Poesias sobre Reencontro
No teu olhar eu me encanto,
No teu perfume eu me embriago,
No teu abraço eu me acalento,
Nos teus beijos eu me desconcerto, Mas é em você que eu me reencontro,
O meu coração acalma,
E a minha alma encontra a paz!
Na próxima curva do rio ou, quem sabe, no cantinho secreto das boas lembranças, um dia, por certo, todos haveremos de nos reencontrar!
Helda Almeida
(02.11.2014)
Eu nunca me senti tão fora de mim quanto agora. Queria saber pra onde foi aquele espírito jovem, alegre, espontâneo. Juro que já tentei encontrar, porém acho que deve está nos escombros daquilo que já fui um dia.
Os olhos marejam, almejam, pelejam, esbravejam por algo que um dia pulsou radiantemente como um lindo nascer do sol.
Hoje, olho para trás e tento perceber quais caminhos percorri para chegar ao marco que me encontro. Não obtenho respostas, a não ser lutar e relutar com os monstros que pairam sobre uma mente coberta por um oásis criado por mim e para mim.
Enquanto durmo fora da caixinha, tento encontrar o espelho para eu me despir daquilo que ainda consigo, tento encontrar a porta que me levará a outra direção.
Percebo que a porta está fechada, e não conseguirei abri-la sozinho, a chave está comigo, mas preciso de um feitor para acabá-la para mim, para poder funcionar.
Enquanto durmo fora da caixinha, tento encontrar-me; está difícil, sei que está difícil, mas consigo.
Enquanto durmo fora da caixinha, tento descobrir que fase da minha vida estou a jogar, espero encontrar um coringa no meio deste jogo.
Enquanto durmo fora da caixinha, eu perco-me para me encontrar; eu encontro-me para poder me perder; eu acho-me para poder saber que reflexo de mim estou a olhar no espelho; eu sinto-me sem o prazer do toque.
Enquanto eu durmo fora da caixinha, eu me encontro, me renovo, me fortaleço, me entrego, me acho.
Queria devir, devir eu, devir a mim!
Aqui jazz aquele que não é, por nunca ter sido
agora entendo
estou morto há muito tempo
por isto não consegui me fazer ouvir
a força do desejo do que deixei de viver e Amar é que me faziam acreditar estar vivo
não percebi o último despedaçar das minhas asas e estava de coração quente e cheio de esperanças demais para perceber a queda
quando morri, não houve tempo para me despedir, levantar um clamor ou dirigir alguma súplica
estava vivo demais para isto, inclusive para morrer, mas minha morte não dependia somente de mim
faz alguns dias, talvez semanas, não sei, faz tempo, parece fazer séculos...
ainda suspiram em mim mim os fluídos das almas deitadas na grama olhando a lua
do desabrochar das pétalas de Lótus Líricas que insistem em me acariciar
do aroma da canção que não quer ir embora
olhei para uma estrela longínqua para sentir seu perfume
mas não consegui manter-me vivo
afoguei-me em suas águas lodosas, de sede fui morrendo enquanto te recolhestes da natureza a que pertencias para habitar em algum vaso mundano de cor rubra
o universo é imensidão
nós nos fizemos apequenados demais para sermos notados quando desprezamos o Amor por não aprendermos a Amar
morri antes de acenar uma despedida para teus olhos profundos e delicados
não transbordei teus desejos e nem extasiei seus Amores
a isto, mesmo morto, acreditava estar vivo
não pude fazer com que me lesse
e em sua morte adormecida, fatalmente vim a morrer
e ja não tenho de onde tirar ânimo para ressuscitar outra vez...
enfim, aceito a morte..
tenho certeza absoluta que,
se eu me reencontrar (e tenho certeza que vou),
absolutamente jamais decidirei te reencontrar,
e olha que nós nunca fomos bons com decisões,
mesmo eu sempre deixando claro que você era a minha.
Sem paraquedas deslizo rapidamente pelo ar, impelido pelas palavras que agora me escapam.
Alço velas e velames, num desenlace de certames, que me faziam despencar.
Saio da queda livre, para o descanso da descida, em lindos horizontes decidindo me salvar.
O cheiro de céu agora me rodeia, numa névoa que permeia, me autorizando descansar.
Uma brisa de sossego, num momento de apego, toco os pés ao chão.
Um salto de coragem realizado, são e salvo, perdoado de alma e de coracao.
Uma conquista inesperada, uma aterrisagem deslumbrante, um ato até que impensado, mas que com certeza, foi esperado bastante!
Te amo pra sempre
Enquanto durar
Já é meio do ano
Nunca mais me procure
Até quando voltar
Palavra de geminiano
A facada
ontem a tarde foi otima, taças de vinho e brindes entre conversas por vezes descontraídas e as vezes sérias sentados em um lençol na grama sob o sol de inverno, passarinhos caminhando entre nós, como se pertencessemos à uma mesma convivência diária... a vida fica muito boa as vezes, a gente abre uma garrafa, se senta e espera pelo que pode acontecer...
hoje lembro de ontem e pela janela olho lá fora um céu azul louco, tento fazer um círculo com a fumaça azulada do meu charuto barato, sem sucesso...
ergo minha cerveja num brinde silencioso ao que restou de mim, bebo mais um gole dos oceanos da minha dor enquanto lembro que independente do que eu pudesse dizer ou sentir, alguem de fora do nosso céu passou a faca nas asas do pássaro azul do meu peito, ferindo-o mortalmente..
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Não olhes para trás, basta com deixar tudo para trás! Não e necessário conquistar nada mais, simplesmente abandonar o que não e necessário, para chegar a essa meta tudo será mais fácil sem bagagens. Não esperes por um sinal meu, aqui estou eu com a minha mão estendida a tua espera para que em-vez de brigar-mos possamos saltar,sorrir e não só como também sentir o tão bom que e ser amado.
No Rio meus pensamentos são voltados para buscar força e renovar minha esperança para um encontro que já está marcado pelo tempo.
No Mar a alegria do reencontro...
Soneto do despertar...
Já não cabe e nem mais interessa
Apontar culpas ou motivações
Desanuviar o que já se faz explícito
Importa é que em meu abandono
Sua ausência é minha dor e penar
É pranto que afoga verso e prosa
E tudo o que passo já não te importa
Porque fiquei só, bem antes da porta
Porque seu socorro se me ausentou
E o amor que era teu, dei ao meu eu
Foi então que se me abriu o horizonte
Trazendo o sol por trás do monte
Ela sorriu para mim novamente – há tempos não o fazia
Sua partida não mais me deixava em agonia
Depois de tantos anos, eu era feliz sem ela
Mas, por um “descuido”, ela voltou
Sorriu para mim, me abraçou
Olhei de volta e disse-lhe:
"Não te fazes presente como antes"
E é verdade
Sua presença não tem a mesma energia, o mesmo calor...
Não é mais amor
Nossa dança não é mais a mesma
Suas voltas perderam um pouco daquele brilho
Que me hipnotizava...
A vida sem te ter presente é possível!
(14 de abril de 2019)
Aquela Garota
Eu observo o tempo de quando te vi passar
De quando eu sentei do seu lado uma vez no ônibus
Quem diria que veria aquela garota de novo
Uma colegial e seus sonhos
Um rapaz adulto e seus problemas
Eu senti que te vi em outra vida
Em uma vida que talvez sonhei
Ou que talvez não vivi
Mais senti que era você quando te vi chegar
Mas você não se lembrou que era eu
O moço do ônibus que sentou do seu lado
E que disse que ser adulto não era bom
Que ser adolescente era demais
E ela dizia que não, que ser adulto era demais
E cá estamos nós dois adultos em seus mistérios
Te ver chegar assim tão grande e eu assim ainda tão pequeno
Me fez ver que andamos em caminhos opostos
Você aprendia a crescer e eu aprendia a ser você...
E quem diria que o destino tem dessas coisas...
Eu teria que aprender a te amar.
E quem diria que teu rosto beijaria
E mais ainda sorrindo (...)
@cicerolaurindotextos
Eu suava frio
Como a taça que segurava
Senti calafrio
Enquanto te aguardava
Penso em você
Todo dia há tantos anos
Que te rever
Não estava nos meus planos
(Reencontro)
A via da vida
havia na vida uma via
eu a via na via
mas a mim não via
Que via infeliz
Só queria o que eu via na via
Mas a via a mim proibiu
ter o que eu via
Tempo
O que ha com nesse tempo?
Ele passa mais não passa
O coração bate sem graça
Na espera do reencontro
Vou na busca desse conto
A espera desse mel
Beija Tua boca
e sonho meu
Promessa falida
Hoje veio me dizer tudo o que eu precisei enquanto já dormia: me disse que irá passar muitas vezes em minha casa pra me ver ou me levar, sem aviso ou pedir permissão, pois sabia que mesmo que não estivesse eu voltaria e que problema nenhum teria. Disse que restabelecerá aquela disposição contagiante que eu tinha quando nos conhecemos, tirando das minhas memórias tudo o que a suprimiu e que me fez um cara de rotinas superficiais e com medo de minhas próprias idéias. Disse que não vai mais se importar com surpresas e que, diferente de todos hoje, não as encara como desrespeito ou invasão de privacidade. Disse que quer viver em comunidade, vai me apresentar aos seus amigos e faz questão de se apresentar aos meus também. Que vamos voltar a fazer planos tão maiores que nossos compromissos pequenos, pra eu nunca mais voltar a omitir meus desejos tentando proteger um rotulo que não se sustentaria sem tê-los feitos. Que vamos fazer uma poupança para viajar pra muito longe, conhecer gente bacana, comer o que só ouvi falar, montar uma barraca e acampar. Me disse que não preciso me preocupar com a liberdade, com o modo que vou me comportar diante todas essas novidades, que é agora adiante é pra deixar rolar.
Me disse tudo isso, no banco de trás de um carro, guiado pelo pai que eu conhecia pela primeira vez por um retrovisor, os olhos sorrindo, tão parecidos com os dela. Eu emburrado, não queria acreditar, mas ela dizia tão rapidamente, sem gaguejar e olhava para a janela do carro e me instigava pra ouvir contente. Eu olhava e estava tão diferente. Era presente, porque o tempo venci antes de morrer: não deixe o tempo vencer, ele não tem data de vencimento.
Mas acordei. E não ouvi mais ninguém. Lembrei que o amor não espera que você esteja preparado e que simplesmente entra sem bater... Aqui ele entrou, mas a porta ainda está aberta e ele, tão menino quanto nós, pode correr pra fora a qualquer hora, gritando.
Se eu estivesse perdido
Gostaria que me achasse
Mesmo que eu estivesse escondido
Dentro do meu ser
Eu gostaria que me achasse.
A ilusão de que se está perdido
Vive no discurso de quem nunca se procurou.
Quem procura e não se encontra
Quer ser achado.
Mesmo que se pague com a esperança
O peso da ilusão.§
