Por Tras da Janela
É noite.
Da minha janela, olho, naturalmente, para o céu tomado de breu.
Avisto uma única estrela.
A resistente. A guerreira.
Não me conformo de vir um céu tão bem acomodado no infinito com uma única estrela luzindo nesta pretude.
Insisto na busca por outras pontiagudas.
Vasculho lentamente, com um olhar indignado, a extensão possível de ser alcançada pelas minhas lentes naturais já tão precárias pelo tempo, dada a minha existência.
Eis que, sem forças e encobertas pelo efeito das luzes artificiais, no seu único e soberano habit natural, identifico tantas outras reluzentes que, sem o poder de reação, inundam o firmamento de pontos inibidos na ação de brilhar. Função exclusiva das mais brilhantes e encantadoras cósmicas que tanto me extasiaram na infância.
Concluo:
O homem e as suas ações daninhas à natureza. Seja no quesito clima. Seja no quesito universo. Seja, de tabela, na alma humana que, através da matéria no seu sentido denominado visão, gosta de contemplar e regressar, via a magia do infinito, ao seu verdadeiro lar.
Pobre são os humano que não alcançam a intensidade mística do mal que causam a este planeta e com consequências por todo o universo.
Quase todo mundo quer aparecer e brilhar, especialmente, nas redes sociais. Porém, ninguém, ou quase ninguém se posiciona "com coerência" entre a sua vaidade narcisista e o que prega mistica e publicitariamente, na sociedade, para os indivíduos do seu metro quadrado, ou para o globo, quando tem espaço nas mídias, em favor do planeta.
Haja involução, ilustrada nas selfies e nas falas sem efeito real.
' O PERFUME DA ALMA '
foi naquele dia a nossa primavera
cheiro de flores na brecha da janela
Quando você tocaste o meu corpo
Tórrido desejo, sentindo o teu suor
Pétalas ao vento, a voar pela janela
maior sentimento a coisa mais bela
Encantamento, emoção e nostalgia
A sentir naquele dia, enorme alegria
Eras o atavio do lar, aroma das flores
A clarear o amor, no céu e suas cores
Primavera estação, sublime e florida
Perfuma nas vidas, a emoção contida
Em Certas flores também existem
A imensa diferença, ampla na sorte
Umas perfumam mantendo a vida
Já outras Outras adornam na morte
São lembranças perfume da alma
E que sempre nos abrem as janelas
Vou te aguardar meu amor meu colibri
Na primavera a seguir, eu te amo e não
Desistirei de ti !
E são as lembranças o perfume da alma
A nos trazer olencias das flores de palma
Vai; e Colhe o perfume de tua primavera
sentindo o olor de flor e mistura de canela
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Na sala, ouço minha filha falando:
- Mãe, a lua tá bem em cima de nós!
Fui até a janela, olhei e lá estava ela linda!
Respondi:
- É D'us falando que está com a gente...
Boa noite
Veja da janela o mundo que criamos, pobre garoto. As flores do jardim estão mais vívidas como nunca. Foram regadas com sangue inocente, sangue velho e jovem. Elas alucinam nossas mentes com um perfume belo e mortal; são a representação do nosso egoísmo e escolhas vazias, que tanto feriram ao mundo e a nós mesmos. Vê, pequeno, minúsculo garoto?
Eu olho para janela
Do universo infinito
E não tenho medo dela
Porque tudo é tão bonito
Não tem fim nem tem começo
Como posso entender
Perfeição que nao tem preço
Sem correntes pra prender
Na infinita viajem
Eu faço um tour demorado
Eu olho pro meu futuro
Respeitando meu passado
Pois tudo é só um pensamento
Com eterna sintonia
Tudo vibra num momento
Momento de alegria
A janela apoia meu peito
Vejo a multidão aglomerada
pelas calçadas
na rua Solidão
Em mim a comoção
Desejos de abraçar
Enviar-lhes missivas de amor
A ternura enche-me o peito
faz brilhar meus pensamentos
Partículas doces de um sentimento
Jogo ao vento…
Acordei...
Olhei da minha janela o mar verde esmeralda, igual os olhos de Gabriala, o dia bonito como ela.
Relaxar
Ei a chuva dinovo na sua janela...
Calma como arte de fazer aquarela.
É simples de sonhar das rochas o seu castelo...
Sou o martelo a romper do tempo as pedras...
Eu sinto o gostoso barulho das águas.
Da vontade de dançar vira pirulheta...
Tirar um vinho da gaveta
E deixar os desejos solto no ar...
Como boboletas que sabem voar...
É de admirar como a alma acalma...
Com o barulho da chuva agora.
Boa hora para relaxar e deixar...
As boas vibrações nos levantar na altura do mar...
Eu fico a pensar como você está minha pequena...
Serena como os pingos de amor que desabrochar das nuvens...
Eu vou te encontrar para sempre morar nos seus olhos...
E você vai sentir todo amor que sinto por você.
Que são chuvas que na sua alma já é oceano...
Enfim amo seus olhos castanhos...
Da janela percebo a vida...
Lírios coloridos, dançam nessa tarde de sol.
As rosas explodem na sua beleza.
Pétalas se espalham pelo jardim.
O verde contrastando com o colorido...
Tudo é energia...
Tudo vibra.
O ritmo é a batida do coração.
Ventos que batem nas pedras.
Ventos que uivam.
Ventos que choram.
É a magia da natureza.
Pássaros voam no céu azul.
Pássaros cantam nas árvores...
Canários amarelos cantam no jardim.
Abençoada natureza, que vibro;
olhando da janela.
Nilto Moura
Acordo tarde, esperando a ressaca do vinho barato, sem vontade de sair da cama. Abro a janela e vejo a cidade cinzenta, cheia de gente apressada e sem rumo.
Mas eu sou diferente, não quero seguir a multidão, prefiro me perder nas ruas sujas e escuras, nas várzeas, encontrando aqueles que a sociedade entende por páreas.
Eu não me importo com as convenções sociais, não me importo com o que os outros pensam de mim.
Entre os bares e becos, eu me encontro, com meus vícios, virtudes e defeitos. Eu confronto a vida e a morte, o amor e o desamor. Eu sou um sobrevivente, um lutador incansável. Eu sou o anti-herói dos desajustados, o rebelde sem causa. Somos todos experimentos, um dia tudo isso acabará, e eu partirei deste mundo sem arrependimentos.
Acordei cedo, abri a janela, vi os pássaros cantando, os raios de sol entre as flores se espremendo, o aroma de café no ar se dispersando e no rádio minha música favorita começava a tocar. Foi então que percebi quão afortunado eu era. A felicidade estava nas coisas simples.
Na escuridão da noite, me pego sentada na cama, olhando pela minha janela, pensando na minha vida e em como ela seria se você não estivesse nela.
Os desejos não conhecem porta ou janela, entretanto a falta delas (porta e janela) é que define o não-desejo.
Um dia você vai olhar pela janela e verá que o mundo passou sem você, você envelheceu e está morrendo assim como os seus sonhos.
positivismo
certo aluno
disse que só conseguia enxergar o mar
pela janela da sala de aula despida de grades.
“- como é bonito o mundo
quando se tem o olho nu!”
