Poetas Franceses

Há uma espécie de reciprocidade entre a necessidade e o objecto que a satisfará. Não penso em beber; mas este copo ao meu alcance dá-me sede. Tenho sede e imagino o copo de água delicioso.

Se tudo fosse claro, tudo nos pareceria inútil.

Um pintor não devia pintar o que vê, mas o que será visto.

A mais bela moça do mundo só pode dar o que tem - muitas vezes seria melhor que o guardasse.

O poeta deve ter um só modelo, a Natureza; um só guia, a verdade.

O que me interessa nem sempre é o que tem importância para mim.

Somos todos campos de batalha, nos quais se digladiam deuses.

A força dos povos bárbaros reside na sua juventude.

Vive mal quem só vive para si.

Os corações dos nossos amigos são frequentemente mais impenetráveis que os dos nossos inimigos.

Um homem sério tem poucas ideias. Um homem de ideias nunca está sério.

Não se deve deixar os intelectuais brincar com os fósforos.

O passado, mais ou menos fantástico, ou mais ou menos organizado posteriormente, age sobre o futuro com um poder comparável ao do próprio presente.

Um homem de negócios é um cruzamento entre um dançarino e uma máquina de calcular.

O odioso é a porta de saída do ridículo.

E cintila a chama nos olhos da gente nova, mas nos olhar dos velhos, divisa-se a luz.

O homem sem paciência é como uma lamparina sem óleo.

É próprio das censuras violentas tornar credíveis as opiniões que elas atacam.

Agora, livro meu, vai, vai para onde o acaso te leve.

Ao bater com a cabeça contra as paredes, apenas conseguiu «galos».