Por onde Passei Rasto Deixei
POR AÍ
Andando pelas calçadas
Encontrei poesia onde não previa
Nos pombos que disputavam pipocas caídas
Em pequenos botões que brotavam no canteiro
Em formigas andando em fila
Nos corações pichados em um muro de escola
Andando pelas ruas
Quase tropecei em poesia
À encontrei em uma rachadura no asfalto
No badalar dos sinos da igreja
No tabuleiro da baiana
No cheiro doce de uma laranjeira
Andando por aí
A poesia quase tropeçou em mim.
LÁ ONDE MORO...
Lá onde moro é um lugarzinho bom de viver apesar de mal aterrado ou da topografia do terreno; é abafado e outrora, muito gelado; às vezes, o micro-clima da região se comporta pitorescamente; chegando mesmo à loucura o seu comportamento.
Outro dia choveu bastante no meu bairro, do lado que eu moro, - a água da chuva até levou umas casas de um barranco e ficaram outras penduradas,levou também uma menina que desceu na enxurrada e não se soube mais notícias dela; e do outro lado da rua, a gente podia fritar um ovo no asfalto de tão quente que estava; o sol estalava mamonas.
Lá onde moro o bambu geme e a coruja pia; o galo canta meio dia. A terra treme, o boi muge e a vaca mia...
Eu vivo num cômodo só, numa fenda de rocha que nem mocó. Para o sol entrar, eu tenho que sair: de tão pequeno que é. Mas sou feliz assim mesmo onde moro.
Ele (o sol) nasce bem cedo pra todo mundo, mas lá onde moro, somente dá as caras depois das 10h da manhã; e a gente morre de tremuras todo ano, durante a estação do frio.
Lá onde moro, já foi apelidado de “Ribeirão das Trevas” - mas é um lugar de muita “luz”. De gente que brilhou e brilha, no palco da existência. Não tenho dúvida quanto a isso.
Quem ver somente “trevas” e, não “luz”, numa cidade, ou na vida de seus habitantes é míope. Ainda bem que há uma iluminura na grande maioria das pessoas e o apelido deselegante não pegou. Que bom! Ufa!...
Também adjetivaram de “Buraco do Rato” o bairro onde moro e, infelizmente não desistem de tratá-lo assim: o apelido pegou. Mas os ratos que haviam por lá nós, os moradores e eleitores, os elegemos a deputados federais e a senadores e os mandamos para Brasília. Daí, esse adjetivo pejorativo, ao meu lugar é uma injustiça que se comete.
Onde moro, os taxistas, o pessoal do UBER... Dispensam corridas pros lados de lá. O medo é a razão de ser, desse fato.
Lá onde moro, a violência preocupa, mas, não é de assustar tanto: o último homicídio acontecido em seus termos, fora há quinze (15) dias. Um evangélico matou seu irmão de fé e crença - membro da mesma congregação – usando apenas um simples canivete em tal crime. Motivo fútil.
Onde moro, eu mesmo só fui assaltado, a mão armada, duas vezes; da última vez o meliante usou como arma, simplesmente uma pedra. Sempre há uma pedra no caminho da gente.
Eu soube que as mulheres que se chamavam ”Maria das Dores”, do lugar onde moro, trocaram o sobrenome “Dores” por “Dolores”: agora atendem por Maria Dolores. Legal isso! A pronúncia ficou mais romântica e as “DORES” ficaram para trás.
Lá onde moro - o lugar e o povo - são carentes de tudo; o lugar é como se vê na imagem acima. Dispensa comentários. Desenvolve muito lentamente... A população sofre demais, por suas demandas não devidamente atendidas; o descaso da administração pública local é grande. Mas por lá se vive como pode, aguardando dias melhores.
Onde moro, depois de muita luta dos moradores, por melhorias da mobilidade urbana, autoridades dos setores, público e privado, resolveram ajudar a comunidade; mas, com uma condição: a concessionária do serviço de transportes - alegando pouca demanda de passageiros e alto custo operacional - disponibilizaria apenas um ônibus, para realizar uma única viagem por dia; o carro sairia às 6h20 da manhã para o centro de Belo horizonte - somente de ida. E nós, pobres usuários que fazemos uso desse serviço, desejando regressar para nossas casas, temos que contar com outros meios de transportes.
O lugar onde moro, não merece o descaso e os paradigmas existentes; nem há necessidade de alguém conservar esse temor ao extremo, dele. - A ponto de evitá-lo.
Brevemente deixarei o lugar onde moro e os muitos amigos de lá. - De todos os seguimentos e classes sociais; não por detestar essa terra, e sua gente, que tão calorosamente me acolhera; mas porque preciso escrever e reescrever novas páginas da minha história.
Meus parentes e amigos de infância, também ainda aguardam ansiosos, pela minha presença na terrinha, que deixei pelo lugar onde moro.
(02.05.18)
Grande momento para Luiz
Após muita luta chegou onde quis
Não mediu esforços para alcançar
Historia de lutas de se admirar
Olhou para os pobres e lhes prometeu
Um futuro melhor que a si concedeu
Realmente acreditei em seus devaneios
Ouvi suas promessas e seus anseios
Ultrapassou as barreiras da realidade
Brincou com a justiça perdeu a integridade
Obstruiu as investigações com a burocracia
Usando os recursos de nossa democracia
Chantageou tanta gente pensou que era rei
Habilmente explorou todas as brechas da lei
Obteve seus bens de forma ilícita
Recebendo propinas desses oportunistas
Obviamente não perdeu o seu tempo
Um passo em falso derrubou o seu templo
Foi feita a justiça tão esperada por todos
Encontraram as pistas que escondiam dos tolos
Renegou suas posses disse que foram presentes
Recrutou um exército de seres carentes
Operários que pensam que ele lhes representa
Unidos pensando, que a justiça logo o liberta
Agora a verdade veio a tona
Chega de apoiar quem esta na lona
Abram os olhos e tentem entender
Bastou algumas migalhas pra ele se corromper
Ouço alguns dizerem que foi uma armação
Um bolso bem cheio de ilusão .
sobre a Bianca Souza
Sempre me encontrei em outro plano, onde cultivei a ideia de ser imortal. De mentir e achar que poderia sustentar o peso de tamanha irresponsabilidade. Talvez eu mentisse muito bem, talvez não. Talvez eu tenha criado verdades que jamais fizeram parte do meu dia. Mas também vivi coisas que parecem mentiras.
O que é real? Tudo aquilo que podemos tocar? Ou aquilo que podemos imaginar?
Agora de uma coisa eu te asseguro, eu te amei com todas as minhas forças, só não tive força para transparecer tamanho carinho. Se eu errei, o tempo é pai para dizer que sim, se faz sentido, ele também é paterno para dizer que sim. Então se eu errei me desculpa? Se sim ok mas senão, ok também.
Ja ouviu a metáfora do copo? Entao lá vai. Tu podes jogar um copo de vidro no chão, ele vai se quebrar, você pode me pedir desculpas. Por ser do bem eu vou aceitar, mas jamais o copo quebrado irá se refazer. Acho que isso combina muito com nos dois.
Às vezes não é evangelho...
É só as melhores narrativas,
onde a única lei é amor; os textos
são as taças e Jesus é o vinho.
Ouvi um passarinho cantando
junto a uma moda de viola,
onde? não sei, no entanto,
o som chegou sem demora !
Que linda era a melodia,
bem afinada e sonora,
encheu a paisagem de alegria,
saudando uma nova aurora !
Antes tinha medo de escrever, tinha medo que as pessoas olhassem o meu diário onde eu falava das minhas sensações, pensamentos, e responsabilidades que inclusive era lavar os pratos enfim. Elas não entendiam e eu nem esperava que entendesse.
Sabe aquela taça cheia de disposição, onde surge um brinde de felicidade que borbulha confiança,que se confirma no tocar das mesmas, ali se faz o desejar o melhor de um para com o outro, assim que se celebra a amizade eterna.
Vivemos em um mundo onde o oprimido também é opressor, tal qual, o violentado é violentador. Os humilhados alunos são os achadores de erros nos seus professores para humilhá-los da mesma forma que são humilhados pelo Sistema.
Eis onde mora o pecado.
Os restos de comidas jogados no lixo
pelos mais abastados,
dariam para saciar a fome de milhões
de esfomeados.
Uma carreira bem-sucedida é resultado de um campo de batalha onde a vitória vem para quem emplaca a melhor tática profissional.
“Mais importante do que saber para onde vai, é certificar o caminho que não se deve trilhar na volta."
Gosto da lei da vida onde diz que somos maternidade fecunda perante tudo que achamos belo e amamos. E nesta linha de pensamento, somos co-responsáveis perante as fatalidades de percursos e a sinergia modos operandi de todos que se movimentam. Sendo assim quando depararmos nos caminhos, com um passarinho bem pequenininho indeciso que se perdeu do ninho, por instinto de amar vivendo, nos vale a pena dar lhe um leve e singelo sopro para que elezinho inicie pela primeira vez, seu voo, rumo a mais perfeita liberdade.
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