um capital cultural
que nos tornará, em um futuro não muito distante,
em alguém que poderá compreender
que nem só de grãos se forma uma montanha.
"Vivemos a diáspora, respiramos ela. Somos ela. E por ser uma história de todos nós, temos que assumir o compromisso coletivo, político e educativo de apoio e reconhecimento desse patrimônio cultural".
CAIÇARA RAIZ
O mar me traz inspiração
O mar me traz alegria
Na superfície do mar
Faço da embarcação
Minha moradia.
Tereré na Fronteira
Na fronteira onde o Brasil e o Paraguai se encontram,
Ponta Porã, princesinha dos ervais, se destaca.
Histórias gravadas nas memórias dos ancestrais,
Nativos guaranis, bravos guerreiros,
Que através da bebida fresca, o Tereré,
Reverenciavam os antigos nativos,
Cujas memórias ainda vivem nestas terras.
Tereré, símbolo de amizade e cura,
Do corpo e da alma,
Bebida com água pura ou com ervas medicinais,
Os yuyos, plantas nativas que trazem fragrância e cura.
Em cada gole, uma conexão com o passado,
Uma reverência aos que vieram antes,
E uma celebração da vida e da cultura,
Na fronteira onde histórias e tradições se entrelaçam.
Crônica da Linha de Fronteira Seca: Ponta Porã e Pedro Juan Caballero
A linha de fronteira seca entre Ponta Porã, Brasil, e Pedro Juan Caballero, Paraguai, é uma região única, repleta de histórias antigas e memórias culturais. Este território, que hoje une dois países, já foi palco de inúmeras rotas e caminhos antigos, cruzados por povos indígenas, portugueses, espanhóis e missões jesuítas.
A Formação Histórica.
Desde tempos imemoriais, a vasta mata e as grandes áreas de erva-mate nativa atraíram colonizadores, migrantes e emigrantes de diversos lugares. Os tropeiros e comerciantes viajantes que por aqui passaram deixaram suas marcas, e muitos decidiram fixar-se, dando origem a estâncias e fazendas que, cada uma, conta sua própria trajetória e história.
Lendas e Memórias.
As lendas locais falam de quadrilheiros e bandoleiros que cruzaram a região, mas também das patrulhas volantes, formadas por valentes da região, que expulsaram os bandidos. Essas histórias são contadas através de crônicas locais, lendas e causos de outros tempos, memórias de um passado que deixou gravado na história contos para serem contados.
A Riqueza Cultural.
A riqueza cultural e histórica da linha de fronteira seca é inegável. Cada canto dessa região guarda memórias de um tempo em que a fauna e a flora exuberantes eram observadas com admiração pelos primeiros exploradores. As missões jesuítas, com seu legado de fé e conhecimento, também deixaram marcas profundas na cultura local.
Conclusão.
Hoje, Ponta Porã e Pedro Juan Caballero são cidades irmãs, unidas por uma fronteira que, mais do que dividir, une histórias e culturas. A linha de fronteira seca é um testemunho vivo de um passado rico e diversificado, que continua a inspirar crônicas e contos, mantendo viva a memória de uma região única e cheia de histórias para contar.
Isso repousa na crença no poder normativo da inteligência, e esse poder é uma ilusão. Decorre, aliás, da tradição aristocrática da cultura, que supõe deverem os não-cultos submeter-se, naturalmente, ao governo tutelar dos cultos, para que a sociedade seja harmônica - A OFENSIVA REACIONÁRIA
Penso que devemos continuar discutindo, na medida do possível e aproveitando todas as oportunidades, esses e outros problemas ou contradições ou antagonismos. Pouco a pouco, e na medida em que se reconquiste a liberdade, as discussões se ampliarão e ganharão conteúdo e nível mais alto...temos compromisso com o futuro. O lixo será removido, sem a menor dúvida
HISTÓRIA E MATERIALISMO HISTÓRICO NO BRASIL, pág. 99
A cidadania só se constrói com o reconhecimento e o respeito pelas diversas expressões culturais e formas de viver.
Enquanto estais em manifestações, estou em casa ocioso. Espero pelo tempo em que irei esculpir jovens mentes. Não se engane com o que vos digo, irei tal mentes esculpir, não talhar, posto que não sou mídia nem líder religioso. Sou apenas a muda de um professor que está porvir.
Sinto-me como alguém que estabelece uma ponte entre a construção de conhecimentos e o saber. Sim, sou professor. Sou professor porque acredito nas novas gerações e na sua infinita capacidade de arquitetar um mundo melhor, mais humanizado! Considerando a diversidade de pessoas e a pluralidade cultural.
Por mais que não pareça a arte indigenista nativa e a arte popular cabocla é o que há de mais valioso na cultura artística brasileira.
O Carnaval brasileiro um bom espetáculo de exportação mas internamente ainda pequeno pois não tem a união de todas as artes e suas múltiplas possibilidades das plataformas criativas do Brasil. Acredito sim, que um dia vai ser maior e será gigante em todo o mundo e aqui.
Cabe aos Conselhos Municipais de Cultura e Cidadania funcionarem como meio de registro, estudo, resgate e documentação de toda cultura artística e artesanal regional. A cultura nada mais é que o registro do modo de fazer que gera a oportunidade de repetir o feito para frente indeterminadamente. O conselho deve promover a criação de uma biblioteca cultural e que nela tenha os registros de tudo que caracteriza a cultura popular da especifica tradição regional. Assim como a cultura da gastronomia dos pratos típicos locais, doces, bolos, biscoitos e tudo que comemos e apreciamos por serem deliciosos, a cultura das bebidas artesanais, das aguardentes, cachaças e licores. A cultura vestuário das roupas celebrativas das festas populares, dos mantos, das toalhas e dos enfeites e adornos das linhas, das fibras e dos tecidos. A cultura da marcenaria que artisticamente gera objetos utilitários, imagens e pequenos moveis em arte primaria no uso das madeiras. A cultura da musica, cantigas dos folguedos e os cantos das romarias. Sendo assim todos os conselhos municipais de cultura e cidadania devem ser por excelência o grande biblioteca cultural local, o local cidadão de guarda e registro de cada identidade regional e ter a difícil tarefa de promoção e apoio incondicional da cultura local e da permanência futura dos modos de fazer. Acredito no convite dos mestres das culturas populares locais como participantes entre os membros acadêmicos e sociais comunitários eleitos para cada gestão. Mas todos sempre em uma unica direção e sentido de ser o repositório de toda cultura local, municipal e regional que tanto fortalece nossa soberana e impar identidade na diversidade cultural brasileira.
O verdadeiro "marchand de tableau " se destaca em muito do grande vendedor de quadros, pois o primeiro promove ações por amor a arte e a dignidade do artista, vivo ou morto, famoso ou anônimo mas o segundo só vende obras que lhe proporcionam grandes lucros.
