Poetisa
A vida é uma poesia
Poesia ansiando por um poeta
Quem sabe uma poetisa
Ela quer ser declamada
Quer ser vivida
Não somente discutida
Mas usufruída
Porque nunca será compreendida
Ó madrugada
que trouxe-me de volta
minhas inspirações falsas
poetisa nunca fui
quem sou eu
para querer ser Clarice
Nem Ana sou.
Se dizem que uma poetisa sempre mais sente,
É justo pensar que no seu dia menos contente,
Ela esteja se sentindo mais infeliz do que a gente!
Entre a poetisa e a poesia...
Desejei, ao menos uma vez,
ser a poesia que toca de noite e de dia.
Mas então percebi:
não posso ser poesia,
pois ninguém enxerga a pessoa incrível que existe em mim,
ao ponto de me amar tanto,
ao ponto de fazer de mim versos eternos,
a poesia que jamais se poderia viver sem escrever.
E assim sigo…
sempre a poetisa,
aquela que sente em silêncio,
aquela que escreve sozinha.
Sempre a escritora,
nunca a poesia.
Ana Caroline CG
A arte mais linda que já li mora na inocência das crianças.
Eu, como poetisa, não vejo o mundo como todos veem. Eu leio o mundo poeticamente.
Ser poeta é um ato de desordem. É um ato de coragem. Ser poeta não é apenas escrever e esperar que o leitor se encante com suas palavras. Ser poeta é ler a vida, é escutar a alma das coisas, é perceber o que os olhos distraídos não enxergam.
As crianças vivem isso sem esforço. Elas não escondem sentimentos. Elas choram, riem, pintam, cantam. Elas são intensas. Elas são presentes que a vida nos dá todos os dias. Os adultos, nós, nem sempre conseguimos ver a arte que elas fazem com as mãos, com os olhos, com o silêncio do corpo.
Elas não fingem. Elas se entregam. Elas vivem a arte como se a vida dependesse disso — e, de certa forma, depende.
Eu vejo isso. Eu sinto isso.
E posso dizer, com toda a simplicidade que a verdade permite: a arte mais bonita que já li veio de uma criança.
E, se prestarmos atenção, poderemos aprender com elas. Aprender a sentir a vida de verdade, sem máscaras, sem pressa, sem medo de ser intenso. Aprender que a beleza não está em objetos caros, nem em grandes feitos. A beleza está no que damos de nós, no que sentimos, no que ousamos deixar nascer.
As crianças nos lembram disso. Sempre lembram. E talvez, se aprendermos a escutá-las, possamos nos tornar um pouco mais humanos, um pouco mais poéticos, um pouco mais vivos.
Desabafo de uma poetisa
Lembro de começar a gostar de fazer redação aos 10 anos, na 5ª série (foi no Colégio CESAM, não lembro o nome do professor), e as poesias começaram aos 12 anos, sob a orientação do saudoso Prof. Waldemir Vasconcelos, na Escola Pedro Álvares Cabral.
Impressionante como criar aqueles textos me fascinava, foi quando comecei o meu "Caderno de pensamentos", coisa de adolescente da minha geração.
Andava muito de ônibus e na janela pensava, pensava, e depois escrevia, escrevia...
Aos 14 produzi um pequeno romance (nunca publicado). Depois fui ampliando meus textos até lançar meu livro de poesias em 2008 e um livro de história infantil em 2012.
De lá pra cá não parei mais, estou sempre brincando com as palavras. Escrever poesia para mim é meditação e entretenimento.
Agora sim quero falar do motivo do meu desabafo...
Quando começo a escrever uma poesia, faço vários rascunhos, procuro sinônimos e antônimos, rimas, palavras poéticas, entre tantas outras coisas que são necessárias.
Depois que o texto fica pronto, faço uma busca na Internet para analisar o material e não correr o risco de plagiar alguém.
Eu jamais, absolutamente, jamais utilizei a inteligência artificial para criar meus textos ou fazer revisão. Recuso-me a fazer isso.
Então, um belo dia eu fiz dois testes:
Levei um de meus textos para o detector de plágio e confirmei 0%, mas quando coloquei no detector de IA constou 95%.
Como assim?
Quer dizer que a IA se apropriou do meu texto? É sério? Isso desacredita as minhas produções. Absurdo!!!
Por isso deixo aqui o meu recado para quem gosta de escrever: Atenção! Precisamos tomar cuidado com as nossas produções! Nunca devemos deixar que tomem posse delas!
Poetisa
Dizem que mulheres
que escrevem poesia
de verdade não se identificam
mais como poetisas,
Eu que não tenho
compromisso com a realidade
permito-me escrever poesia
para fugir da grosseria,
e sempre que eu quiser
me identificarei como poetisa
todas as vezes que for renascer
nesta vida onde muitos
deixaram perder o sentido de viver.
Nem mesmo se eu fosse a melhor desenhista ou uma poetisa não conseguiria descrever com traços ou versos o que eu sinto quando te vejo sorrir. Nem mesmo palavras ou canções descreveriam a pureza que sai do teu olhar. Tudo aquilo que sinto ou vejo em você nada conseguiria ser descrito, pois as maiores belezas e sentimentos do mundo são invisíveis aos olhos e sensíveis ao coração.
Poeta, poetisa deixa a rima rolar.
flutua nas tuas linguas, coisas q só você pode decifrar,
Cada tinta que é gasta traz a essencia do teu talento
Cada papel que é escrito guarda um pedaço do momento.
O melhor de escrever e ser considerada poetisa,
é que sempre poderei usar das palavras sem precisar ser a protagonista e ainda assim receber elogios ou críticas, que seja. Nem mesmo eu sei de certeza quando estou em primeiro plano, pois de todo meu coração, o que mais me toma alegre é ver que você, é você leitor, parou pra me dar um pouco da sua atenção.
POETISA
um grito que chama
educadamente com fulgor
vem
diz vem
pra que eu não sei
mas diz vem
e eu fui
me deixei levar
mas seus olhos como fosse lua
estava em fase de fazer poemas
e em suas poesias eu cheguei e me vi
preso como uma libélula em uma gigantesca casa de aranha
Estes são versos, de uma ex-poetisa, talvez ex, ou não existe ex no mundo dos versos intermináveis.
Um dia sonhei construir sonhos e realizar desejos através de versos,
Palavras, sempre tão minhas, tão minhas...
E através delas marquei momentos, marquei momentos de muitos, tão meus, tão seus, mas acredito que nunca nossos.
A cada dia ficamos mais distantes do que se foi,
Porque o agora já é um passo a frente de horas atrás, veja o relógio que já passou da meia-noite,
Noites que às vezes são tão... Longas. Já sentiu a pressão do relógio sobre seus ombros?
Mas todos os dias ficamos, é um sinal! Pois alguns dias terminam antes de acabar para alguns, horas atrás, minutos, e a pressão do relógio da vida chega novamente, é o tempo. Alias, o relógio e o ponto de interrogação são irmãos, e dessa certeza não abro mão.
Não gosto de muitas coisas, pessoas, comidas, aromas, músicas e por ai vai,
Mas o que realmente importa é seguir o que te faz bem, que seja por um instante, pois o que importa é a conexão direta com a sua alma, Seus princípios, e ai aqueles momentos talvez insignificantes para os outros para você são momentos especiais, aqueles que podemos ver em retrospectiva antes de partir. Digo isso não por causa própria, afinal, não sigo em memórias póstumas, alias, por falar em memorias póstumas, gosto de lembrar que versos são eternos...
Ainda bem que não falei do amor, hoje não estou a fim de pensar sobre,
Isso porque continuo com a convicção de que o melhor dele é o sentir e não o falar, e esta é a única convicção já que quando estou sonhando, de olhos fechados ou abertos, tanto faz, ele é tão bom, eu escolho roupas, cores, sensações, palavras, cheiro, e posso viajar.
Posso estar aqui, mas estra lá posso tomar café em Paris e sorrir em Bagdá, e ainda cruzar a Avenida Paulista. “Olhem a sua esquerda, conseguem ver o senhor e sua plantação na Toscana”? Eu já estou sentindo o ar da cidade que nunca dorme novamente bater em meu rosto, ah se eu pudesse...
Gostei de liberar pensamentos, ainda prefiro os papeis,
Pensei em escrever através de um meio que não precisasse colocar tanto sentimento e quem esta ao meu redor nem sequer imagina o que estou a escrever, pode ser um contrato, pode ser um e-mail, podem ser tantas coisas,
Seja o que for antes paravam para ver pessoas a digitar, olhares curiosos, e hoje acham estranhos os papéis, que chama a atenção dos curiosos, aqueles bilhetinhos escritos e amassados pela falta de coragem de entregar.
Poetas, tempo, papéis, sonhos, lugares, são tantas coisas que talvez uma ex, possível ex-poetisa goste tanto de pensar, e o que a torna uma suspeita ex é que ela cansou de escrever, pois os papeis começaram a ficar tão distantes da realidade.
Minha poetisa. Josi
05 de setembro, o que esperar de um dia?
08 a.m, o que esperar de uma hora?
Esperava um poema, vestígio algum.não era a hora certa.
Eu não estava sozinho, nunca estive, a poesia esta por toda parte.
Papel e caneta andam comigo, fieis amigos, e o poema? não era a hora!
Dia melancólico, céu melancólico, nuvens de chuva,
_Sente-se, vamos conversar
Disse o sussurro poético do vento brando, vento padrinho,
e nós conversamos...
Eu jamais imaginaria,e nem poderia, ela me dedicaria um poema de amor
Às 8:30 da manhã do dia 5, esta data se tatuou em mim, e assim
Ela abriu "religiosamente" na metade de minha antologia vivida
E começou com um verso da minha poesia.
A hora se fez certa, o dia se fez certo,
Incerteza se fez amor com você em mim.
"Como o tempo nos muda"
comenta a velha senhora, velha poetisa,
mirando a foto antiga na orelha da obra.
Estação após estação
ela amou o viço das cores, o sabor das rosas,
a graça dos movimentos, o passar dos rios,
as nuvens douradas tangidas pelo vento.
Ano a ano alimentou-se de lírios e livros
e amores poucos, porém intensos.
O sol já não banha sua face com a juventude da brisa
a mão erra pelas páginas, tocando paisagens mudas
as letras tornaram-se miúdas,
os amores se foram,
os sonhos se incorporaram ao céu azul-negrume.
Somos só perfume.
As estações despertam sem pressa
nascem todas por igual
na muda do tempo que não muda
sob terra e cal.
Em cada quadrado, um verso...
e no branco a paz reluz,
os dedos da poetisa tricoteia o tecido
sem ter sido premeditado o amor à arte!
Se o amor é poesia
Por esses tempos ando sendo poetisa
À procura da felicidade
Encontrei à inspiração
Olhar esverdeado
De beleza indescritível
Que embebedam meu ser
Com doses do teu encanto
Que cantam meu canto
Em breves refrões de acalanto
Teu perfume é entorpecente
Me tarjam o olhar
Drogam-me a alma
Sedenta à sonhar
Com o mel de sua boca
De sabor indizível
Efeito alucinógeno
O repartido comigo
Encantam meu coração
Agora vivo assim
Chapada de paixão
Pelas toxinas de teu riso
que causaram-me ilusão
Hoje sou fantasia
Carnaval e poesia
E vivo de fascínio eterno
Que iluminam alma e coração
Caramelam-me o riso
Felicitando-me doce
Perco o juízo
Enlouquecendo fora do hospício
Alagam-me a alma
Gêmea da tua
Sinônimo de perfeição
Beleza rara e verídica
Anjo que clareia minha noites
Enche-me o coração
Energia que me fazem vibrar
Brilho nos olhos vivificantes
Real razão de meus louvores
Meu complemento eterno
A ti, juro amar-te até o fim de mim
Infinitos eternos,sem fim
