Poetas Franceses

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Porque o túmulo há sempre de entender o poeta.

Não existe país pequeno. Avaliar a grandeza de um povo por seu número é o mesmo que determinar a grandeza de um homem pela sua altura.

Arrancar a máscara, que livramento!

Ser é fato, não ser é o direito.

O homem, carnívoro, também é coveiro. A nossa existência é feita de morte. Tal é a lei terrífica. Somos sepulcro.

As realidades da alma, por não serem visíveis e palpáveis, não deixam de ser realidades.

O Homem está colocado onde termina a terra; a Mulher onde começa o céu.

A melhor maneira de realizar seus sonhos é acordar.

Deus ao criar o rato disse: já fiz asneira! e tratou de criar o gato, logo o gato é uma errata do rato.

O homem que só bebe água, tem um segredo a esconder.

- Oh! Bom e honrado solo de Paris! Maldita essa escada que cansaria até os anjos!

Como os finais de tarde outoniços são penetrantes! Ah! Penetrantes até a dor!

As horas de êxtase nunca são mais do que um minuto.

A solidão desprende uma certa quantidade de desvario sublime.

Esta vida é um hospital onde cada doente está possuído pelo desejo de mudar de leito. Este gostaria de sofrer em frente a um aparelho de calefação, aquele outro crê que se curaria em frente à uma janela. Parece-me que estarei sempre bem lá onde não estou, e essa questão de mudança é um assunto que discuto sem cessar com minha alma.“Diga-me, minha alma, pobre alma resfriada, que pensarias de morar em Lisboa? Lá deve fazer calor e tu te regozijarias como um lagarto. Essa cidade fica à beira-mar, diz-se que foi construída com mármore e que o povo tem um tal ódio por vegetais que arranca todas as árvores. Eis uma paisagem segundo teu gosto; uma paisagem com a luz , o mineral e o líquido para refleti-los!” Minha alma não responde.

( ... ) Estaria morta a minha alma?
“Chegaste a este ponto de entorpecimento que não te alegras senão com teu próprio mal. Se é assim, fujamos, então, para os países que são as analogias da morte. Já sei o que devemos fazer, pobre alma! Nós faremos nossas malas para Tornéo. Iremos mais longe ainda, ao extremo fim do Báltico, ainda mais longe da vida, se é possível; nos instalaremos no pólo. Lá o sol não roça senão obliquamente a terra, e as lentes alternativas da luz e da noite suprimem a variedade e aumentam a monotonia, essa metade do nada. Lá nós poderemos tomar longos banhos de trevas, enquanto que para nos divertir as auroras boreais nos enviarão, de vez em quando, seus fachos róseos, como reflexos de fogos de artifício do inferno!” Enfim, minha alma explodiu e sabiamente gritou para mim: “Não importa onde! Não importa onde! Desde que seja fora desse mundo!”

Tratavam-se de esquecer-se no sono, visto que não podiam perder-se na sombra.

O olho do homem é feito de modo que se lhe vê por ele a virtude. A nossa pupila diz que quantidade de homens há dentro de nós.

Mas a sua alegria apagava-se dia-a-dia, e cobria-se de poeira, como a asa de uma borboleta que um alfinete atravessou.

Um ciclone pode arrasar uma cidade, mas não consegue abrir uma carta.

VAMPIRO

Tu que, como uma punhalada,
Em meu coração penetraste
Tu que, qual furiosa manada
De demônios, ardente, ousaste,

De meu espírito humilhado,
Fazer teu leito e possessão
- Infame à qual estou atado
Como o galé ao seu grilhão,

Como ao baralho ao jogador,
Como à carniça o parasita,
Como à garrafa o bebedor
- Maldita sejas tu, maldita!

Supliquei ao gládio veloz
Que a liberdade me alcançasse,
E ao vento, pérfido algoz,
Que a covardia me amparasse.

Ai de mim! Com mofa e desdém,
Ambos me disseram então:
"Digno não és de que ninguém
Jamais te arranque à escravidão,

Imbecil! - se de teu retiro
Te libertássemos um dia,
Teu beijo ressuscitaria
O cadáver de teu vampiro!"