Pouco
Saber um pouco mais e viver um pouco menos
Há quem pense o contrário. Melhor é o ócio bem empregado do que o negócio. Tudo o que possuímos é o tempo, único bem de quem não tem nada. A vida é preciosa demais para ser desperdiçada tanto em trabalhos mecânicos quanto em excesso de tarefas sublimes. Não devemos nos sobrecarregar nem de ocupações, nem de rivalidades: isso é maltratar a vida e sufocar o ânimo. Alguns acreditam que também se deve evitar o saber, mas, se não se sabe, não se vive.
Se souber pouco na sua profissão, atenha-se ao mais seguro.
Desse modo, ainda eu não seja considerado inteligente, passará confiança. Aquele que sabe pode se arriscar a fazer o que quer, mas saber pouco e arriscar-se é jogar-se voluntariamente no precipício. Quando se sabe pouco, é melhor seguir pela estrada principal. Deve-se manter o caminho reto e não faltará o caminho firme. Em todos os casos, sabendo ou não sabendo, a segurança é mais prudente que a singularidade.
O POUCO QUE É MUITO (Mc 12,38-44)
As aparências não influenciavam o juízo que Jesus fazia das pessoas, porque seu olhar penetrava no íntimo delas. Por esse motivo, não lhe era difícil perceber a motivação profunda de suas ações.
Os mestres da Lei, por exemplo, não o enganavam. Prevalecendo-se da estima que gozavam do povo, tornavam-se vaidosos e inescrupulosos. Sentiam prazer em ser reconhecidos como pessoas altamente consideradas. Sendo assim, abusavam da boa fé e da hospitalidade das pobres viúvas, passando longas horas de oração na casa delas, só para comer do bom e do melhor. Portanto, tornavam-se operadores de injustiça e dignos da mais severa condenação.
A generosidade dos ricos também não enganava Jesus. Com prazer jogavam consideráveis esmolas no tesouro do templo, para serem vistos e louvados pelos presentes. Tal esmola, porém, embora valiosa em termos monetários, não tinha valor para Deus.
Bem outra era a situação da pobre viúva que, tendo oferecido apenas algumas moedinhas, fez um gesto altamente agradável a Deus, porque marcado pela simplicidade e pela discrição. Talvez, só Jesus a tenha observado. A viúva não ofereceu do seu supérfluo. Antes, abriu mão do que lhe era necessário, para fazer um gesto agradável a Deus. Por isso, seu pouco tornou-se muito aos olhos de Jesus.
Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica
O POUCO QUE É MUITO (Mc 12,38-44)
As aparências não influenciavam o juízo que Jesus fazia das pessoas, porque seu olhar penetrava no íntimo delas. Por esse motivo, não lhe era difícil perceber a motivação profunda de suas ações.
Os mestres da Lei, por exemplo, não o enganavam. Prevalecendo-se da estima que gozavam do povo, tornavam-se vaidosos e inescrupulosos. Sentiam prazer em ser reconhecidos como pessoas altamente consideradas. Sendo assim, abusavam da boa fé e da hospitalidade das pobres viúvas, passando longas horas de oração na casa delas, só para comer do bom e do melhor. Portanto, tornavam-se operadores de injustiça e dignos da mais severa condenação.
A generosidade dos ricos também não enganava Jesus. Com prazer jogavam consideráveis esmolas no tesouro do templo, para serem vistos e louvados pelos presentes. Tal esmola, porém, embora valiosa em termos monetários, não tinha valor para Deus.
Bem outra era a situação da pobre viúva que, tendo oferecido apenas algumas moedinhas, fez um gesto altamente agradável a Deus, porque marcado pela simplicidade e pela discrição. Talvez, só Jesus a tenha observado. A viúva não ofereceu do seu supérfluo. Antes, abriu mão do que lhe era necessário, para fazer um gesto agradável a Deus. Por isso, seu pouco tornou-se muito aos olhos de Jesus.
Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica
Por que os casamentos de antigamente duravam muito tempo e agora duram pouco? Acho que a resposta está na palavra casamento. Casamento é um processo longo, onde as parte procuram se encaixar, fazendo concessões mútuas. A vida pós casamento é necessariamente diferente da vida de solteiro. Nos dias atuais aquele processo longo de ajuste não existe mais. Os parceiros já se conhecem antes de casar. O casamento na verdade ocorre antes do rito religioso ou oficial, de forma que os parceiros já não esperam novidades e não há uma lei impedindo que o casamento se dissolva, como há algumas décadas. Então, no processo atual, tem tudo para não dar certo ou durar pouco.
É engraçado que quando a gente fica um pouco "distante" a gente percebe coisas que não percebia por estar perto demais.
Ainda não .. faltava pouco para tudo explodir ,
ela sentia que estava estragando a sua própria vida com tudo isso ..
Ainda não.. faltava pouco para tira-la do ar da qual voava
em seus sonhos.. claro.
Algo está incrivelmente errado quando você começa a se preocupar consigo mesma (excessivamente)
....
O que a fez ficar assim ?
Os melhores pensamentos não são aqueles que falam muito é dizem pouco, mais aqueles que falam pouco e dizem muito!
Quem me conhece, ao menos um pouco, sabe que sou uma caixinha de surpresa. Sempre tenho novos acordares após velhos deitares. Talvez seja eu uma mutante, uma aberração ambulante, ou apenas uma sinceridade transbordante.
Não dou conta de fingir pra não ser julgada, criticada e mal falada.
O som das palavras alheias só me importa quando me acrescentam, caso contrário, faço ouvido mouco e meio como um louco sigo meu caminho sem afetação.
Pra menos sofrer tenho uma técnica de armazenamento e descarte.
Toda opinião alheia assim que processada é enviada para um de dois compartimentos.
Ou vai para caixinha de reflexão, ou para latinha de lixo.
Não costumo guardar rancores por muito tempo... Prefiro descartá-los o mais rápido possível... Só é necessária uma mísera bactéria para contaminar toda uma população.
E mesmo causando espanto fico na lembrança dos que pelo menos um pouco me conhecem, pelo fato de ser tão autentica quanto me é possível ser.
Lembra dos ventos que deixamos soprar aos quatro quanto do mundo levando um pouco de nossa felicidade pra quem não tinha? pois é, ele voltou trazendo nossa felicidade de volta.
Apenas me parece tão… Imprudente, tão pouco característico fazer certas coisas, dizer certas coisas, mesmo que à época, não lhe pareceu certo, agora, de alguma forma, parecia menos certo ainda, a consciência às vezes grita tentando nos avisar por onde não ir, o que não fazer
Apenas me parece tão… Irreal, a pessoa que conhecia, nunca teria audácia para planejar nada tão ousado ou dilacerar um coração, encerrando assim um capítulo das nossas vidas.
Apenas me parece tão… nobre, dormir e sentir mais forte.
Apenas me parece tão… só parece, até parece.
Entre o meu silêncio me tranco em meu quarto para parecer um pouco mais quando penso em florestas onde não se tem espaço;
Não quero ferir o que me fugiu sem parecer um livro de páginas embaralhadas e sem sentido com poemas insensatos dizendo o que não me convinha;
Agora um pouco de teoria, já estava na hora de analisar algo um pouco mais interessante que o meu pessimismo.
Apenas outras ideias
A evolução do pensamento. É inevitável pensar na reciprocidade entre o pensamento e a época vigente. O mais impressionante é como as ideias sobre o pensar mudam. Pense! Como deveria ser o conhecimento quando surgiram os primeiros Homo sapiens? Acredito que nesse cont
exto o raciocínio estava começando a ser desenvolvido, atribuindo a maior parte dos saberes aos nossos sentidos. Depois de coletado os primeiros conhecimentos (maior parte pelos sentidos através de resultados empíricos, seguido pelo raciocínio através das primeiras táticas), eles foram repassados geração a geração, definindo os primeiros traços de cultura, que tanto distinguem os povos hoje.
Isso explica, por exemplo, o porquê de certas civilizações apresentarem certo desenvolvimento em alguns campos científicos, enquanto outras nem tanto. E depois de anos e anos acumulando todo o tipo de conhecimento, o homem cometeu a maior metalinguagem de todos os tempos. O ser pensante começou a estudar o próprio pensamento. Foi nesse momento que realmente passamos a ter alguma história. Poderia citar um monte de filósofo, mas não é esse o objetivo, minha meta é que você, caro leitor, um ser resultado de inúmeras teorias e experiências perceba algo peculiar nessa evolução, de como percebemos o pensar.
Na era Clássica houve a preocupação no exercício do pensar resultando num dos conceitos mais estranhos (e na minha opinião difíceis de entender) que é a verdade. E assim, o pensamento tomou o objetivo de compreender as verdades. Essas “verdades” possibilitaram a dinamicidade do modo como pensamos. Nos primeiros momentos, algumas verdades foram contestadas, mitos e coisas semelhantes perderam as forças, e o ser humano passou a explicar as coisas como se houvessem verdades absolutas. Daí, passamos por um retrocesso chamado Idade das trevas, mas que logo foi compensado com o Renascimento para retomar as ideias sobre o pensar. E como o conhecimento tomou maior abrangência, percebeu-se logo que a ideia de Verdade era muito delicada. Deveria ser algo que além de universal, ausente de qualquer exceção, e até mesmo hoje é difícil achar um pensamento que se enquadre nesses parâmetros. Por fim, vieram os tempos modernos, e houve um pensador que introduziu a relatividade das coisas, e pensamento nunca mais foi o mesmo, muito menos as verdades.
Como consequência desses fatos, hoje é difícil generalizar sobre qualquer assunto, além da cautela de discuti-lo de acordo com a vertente em questão. Pergunto-me se os leitores dessa pequena ideia não se perguntem: Se no início queríamos saber de onde viemos, depois questionamos o pensar, logo em seguida as verdades, e agora a relatividade dos pontos de vistas, o que vem a seguir? Isso realmente é uma evolução que nos beneficia?
P.S.: Deixem suas respostas se acharem conveniente, e se algo pareceu estranho perguntem para que eu possa esclarecer.
(V.H.S.C.)
