Poesias sobre os Cinco Sentidos
Todos os sentidos aguçados...
olhares cúmplices
fala sussurrante
silêncio compartilhado
beijo urgente
toque eletrizante
Você ainda tem dúvida de que
Estás apaixonado?
De quantos?
De quantos existir eu sobreviveria, caso da fé me ausentasse os sentidos?
De quantos de mim teria a minha face, caso eu carecesse de autenticidade?
De quantas vozes teria me calado, caso deixasse a impunidade dominar a razão?
De quantos meus erros seriam castigos, caso do perdão eu não soubesse dar?
De quantos ódios eu faria parte, caso do amor eu não me fizesse vontade?
De quantos de mim recolheria ao egoísmo, caso da divisão não compartilhasse?
De quantos sonhos não participaria, caso decidisse da vida ser só realidade?
De quantos de mim não seria humano, caso deixasse que o dinheiro me dominasse?
De quantas respostas eu ainda teria, caso das perguntas eu me silenciasse?
E, de quantas perguntas eu não refletiria, caso das respostas não me importasse?
Eis: solidão de mim, introspecção do nada, falta de si, evasão no existir!
PARA SE CONQUISTAR A PESSOA AMADA BASTA AGRADAR TODOS OS SEUS SENTIDOS
AUDIÇÃO – Saber ouvi-lá.
VISÃO – Estar sempre bonito e bem arrumado.
AUFATO – Apresentar se a ela sempre limpo e perfumado.
PALADAR – Nunca deixar de pronunciar a ela palavras doces e agradáveis.
TATO – Ter uma boa pegada
Meus sentidos...
Vejo ao longe caminhar aceleradamente
Vem meu amor vem minha flor
Traga-me alegria ao meu dia
Num abraço forte sinto o bater acelerado do seu coração
O calor da sua pele que a mim aquece ligeiramente
Ouço sua voz tremula ao pé do meu ouvido
Dizendo que estava com saudades
Que me ama e que sem mim não pode mais viver
Absorvo num longo e vagaroso aspirar
Trazendo pra dentro de mim seu doce perfume
Que a mim sua pele presenteia
Trago minha cabeça para trás
Toco meus lábios aos dela
Sorvendo a doçura
Do seu amor
Eu acho uma delícia este laço de amizade que existe entre os sentidos. Essa forma - ás vezes - tão discreta como eles interagem sem promover maiores alardes e ainda assim deixam tudo tão claro. Tão óbvio. Tão liberto dos subentendidos da vida.
É como acordar mais cedo e ver que por você ainda estar, quem sabe, no meio de um daqueles sonhos gostosos que poderiam durar mais uns 15 ou 30 minutos, lhe encontro sem defesas e à mercê dos meus desejos. Cada um deles. Todos contidos sob o ardor da minha pele desde cedo inquieta.
E antes que eu siga até as janelas a fim de cumprimentar o novo dia, ainda que pelo tom de azul do céu e a vivacidade dos raios do sol, estes sejam convites praticamente irrecusáveis, eu sinto como é inevitável atender às vontades da minha pele que clama pela tua. E assim eu fico mais um pouco.
Sutilmente lhe acaricio os cabelos cuidadosamente emaranhados sobre a orelha direita. Por alguma razão a minha preferida. E lhe descubro e desperto com um sorrateiro beijo numa das suas bordas ainda sob o status de presa fácil.
- Bom dia! Eu digo baixinho.
E com um leve movimento das suas pernas ainda reféns das minhas, percebo que mesmo através de um som quase inaudível, o seu sentir sempre reconhece o meu. E reage. E assim tudo se encaixa como peças moldadas exatamente umas para as outras.
Toco sua nuca e ouço um suspiro. Vejo sua pele se eriçar e não resisto ao impulso por sentir teu cheiro de preguiça fixado também na roupa de cama. Dou-lhe um beijo num dos ombros enquanto enlaço meus dedos nos seus e recebo seu espreguiçar vagaroso, ainda com as pálpebras tão pesadas que nem levantaram voo.
- Hmmm. Bom dia! Você me diz de forma arrastada.
Com um abraço firme lhe trago de encontro a mim. Com um sorriso você traz a certeza da escolha. No silêncio nos encontramos. O café que espere.
Sentidos
Queria descrever
Queria explicar
Queria externar
Mas o que mostrar?
Penso tanta coisa
Penso o tempo todo
E paro para pensar de novo
O que há de novo?
Nesse vai e vem
Eu tenho cem
E não tenho ninguém
Eu estaria aquém?
Começo a sonhar
Passo o dia a imaginar
Ele diz se apaixonar
Mas será que devo acreditar?
Eu não sei dizer
Eu não sei quem é você
Será que um dia vou saber?
Eu posso notar
Que tem algo no ar
E eu não sei falar
Afinal, a gente não resolveu se gostar
Mas o que é gostar?
Não posso medir
Não explico o sentir
Vou refletir
Agora só quero dizer
Que quero me deliciar com você
Quero ouvir seu aroma
Quero sentir seu sabor
E quero ver sua voz
Eu não quero sonhar, mas como seria bom saber como seria ao seu lado...
Deus, pare o tempo, as luzes e as cores...
Faça o mundo parar de girar por algumas horas...
Deixe eu saber se valeria à pena ficar ao lado de quem mexe com todos os meus sentidos...
caminha-se na sombra das paredes
que se erguem envoltas
num mar duro de pedra
e sal
uma nesga de luz que sai
das trevas
por curto instante e faz gerar
da palavra a semente
rebentam do fundo da garganta
apertadas por dizer e formam-se
em interrogações constantes
no seio do poema que se faz
grita a liberdade
acordam os sentidos conscientes
duma nova realidade
in "Meditações sobre a palavra" (um tributo a Ramos Rosa, o poeta do presente absoluto), editora Temas Originais, do poeta Alvaro Giesta
Serpenteia nas veias o sangue,
encadeando nervosas ligações,
inflamando os sentidos letais,
nos quais somos imparciais,
não tão normais, as vezes viscerais
em não ver além de emoção.
Saboroso é o gosto do desejo
embora amargo o beijo
de quem não te quer mais.
Saberias tu, com o corpo nu
definir a frieza de um coração?
ou apenas aqueceria, sem alguma simetria
a vontade solta fez nascer a escravidão.
A carne que é devorada
sem tempero, sem sabor
sendo apenas carne, empolgação.
Dor, calor, torpor, vigor e nada mais.
Apenas pra saciar a fome, come,
um prato frio, sem brio, corte sem fio.
Decadente é a opção de supermercado
já vem enlatado, receita e prescrição,
na promoção dos rejeitados,
contando os trocados que sobraram do pão.
Coágulos de tristeza aglomeram sem certeza
as saídas e entradas do coração,
fazendo força desnecessária,
veias, artérias, vielas e quebradas,
como quem não quer nada
desafiando a sua própria razão.
Ação, química ou desespero
as vezes se faz por vontade
outras mas por obrigação.
Cada vez mais escasso com viés de embaraços
devotar segredos, dores e razões
com quem por muito se fez descaso.
Se quer quem faz sorrir e no porvir
descarta como carta morta no baralho.
Veias bombeiam não apenas sangue,
impurezas, cerveja e outras coisas mais,
nas quais até o cérebro chega,
entorpecendo a destreza, entrando na sarjeta
vivendo apenas como animais irracionais.
Momentos
Ah...esses momentos!
Em que você é todo meu!
Podia nunca passar...
Poderia ser eterno.
Não só em pensamentos...
Mas vividos e sentidos.
MAIS UMA DE AMOR
E me transpassa a graça de ser jamais
tanto fez, tanto faz
o importante é estar em paz
o importante é ser, mais e mais
Carregar o ardor nos sentidos
guardar a libido pra sempre, talvez
transmutar em versos e em altivez
sublimando na esfera, os instintos
Seria só isto que aqui ficaria
pra dor, sorriso e euforia
pro amor, carta de alforria
Quem sabe um dia acontece
"Queria ser indolor
Pra não sentir vontade
De te tocar.
Queria ser surda e cega
Pra não ouvir tua voz
E nem te ver,
Ou que eu fosse muda,
Pra não falar a teu respeito...
Melhor ainda, se eu pudesse
Ter Alzheimer pra de uma
Vez por todas esquecer
quem tu és...
E quer saber mais?
Sim, se houvesse um jeito
Eu sacrificaria minha saúde,
Pra me ver curada de ti!"
*Oremos e vigiemos nossos sentidos*
I
👁 Vermos com os *olhos* da alma, para que a Luz divina permaneça acesa em nossa caminhada.
II
👂 Ouvirmos com o tic-tac do coração, para que prolongue nossos dias.
III
👃 Sentirmos cheiro do dom do Espírito Santo em todas as coisas do universo.
IV
👄 Proferir palavras mágicas que nos abençoe diariamente, para que nossa *boca* não nos envenenam com o fel do ego.
V
🖐 Seguremos com os *tatos*da verdade e justiça para abraçarmos as causas que cura e liberta de todos os males que nos causa destruição.
*MMXX*
*2020*
Terapias
Resfriamento Mental
Natalirdes Botelho
Arrepiou-me da cabeça aos pés
Como um sussurro
Passou por cada parte do meu corpo
Invadindo meus sentidos
Deixou-me a pulsar
Desejando o querer
Para o pintor, uma parede branca, suja e esburacada...
Transforma-se em tela e fantasia...
Horizonte e linhas do céu...
Um pouco de tinta...
Um pincel...
Para o poeta...
Um momento...
Palavras ganham novos sentidos...
Em pedaços de papel...
O poeta tece em palavras...
Como o pintor retrata em cores...
A arte vai imitando a vida...
e a vida inspirando a arte...
Sandro Paschoal Nogueira
e ela sabe que me tem
de todos os sentidos
sabe que meu jeito
que faz abrir o teu sorriso
então vem, nega
que eu tô pra te amar
parece até um filme
que fiz com a minha caneta
Queria ter parado ali,
Havia aroma a tangerina e jasmim
Insensatez nos sentidos
Provocados pelo abraço do vento.
A gente quando reencontra o amor
Eleva-se do chão,
veste flores,
usa batom,
banha-se de perfumes,
e recobra os sentidos...
Eu te quis tanto
Que esqueci de me querer
Mas meu amor
Não te contaram
Que o meu amor é raro
E que quando você você quiser
Não o terá
Porque de tanto me sentir insuficiente pra você
Hoje encontrei alguém que soube te superar
- Ele te supera em todos os sentidos, obrigada por ter partido.
Noite.
No céu, Lua.
Na Terra, música.
Corpos se misturam.
Um só.
Sentidos.
Aguçados.
Desejo.
Fulgor.
Ardente.
Chama.
Explosão.
Calmaria.
Um só.
Sublimação.
Amor.
Te amo!
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