Poesias sobre o Frio
Parafraseando Diogo Nogueira
Quem não gosta do frio, bom sujeito não é
É ruim da cabeça ou não conhece o calor.
Pentâmetro Iâmbico
Não tenho sangue frio
para calcular as palavras
no afã de traduzir
o quê sinto por você,
Para a sobrevivência
da própria poesia,
Ignoro o pentâmetro iâmbico
porque o que vale é fazer
de mim o seu amoroso objetivo
e o seu concreto compromisso.
Rodeio no Frio
É noite e Rodeio
no frio é um convite,
A poesia não tem
nenhum limite.
Por aqui não há
estrela que não
se enamore
do Médio Vale do Itajaí.
O chimarrão está
feito e a panela
esparge o aroma
do melhor pinhão.
(Não consigo tirar
o teu amor do meu coração).
Rodeio no Dia de Santo Antônio
Chove e faz frio por aqui
no Médio Vale do Itajaí,
e um ama o outro em silêncio.
Tens deixado todo o dia claro
que por mim está apaixonado,
e eu finjo que não vejo.
No Dia de Santo Antônio
vivo aqui em Rodeio
o nosso romance com o tempo.
Festa de São Pedro em Rodeio
O tempo está frio aqui
no Médio Vale do Itajaí,
Espero que esquente
até a Festa de São Pedro
que vai acontecer em Rodeio
lá na querida Comunidade
do São Pedro Velho,
E quero dar graças e dizer:
- Que bom que você veio!
Vai ter Chiquinho Trio
do Baile e Coração Baileiro,
Você vai adorar dançar
aqui em Rodeio,
e quem sabe tirar
a sorte grande no Bingão.
Vai ter Buffet, Churrasco,
Cuca e Pastel,
Tenho certeza que você
vai se sentir no céu.
Vai ter Missa, Procissão
e Bênção das Chaves,
E no final de tudo
vai sair com a bênção
de São Pedro agradecendo
por ter vindo aqui em Rodeio.
Somos cercados pelo privilegiado
verde do Médio Vale do Itajaí,
ainda chove e faz frio por aqui
e quando as flores azuis
do tempo voltarem a florir,
Prometo que vou te levar
no Horto da Irmã Eva
onde se preserva as plantas
nativas da nossa terra.
Na volta do nosso passeio
você vai tomar um bom
café com cuca sabor de Rodeio.
No final vai agradecer porque veio
e nunca mais vai pensar
em querer na vida outro endereço.
Amendoim torrado
e receitas com ele
não podem faltar,
porque aquecem
do frio e fazem
a disposição disparar
para dançar no arraiá.
Para não se deixar
vencer pelo frio da vida,
Prefiro despertar
com aquilo que me leva
ser sempre poesia,
E reagir por detrás
de todos que me impedem
de sorrir com genuína alegria,
Florescer aqui e aí como
um Jacarandá com harmonia
como uma maneira de rebeldia.
Na minha cuia de Porongo
arrumei o meu Chimarrão Estrela
para me aquecer do frio extremo,
e escrever para ti um poema
que cante como o Sabiá-Laranjeira
para quem sabe o meu amor
te encante e a gente se mereça.
Sinto na pele o frio extremo
aqui no Médio Vale do Itajaí,
O silêncio da Cidade de Rodeio
encantadoramente é quebrado
pelo canto do Canário-da-telha,
Resolvi me arrumar por dentro
para escrever um lindo poema
enquanto bebo na cuia de Porongo
o meu tradicional Chimarrão Estrela.
O Sol raiou dissipando o frio
O mar ainda persistente e bravio
- esbanjou -
A cor azul oceano se destacou
E o céu apaixonado sem engano
Beijou o mar conforme o plano.
O poema ali escrito nas dunas,
A praia de Salinas e das ternuras,
- escreveu -
A história do jeito que eu esperava:
Pude apreciar as tartarugas,
o ninho das corujas e as borboletas.
A nossa cidade tão cauta,
Tão repleta de alma,
Tão doce e calma,
É o Balneário longe do mundo,
- endereço do sossego
Que tenho por apego ao aconchego.
Balneário Barra do Sul,
Onde o beijo do céu azul
Beija o beijo do mar azul.
Faz de mim filha devota
- Da região Sul.
Derramada de tanta devoção,
Apaixonada pelas paisagens,
Carregando nas veias as origens,
Embalada por tanta paixão,
Carregando versos de amor,
Assim irei fazendo de mim uma canção.
Balneário Rincão
Meu Balneário Rincão,
façam dias de frio ou calor,
tu és a razão deste amor
com todas idas e vindas.
A tua História forte,
indígena e desbravadora
está escrita nesta cidade
gentil, alegre e sedutora.
Meu Balneário Rincão,
encanto do litoral sul
que captura o coração
e dele é a plataforma.
Mesmo que a sua gente
amável não me veja,
Sou eu a poetisa do mar
que nas ondas verseja.
Meu Balneário Rincão,
encanto do litoral sul
que beija os olhos
com as lagoas e o céu azul.
É um elogio ao inverno
Encontrei o meu dono
Tenho o seu coração
Não sinto mais frio
Você me tem na sua mão
Faça o quê quiser comigo
Sou tua brisa perfumada
- e encantada...
É um elogio ao inverno
Encontrei o meu dono
Tenho o seu coração
Não corro mais perigo
Encontrei o meu abrigo
Tenho o seu coração
Morando nele
- estou protegida...
É um elogio ao inverno
Encontrei o meu dono
Tenho o seu coração
Ele nos aproxima
Sempre me manterei pequena
Para ser grande nos teus braços
A minh'alma nos serena
- nos determina ...
É um elogio ao inverno
Encontrei o meu dono
Tenho o seu coração
Eternamente enamorado
Ele nos encaixa,
e nos intensifica
Vou te provocando
com os meu versos de menina
Para sermos imensos
nos sentidos e delírios...
É um elogio ao inverno
Encontrei o meu dono
Tenho o seu coração
Guardo-o sob minha proteção
Perdoe-me por às vezes ser grande
E também por também muito insegura,
É o jeito que encontrei
de ser tua, e toda doçura...
É um elogio ao inverno
Encontrei o meu dono
Tenho o seu coração
Sob a guarda da paixão
Não sinto mais frio
Só sinto os carinhos
dos teus arrepios
Tenho a sua pulsação
- sou a dona do teu coração...
É um elogio ao inverno
Encontrei o meu dono
Tenho o seu coração, sou pura devoção
Vou te provocando silenciosamente com poesias
Sei com certeza que você sempre volta
Você pode me deixar falando sozinha
Mas nunca na condição de nunca
estar te amando sozinha.
Coronel Martins
Neste dia frio relembro
a Pedra Branca da História,
A tua gente é dádiva que ergueu
da lavoura esta cidade
e fez do rebanho
o futuro de verdade.
Coronel Martins
da minha memória,
Cabocla e brasileira,
Tu sempre lutaste
e segue lutando
pela nossa Pátria brasileira.
Coronel Martins
da minha memória,
imigrante alemã e italiana,
Tu sempre lutaste
e segue lutando
pela nossa Pátria brasileira.
Coronel Martins,
recanto feliz
do nosso Oeste,
Tu és o rincão gentil
e celeste deste
nosso amado Brasil,
Te celebro, te louvo e agradeço
por tudo o quê fostes, és e serás
em nome do orgulho catarinense.
Domingo em Rodeio
O frio neste domingo
aqui em Rodeio
tem gosto de pinhão
e aroma de chimarrão
com você no coração.
Espero por você aqui
nesta cidade para matar
a saudade e a gente
se amar com vontade.
O nosso amor é o tal
amor de verdade
que suporta qualquer
tempestade e adversidades,
e sobrevive todas estações.
Quando está
um frio danado,
um Camargo
bem preparado
faz a diferença
na Serra Catarinense,
e nunca se apaga
da memória da gente
porque é capaz de manter
o coração sempre quente.
Um bocado de calor
e amor na alma
para aliviar a pena
de um mundo frio
e castigado
por poderosos que
quase não dão chance
da gente desfrutar
daquilo o quê
é feito para sossegar.
Duelo de Olhares
Ela me encara, um brilho frio no olhar,
um jogo que dança entre dominar e ceder,
o sorriso moldado, a estratégia no ar,
como quem sabe ganhar antes de perder.
Seus olhos, espelhos de um reino altivo,
me convidam, mas sem jamais implorar.
Ela pensa que controla, tão persuasiva,
mas esquece: eu também sei manipular.
Seu passo é calculado, a fala é melodia,
ela cria labirintos onde quer me prender.
Mas no jogo da mente, a minha ousadia
é saber que às vezes é preciso se render.
E quando nossos olhares duelam no vazio,
o poder se dissolve, como areia no mar.
Ela percebe: o mistério não é ser sombrio,
é saber até onde você quer arriscar.
Não sou presa, nem ela a caçadora,
somos lobos dançando sob o luar.
No fim, quem vence não importa agora,
pois o jogo só existe pra nos desafiar.
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