Porque não
Eu não sou líder. Vim porque não tive escolha. Eu vim para salvar minha casa e as pessoas que eu amo.
Estou desistindo de você. Não porque não faz o que eu quero, mas por fazer questão de fazer o que não quero. Parece que estou sendo ditador? Não. Apenas não quero passar a vida inteira com uma inimiga que não quer fazer nenhum acordo que beneficie a ambos. Você tem a vida inteira para ser feliz e fazer o que quiser. Sozinha.
Eu não preciso diminuir alguém para me sentir superior, até porque não sou, mas só o fato de não descer a esse nível de atitude já me torna uma pessoa muito melhor.
A tentativa de definir a democracia como regime de direitos é ridícula porque não existem direitos sem deveres (...) (...) fazer essa separação é ignorância filosófica.
Luiz Felipe Ponde
Gosto dos algarismos, porque não são de meias medidas nem de metáforas. Eles dizem as coisas pelo seu nome, às vezes um nome feio, mas não havendo outro, não o escolhem. São sinceros, francos, ingênuos. As letras fizeram-se para frases; o algarismo não tem frases, nem retórica.
Assim, por exemplo, um homem, o leitor ou eu, querendo falar do nosso país, dirá:
– Quando uma Constituição livre pôs nas mãos de um povo o seu destino, força é que este povo caminhe para o futuro com as bandeiras do progresso desfraldadas. A soberania nacional reside nas Câmaras; as Câmaras são a representação nacional. A opinião pública deste país é o magistrado último, o supremo tribunal dos homens e das coisas. Peço à nação que decida entre mim e o Sr. Fidélis Teles de Meireles Queles; ela possui nas mãos o direito superior a todos os direitos.
A isto responderá o algarismo com a maior simplicidade:
– A nação não sabe ler. Há só 30% dos indivíduos residentes neste país que podem ler; desses uns 9% não lêem letra de mão. 70% jazem em profunda ignorância. Não saber ler é ignorar o Sr. Meireles Queles; é não saber o que ele vale, o que ele pensa, o que ele quer; nem se realmente pode querer ou pensar. 70% dos cidadãos votam do mesmo modo que respiram: sem saber porque nem o quê. Votam como vão à festa da Penha, — por divertimento. A Constituição é para eles uma coisa inteiramente desconhecida. Estão prontos para tudo: uma revolução ou um golpe de Estado.
Replico eu:
– Mas, Sr. Algarismo, creio que as instituições...
– As instituições existem, mas por e para 30% dos cidadãos. Proponho uma reforma no estilo político. Não se deve dizer: "consultar a nação, representantes da nação, os poderes da nação"; mas — "consultar os 30%, representantes dos 30%, poderes dos 30%". A opinião pública é uma metáfora sem base; há só a opinião dos 30%. Um deputado que disser na Câmara: "Sr. Presidente, falo deste modo porque os 30% nos ouvem..." dirá uma coisa extremamente sensata.
E eu não sei que se possa dizer ao algarismo, se ele falar desse modo, porque nós não temos base segura para os nossos discursos e ele tem o recenseamento.
Pessoas vivem depressivas porque não cuidam do essencial que é gostar primeiro de si mesmas e depois de deus...
Aos meus inimigos eu deixo o meu melhor sorriso...
Porque não existe melhor vingança para derrubar
um inimigo. A sua alegria, a sua felicidade
e o seu sorriso são armas poderosas e devem ser o
seu passaporte para sucesso.
Ninguém me muda, até porque não me deixo mudar por ninguém, bem como não quero que ninguém mude por minha causa, mas sim, que apenas tenhas ciências próprias de que realmente precise mudar.
A bondade excessiva deixa suspeitas, porque não somos perfeitos; a crueldade mesmo que ponderada deixa condenados àqueles que a tomam como defesa!
O prazer de lembrar tinha sido tirado de mim, porque não havia mais ninguém com quem compartilhar as lembranças. Parecia que perder a pessoa que lembra connosco significava perder a própria memória, como se as coisas que fizemos fossem menos reais e importantes do que elas eram horas antes.
Se me afasto, é porque não me encaixo. Minha entrega é muito seletiva. Meu abraço, vasto. Não ligue se pareço distante. No fundo, só estou perdido em qualquer lugar.
Sou fiel a mim, porque não o sei ser. Com mais ninguém sou tudo o que vivi, mas sem ti não sou ninguém.