Povo

É, por vezes, mais difícil governar um só homem do que um grande povo.

Eis ao que leva o intervencionismo do Estado: o povo converte-se em carne e massa que alimenta o simples artefacto e máquina que é o Estado.

Um povo de ateus não poderia subsistir.

As guerras são uma espécie de bebedeira colectiva e, digam o que quiserem os pacifistas, o povo é a favor delas, pelo menos nos primeiros trinta dias.

O que faz que os homens formem um povo é a lembrança das grandes coisas que fizeram juntos e a vontade de realizar outras.

Ganham-se melhor as guerras pelo estratagema; mas ao povo governa-se melhor pela franqueza.

Sobretudo não temei o povo, ele é mais conservador do que vós.

Há momentos em que o governo perde a confiança do povo, mas não conheço momentos em que o governo possa confiar no povo. O povo concede o seu favor, nunca a sua confiança.

O povo deve ser instruído, mas não deve ser douto.

Não se sabe até que ponto as mulheres não formam uma aristocracia. Entre elas, não há povo.

Feliz do povo cujos anais estão vazios nos livros de história!

Todo o partido existe para o povo e não para si mesmo.

Ela tem a malícia no olhar
A magia da dança
O mistério do luar
A natureza fica toda em festa
Porque tem cigana na tenda a dançar.

Não existe país pequeno. Avaliar a grandeza de um povo por seu número é o mesmo que determinar a grandeza de um homem pela sua altura.

É fácil falar em nome do povo, ele não tem voz.

´A omissão de quem pode e não auxilia o povo, é comparável a um crime que se pratica contra a comunidade inteira. Tenho visto muitos espíritos dos que foram homens públicos na Terra em lastimável situação na Vida Espiritual.´

Quando os eruditos descobriram a língua, ela já estava completamente pronta pelo povo. Os eruditos tiveram apenas que proibir o povo de falar errado

Ao povo nossas carícias
Ao povo nossas carências
Ao povo nossas delícias
E nossas doenças

Professorinha ensinando à crianças; a adultos; ao povo;
toda a arte de ser, sem esconder o ser.


(Trecho de Drummond, no dia da morte de Leila)

A terra tão rica
e – ó almas inertes! –
o povo tão pobre...
Ninguém que proteste! (...)