Poetas Românticos
As mulheres humildes me parecem o passatempo principal dos poetas. Como se não houvesse história a menos que rastejássemos e chorássemos.
É no silêncio da noite que surgem grandes poesias. A noite é amiga dos poetas, a brisa, o céu estrelado. Nossa como a noite me inspira, me trás calmaria e uma grande paz interior !🌕🌌❤💞
Há quem diga que a sinceridade é uma dádiva.
Pois eu digo que não!
A sinceridade é uma praga.
Se alastra, machucando a pessoa amada.
Ditando regras sem ser chamada.
E, as vezes, me culpo por sem assim,
sincera demais.
ESSÊNCIA
A loucura é um privilégio
dos românticos dos poetas...
o meu juízo cuida de um arado,
a minha essência pega o firmamento,
empacota com papel presente
e guarda na gaveta...
eu me alimento
do que o meu juÍzo rima,
as minhas palavras fabricam sereias...
o que aprendi com a noite
é o que me ensina
a desfazer-me sob a lua cheia...
Me perdoem os poetas românticos, mas amor não é emotivo.Paixão é.Muitas pessoas confundem o amor
com a paixão, mesmo sendo duas coisas totalmente diferentes.O amor se trata de acordar todo dia de manhã,
olhar para a pessoa ao seu lado e sorrir.Paixão é acordar a pessoa apenas para beijar e dizer erroneamente "eu te amo" milhares de vezes.Amor é reclamar sem parar do ronco do cônjugue, mas não conseguir dormir sem o
barulho infernal.Na paixão, esse seria o motivo do fim da relação.Por isso aviso, apaixonados de plantão: quando
você diz que ama a pessoa, está se comprometendo à aceitar todos seu defeitos, não importa o que aconteça.
Até que a morte, ou o entendimento, vos separe.
ROMÂNTICOS
Houve um tempo em que os poetas,
Ardiam de amor.
Catavam silenciosos, rimas,
Deliravam em febre e iam solitários,
Tudo em nome de qualquer amor.
Alguns escreviam deitados, e tomavam chá
De hora em hora, enquanto a amada chora,
Por desespero, por não amar,
Por não deixar-se amar.
A repulsiva sorte do pobre, a morte,
Ironicamente os inspiravam a falar de sorte.
Houve um tempo, tempo de delírios,
Dos moços, das tabernas infiltradas,
Das chuvas em mormaços,
De uma dor devastadora, que doía,
Uma dor que não suplantava
As mágoas do poeta em não ser amado.
Será que estar por vir esse mandamento,
Em que a poesia pede esse andamento,
Em vez de externar sua beleza, pureza,
Fica nas tranqueiras, no mal pensamento,
Viver só com a morte ao lado,
Morrer com a amada distante
Com a cama repleta de papéis cruzados,
De obras rimadas, de um corpo finado.
naenorocha
O fato de você existir sintetiza
o que os poetas e românticos
passam toda a vida tentando
definir ou exemplificar o que é
a felicidade, o que é o amor!
Só os poetas românticos... compreendem e Podem definir em suas longas escritas o verdadeiro sentido do Amor...
Um brinde aos românticos incuráveis, aos poetas insanos e aos embriagados de paixão.
Um brinde aos bregas que dão flores, aos que escrevem cartas feitas à mão e choram no chuveiro ouvindo alguma canção do Caetano.
Que se mantenham vivos os que não tem medo de amar e se entregam de corpo e alma às borboletas em seus estômagos que voam boca à fora em forma de versos e poesia derramada em seu peito feito casa e acolhe o pranto, chorado entre quatro paredes que escorre pelo rosto, finalizando seu percurso no início de um sorriso singelo.
Somos românticos incuráveis querendo eternidades mortais e vivendo milênios em décadas de amores irracionais.
Nos românticos Poetas
a Lua perpetua
Amar, Amar de Terra em Terra,
Amar, Amar de Rua em Rua ...
E na loucura da Noite
esse Amor abrevia
até ao Nascer do Sol,
até ao romper do Dia.
Lua Pálida que vai tão alta
nas raias da morte,
frígida ou cálida
nas asas da solidão,
de face livida seráfica,
esquálida, perdida
que se esmalta e recorta
num infinito tão finito,
na imensidão do Coração!
Lua funda tão profunda
que m'inebria de Poesia,
rara calma suavidade
que meus lábios acarinha ...
Toma minha Alma tão sozinha,
será tua, sempre tua,
sê tu minha, sempre minha,
Pálida Lua!
Esconder-se no porão, de vez em quando, é necessidade vital. Precisamos de silêncio e solidão, e, não, apenas os poetas. Senão, corremos o perigo de nos esvairmos em som, fúria e esterilidade. O campo para que a palavra se instale para o autor e para o leitor é o campo do silêncio e da audição.
(Em jornal 'O Tempo', 16 de outubro de 2010)
A dor da separação não foi nada comparado a ter que admitir que todos estavam certos a teu respeito, todos, menos eu, que de fato achei que se alguém te amasse de verdade você abandonaria esse teu antigo hábito de traição. Mas a única coisa abandonada aqui sou eu.
Você é culpado por todas as palavras que saem de sua boca, sendo que o silêncio quase sempre é uma opção. Entretanto, a culpa por como as outras pessoas entendem o que foi dito é delas.
@fer_machado_escritor