Charlie Barkley

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Mas a morte é agradável demais
e eu não quero falar sobre
o agradável.
Eu quero falar sobre a grande
tragédia que é
a vida.

A vida é a maior tragédia de toda essa existência.

Talvez o ser mais correto
que tenha passado por aqui
tenha sido mesmo
Sócrates,
que dizia saber
só que não sabia.
E que no ápice
de sua honra e glória
tomou veneno
só para provar
isso.

Pudera eu lhes contar
sobre tudo o que queima
dentro de mim,
das sensações
que me estilhaçam
os nervos
e que não devem
de maneira
alguma
se tornar um poema,
porque seria demais,
seria demais para
todos nós.

Eu tinha apenas 23, mas sentia como se a vida escorresse por minhas mãos. Como se já tivesse se passado muito tempo e tudo o que ainda me restasse fossem apenas míseras frações do fim.
As coisas da vida passavam e eu inquestionavelmente nada tinha feito.

A verdade é que
algumas
poucas almas
iluminadas
usam da destruição total
para reconstruir suas
muralhas.

Se tornam almas
impenetráveis.

Você precisa enxergar o que anda te matando, a fim de entender o que precisa fazer.

Talvez eu diga coisas sem sentido.
As vezes as circunstâncias batem em mim
e as palavras voam para fora
em uma ordem desconexa
e embaralhada.
São os sentimentos, como devem ser.
Incompreensíveis.

Vive querido
e ri
porque não

espaço
para teu
choro.

Você pode olhar para os pássaros
por horas,
mas nunca vai compreender
como a liberdade deles
é infinita,
pois você está trancafiado
dentro de
uma outra coisa,
e mesmos eles em suas
gaiolas limitados de
poder voar
são livres
de um jeito
que você
não é.

Eu vi o mundo desabando
sobre minha pele
e não tinha muito
o que poderia ser feito,
então fiquei ali,
atento a tudo,
extremamente ligado ao mundo
e quando todos os
deuses acharam que não,
me levantei
e sorri.

Veja bem lindona,
o colorido
me encanta,
mas sou por natureza
um homem
cinza.

No fim das contas
a vida não passa
apenas
de uma música
ruim

Me mande para o inferno
e eu farei questão
de lhe provar
que já estou
nele.

Todas as criaturas deveriam
controlar o próprio destino,
mas não podem.
E nessa ânsia almejamos
um amanhã melhor
que nunca vem.
E assim levamos a nossa
existência,
como um cão
que corre atrás de um carro
e quando finalmente o alcança
é atropelado.

Quase cinco da manhã
e eu não tenho nada bom
para lhes contar
através dessas teclas.
Parte do mundo dorme agora,
mas eu sei
que há outros que estão
agonizando.
Vivendo a dor de sua última
madrugada,
enquanto o sol se prepara
para nascer,
mas uma pena,
pois nenhum desses coitados
irá ver.

Tem noção de quantos versos eu precisaria escrever para conseguir definir todo o efeito que seus olhos tem sobre mim?

Gosto da minha solidão.
Gosto dessa sensação de liberdade
que me permite fazer o que quiser,
na hora que eu achar melhor.
Gosto de poder escrever a verdade
nos diálogos e nos meus poemas
sem ter quem me diga o que deve ou não
ser acrescentado.
Estar sozinho me mantém forte!

Quando a ficha cai.

No começo cheguei a pensar
que o problema
era onde eu estava,
mas com o tempo,
notei que nunca teve a ver
com lugares
ou mesmo
com pessoas.

Não sou adaptado a nada,
e o problema está
em mim.

Talvez eu seja uma peça
sobrando,
algo raro em meio
aos montes.

Há tempos nada é capaz de balançar o meu coração.

A chuva não para de cair
parece até
minha
vida.

E por que? Para que?
Por que coisas tão insignificantes
tem tanta relevância
dentro de nós?

É muito bom ter nascido assim,
sensível a tudo, sensível a dor, a musica,
a tudo que é capaz de me tocar, pois nunca
é simples.
É complexo, é horrível e é ótimo.
Eu penso e sinto meu corpo
estremecendo.
Me alimento dessa porra que não sei o que é, mas que me faz ser o que sou.

Não vejo forma pior de morrer do que quando se perde o tempo em vida.

Cada pedaço de minha existência dói.